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Estado de Minas GERAL

Interpol: 'Rei do Bitcoin' se apresentava como 'herdeiro de riqu�ssima fam�lia'


16/07/2021 13:27

Para a Pol�cia Federal, as investiga��es da Opera��o Daemon, que mira um 'verdadeiro esquema de pir�mide financeira' que teria desviado R$ 1,5 bilh�o de 7 mil clientes, levam � conclus�o de que presidente do grupo Bitcoin Banco, Cl�udio Oliveira, � 'um criminoso contumaz e habitual', que criou 'diversos perfis pessoais para fins de lhe atribuir, junto a potenciais v�timas ao redor do globo, um passado e presente de sucesso financeiro'. Ainda de acordo com a corpora��o, o autointitulado 'Rei do Bitcoin' utilizava a imagem de sua mulher e 'os mais diversos expedientes il�citos para o enriquecimento indevido do casal'.

As indica��es constam na representa��o que a PF encaminhou � Justi�a pedindo a abertura da ofensiva que prendeu cinco pessoas ligadas ao grupo Bitcoin Banco no in�cio do m�s, entre eles o pr�prio Cl�udio Oliveira. Na ocasi�o, al�m presidente da empresa, foram capturados, segundo a PF, sua esposa, uma 'companheira' que teria atuado como sua laranja, seu 'funcion�rio de confian�a' e ainda uma pessoa que teria ajudado a dilapidar o patrim�nio do investigado. Durante as dilig�ncias foram apreendidos ve�culos avaliados em cerca de R$ 2,5 milh�es, al�m de joias, rel�gios e valores em esp�cie, informou a corpora��o.

No documento enviado � 23� Vara Federal de Curitiba, os investigadores da Pol�cia Federal descreveram o suposto 'modus operandi' de Claudio, indicando que seus crimes tem um 'ciclo de vida': "o investigado desloca-se para um ambiente novo, constr�i uma identidade falsa, insere-se socialmente naquele ambiente, capta recursos de terceiros, faz proveito destes recursos em benef�cio pr�prio e foge deste ambiente quando percebe que ser� alcan�ado pelas autoridades".

De acordo com a Pol�cia Federal, o '�ltimo ciclo de vida' dos supostos crimes de Cl�udio � relacionado ao Grupo Bitcoin Banco. "Claudio e Lucinara estabelecem-se em Curitiba e constroem todo o argumento criminoso do Grupo Bitcoin Banco, passando a induzir em erros as v�timas e captando recursos financeiros com o argumento que seriam remunerados com ganhos muito acima do padr�o de mercado. Passam ent�o a utilizar esses recursos de terceiros em proveito pr�prio e protegem-se do alcance das autoridades e dos credores atrav�s da suposta 'recupera��o judicial', que de fato nada mais � do que uma metodologia de contra intelig�ncia para n�o ser alcan�ado pelos credores".

Os investigadores dizem que esse '�ltimo ciclo de vida' dos supostos crimes de Cl�udio tinha um grande diferencial: a cria��o de uma identidade falsa relacionada as moedas virtuais, 'valendo-se do pouco conhecimento que a sociedade ainda possui do assunto'. "Outro ponto considerado relevante � que CLAUDIO vale-se do argumento de que a suposta fortuna de R$ 2 bilh�es de reais ("7.000 BTC") estaria oculta em sua propriedade. Com este argumento, CLAUDIO est� conseguindo evitar ser completamente desmascarado e por esse motivo ainda n�o decidiu fugir - �ltima etapa do seu ciclo de crimes", argumentou a PF na representa��o � Justi�a.

No entanto, antes dos supostos crimes envolvendo o grupo Bitcoin Banco, os investigadores apontam outros seis 'ciclos de vida' de delitos atribu�dos a Claudio Oliveira, tr�s deles envolvendo pa�ses da Europa. Ao buscar informa��es sobre o 'rei do Bitcoin' em um desses pa�ses, a Sui�a, aa representa��o da Interpol no local prestou uma s�rie de informa��es sobre o investigado, indicando que ele foi condenado e preso do exterior.

"Com muita l�bia e tend�ncia � mentira compulsiva, DE OLIVEIRA Claudio Jos� ganhava a confian�a das suas v�timas se apresentando por vezes como herdeiro de uma riqu�ssima fam�lia brasileira, outras vezes como um muito afortunado homem de neg�cios brasileiro. Para ter mais credibilidade, e al�m de declara��es falaciosas, ele n�o hesitava em fazer uso de documentos falsos e em mostrar sinais exteriores de riqueza, principalmente se deslocando em carros de luxo e exibindo v�rios cart�es de cr�dito e dinheiro em esp�cie", diz um trecho do e-mail, reproduzido na representa��o da PF contra o 'Rei do Bitcoin'.


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