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Estado de Minas GERAL

Com menos casos de covid e 130 mil na fila, SP tenta acelerar cirurgias


17/07/2021 13:15

Nas �ltimas semanas, o avan�o da vacina��o tem reduzido o n�mero de pacientes da covid-19 no Brasil. Com isso, governos e hospitais se mobilizam para atender a demanda represada durante a pandemia: cirurgias eletivas (n�o urgentes), exames e consultas - adiadas para abrir espa�o em unidades de sa�de ou evitar cont�gio. S� na cidade de S�o Paulo, por exemplo, a fila de espera para cirurgias chegou a 130 mil.

O Brasil realizou 4.046.660 cirurgias, de diversos tipos, no ano passado - queda de 19% em rela��o aos 4.999.383 procedimentos de 2019. Para alguns casos, o recuo � ainda maior. Cirurgias de mama ca�ram 43% no per�odo. J� as de pele ou aparelho digestivo baixaram, respectivamente, 39% e 34%.

A gest�o Ricardo Nunes (MDB) anunciou esta semana que cinco hospitais da capital passar�o a trabalhar at� 24 horas por dia a partir do dia 1�.

Com cerca de 10 mil novos pacientes na fila de espera a cada m�s, a rede de sa�de chegou a suspender o agendamento de cirurgias eletivas por causa da sobrecarga causada pela covid. Ap�s melhoras nos �ndices, os procedimentos na capital paulista come�aram a ser retomados em novembro.

O ritmo no atendimento, no entanto, ainda � lento. Dados da Secretaria Municipal de Sa�de apontam que, entre janeiro e maio, a capital realizou cerca de 6,8 mil cirurgias eletivas, al�m de 318,8 mil consultas e 216,7 mil exames - abaixo da demanda natural por m�s da cidade. A Prefeitura n�o informou o tamanho da fila antes da pandemia.

Na rede de Hospitais Dia da Prefeitura, de janeiro a julho de 2019, foram realizados 8.707 procedimentos. Em 2020, no mesmo per�odo, foram realizadas 3.365. J� neste ano, at� maio, foram 6.784 cirurgias.

A Prefeitura promete investir R$ 4 milh�es na contrata��o de equipamentos e profissionais de sa�de para ampliar o n�mero de procedimentos a partir do pr�ximo m�s. Os exames necess�rios para realizar as cirurgias foram iniciados nesta semana. Ser�o procedimentos diversos, como cirurgias vasculares, ginecol�gicas e pedi�tricas.

Para isso, a Prefeitura planeja manter cinco unidades da rede Hospitais Dia em atividade por 24 horas, a semana inteira. Essas unidades devem receber os procedimentos de maior complexidade, casos de idosos ou pessoas com doen�as cr�nicas.

O Hospital das Cl�nicas de Ribeir�o Preto ampliou em 50% o total de cirurgias eletivas em rela��o ao que vinha realizando nos meses mais cr�ticos da pandemia: subiu de 400 em maio para 600 em junho e, segundo a administra��o, o aumento ser� ainda maior nos pr�ximos meses se mantida a queda da covid.

Em Campinas, a prefeitura informou que vai manter o Hospital Metropolitano exclusivo para atendimentos covid, mas iniciar� a transforma��o dos demais leitos da rede municipal em n�o covid, conforme a queda no n�mero de casos. "Ser� criada uma comiss�o com a participa��o de hospitais da cidade para come�ar a construir uma pol�tica para o enfrentamento de outras patologias e cirurgias que ficaram reprimidas durante a pandemia", disse, em nota.

Em Mogi das Cruzes, a Santa Casa de Miseric�rdia j� retomou as cirurgias de oftalmologia (catarata), mas o Hospital Municipal continua funcionando exclusivamente para covid-19 e n�o h� previs�o de retomar casos eletivos. Em junho a cidade, tinha 1,6 mil pacientes na fila por cirurgias do tipo. No 1.� trimestre de 2020, Mogi fez 1.049 cirurgias eletivas. No mesmo per�odo deste ano, foram apenas 45. A prefeitura informou que faz o encaminhamento aos hospitais por meio da central de regula��o de leitos.

A auxiliar de expedi��o Michele Almeida, de 46 anos, aguarda h� um ano e meio na fila de espera por uma cirurgia para remover os ov�rios. Ela sofre de endometriose profunda e chegou a passar por alguns exames preparat�rios em Mogi. "J� estava me preparando para ser operada, mas foi tudo cancelado. Como continuo com muitas dores, estou fazendo terapia e tomando rem�dio, esperando a remarca��o da cirurgia. Tem dia que n�o consigo andar direito, por causa da dor", conta.

Outros Estados. Em alguns casos, o adiamento da cirurgia pode trazer danos ainda mais graves. H� quatro meses, o comerciante mineiro Pedro Mordente J�nior come�ou a perder o movimento dos bra�os. Depois, das pernas. Por tr�s vezes entre mar�o e maio, os m�dicos chegaram a marcar a cirurgia na coluna, mas, sempre na v�spera, o procedimento era cancelado.

N�o havia leitos de UTI. Todos estavam ocupados com pacientes graves da covid. As dores iam aumentando e o desespero tamb�m. "Cheguei a cair v�rias vezes", conta ele.

H� 40 dias, e seis meses depois do diagn�stico de calcifica��o na coluna, ele conseguiu ser operado via plano de sa�de. Como o quadro foi se agravando, a cirurgia foi complicada. Come�ou a ser feita pelo pesco�o, n�o deu certo, foi interrompida e retomada dias depois. E ele n�o foi para a terapia intensiva, como seria recomendado.

Hoje com ocupa��o de UTIs no patamar de 60%, o governo de Minas prev� acelerar as cirurgias pagando o dobro do valor de remunera��o a hospitais por alguns procedimentos. O Estado quer chegar, ao fim de 2022, com menos fila de cirurgias do que tinha antes da pandemia. Segundo o Estado, em 2019, foram feitas 185 mil opera��es. J� em 2020, com restri��es impostas, foram realizadas 97 mil. Em 2021, foram 26.935 at� maio.

A Bahia tamb�m prev� retomar cirurgias eletivas nas pr�ximas semanas. O secret�rio da Sa�de, F�bio Vilas-Boas disse ao Estad�o que a fila de espera � de 50 mil - o total pode chegar a 70 mil se contar casos de maior complexidade. A previs�o � de que a situa��o seja controlada at� o fim do ano e s�o previstos pequenos mutir�es.

A decis�o foi tomada ap�s a ocupa��o cair para 59% nas UTIs - a menor desde mar�o. Segundo o secret�rio, as unidades devem manter o uso racional de medicamentos, como sedativos, diante da escassez no mercado. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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