
De acordo com a Pol�cia Civil, a placa do ve�culo foi adulterada. As investiga��es prosseguem para identificar e localizar os demais autores.
A est�tua de Borba Gato foi incendiada na tarde de s�bado (24/7). Cerca de 20 pessoas atearam fogo em pneus na base do monumento. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi enviada ao local �s 14h06 e o fogo foi extinto rapidamente. N�o houve registros de feridos ou qualquer outro incidente.
Um grupo chamado Revolu��o Perif�rica postou fotos e v�deo da est�tua em chamas, no Instagram. Apesar de n�o assumirem a autoria do ato, em uma das imagens � poss�vel ver os pneus j� pegando fogo com pessoas vestidas de preto e uma faixa com o nome do grupo e a frase: "A favela vai descer e n�o ser� Carnaval".
A reportagem entrou em contato com o grupo, mas at� a publica��o desta reportagem n�o houve resposta.
Borba Gato foi um bandeirante paulista que no s�culo 18 ca�ou ind�genas e negros. Atualmente, o papel desses pioneiros na interioriza��o do pa�s � conhecido e a condi��o de s�mbolo do Estado � questionada.
Os bandeirantes eram homens que trabalhavam na regi�o sudeste com a explora��o de min�rios, escraviza��o de ind�genas e captura de escravos fugitivos no s�culo 17. S�o Paulo estava na margem da col�nia brasileira; foi, por muito tempo, uma regi�o ind�gena e jesu�tica, e veio a se urbanizar com maior intensidade apenas no final do s�culo 19.
N�o eram, contudo, conhecidos como "bandeirantes" durante a �poca em que atuaram. A historiadora Iris Kantor, professora de historiografia colonial na Faculdade de Filosofia, Letras e Ci�ncias Humanas da Universidade de S�o Paulo (FFLCH-USP), refor�a que o termo foi cunhado por historiadores contempor�neos, como Affonso Taunay, que dirigiu o Museu Paulista a partir de 1917. At� ent�o, eram conhecidos apenas como "paulistas" ou sertanistas.
Nas redes sociais o inc�ndio levantou novamente a discuss�o sobre o papel de Borba Gato na escravid�o de �ndios e negros no Brasil. Enquanto expoentes da esquerda manifestaram apoio ao ataque, grupos na direita disseram que tratava-se de terrorismo.