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Estado de Minas GERAL

Nutri��o � arma contra sequelas p�s-covid


26/07/2021 09:00

Mesmo quando j� n�o t�m mais o v�rus no corpo, pacientes que passaram pela covid-19 relatam uma s�rie de sequelas, que v�o desde a perda de olfato at� dificuldades em deglutir alimentos. Nutricionistas, por sua vez, afirmam que uma alimenta��o saud�vel e adequada pode ajudar na recupera��o desses problemas.
"N�o h� um nutriente ou um tipo de alimento que v� tratar os sintomas, mas sabemos que com uma dieta adequada, junto aos tratamentos necess�rios, os pacientes t�m melhores respostas", explica Luciana da Concei��o, mestre e doutora em Ci�ncias M�dicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que, junto a J�lia Dubois, coordena o Ambulat�rio de aten��o nutricional para paciente p�s-covid-19.

S�nia Alscher, professora de Nutri��o da Pontif�cia Universidade Cat�lica do Rio Grande do Sul (PUCRS), concorda e acrescenta que a doen�a � capaz de alterar o estado nutricional de quem a contrai. "A falta de apetite, de paladar e de olfato levam � baixa ingest�o alimentar, o que afeta o estado nutricional."
Para as profissionais, pacientes que desenvolvem quadros mais graves sofrem mais preju�zos nutricionais. "O tempo de interna��o prolongado em UTI pode levar a dificuldades de degluti��o devido � intuba��o", exemplifica S�nia.
Luciana afirma ainda que, como as interna��es por covid-19 podem ser longas, o indiv�duo pode apresentar perda acentuada de massa muscular e, por conta disso, apresentar redu��o de suas funcionalidades.

Conforme o estudo italiano Nutritional management of covid-19 patients in a rehabilitation unit, a desnutri��o por causa de infec��es agudas da covid-19 parece ser uma sequela recorrente. Os pesquisadores destacaram que, entre os pacientes acompanhados, 45% tinham alto risco de desnutri��o, outros 26%, risco moderado.

A pesquisa publicada na revista cient�fica European Journal of Clinical Nutrition (EJCN), em maio de 2020, mostrou tamb�m que 90% dos 50 pacientes que passaram pela Unidade de Reabilita��o da Covid-19 do Instituto Cient�fico San Raffaele, em Mil�o, entre mar�o e maio de 2020, apresentaram algum grau de disfagia - dificuldade de degluti��o. Por conta disso, necessitaram de uma dieta modificada durante a recupera��o.

Nesse sentido, as profissionais brasileiras acreditam que a ingest�o de determinados nutrientes ou a suplementa��o pode fazer com que o paciente recupere suas funcionalidades de forma mais r�pida. "Quando se pensa na alimenta��o, se pensa na quest�o do paladar. Mas a nossa fun��o, como nutricionistas, � maior", afirma J�lia, mestre e doutora em Bioqu�mica pela UFRGS. Prepara��es r�pidas s�o mais indicadas, a fim de que o paciente direcione mais esfor�os � recupera��o. "As pessoas s� pensam no comer, mas existe toda uma prepara��o e uma movimenta��o pr�via para voc� sentar e comer", diz J�lia.

Pensando nisso, J�lia e Luciana criaram o Ambulat�rio de aten��o nutricional para paciente p�s-covid, um projeto de extens�o vinculado � Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que oferece assist�ncia nutricional a pessoas que convivem com sequelas do v�rus. Para ter acesso ao servi�o gratuito, o paciente deve ter mais de 18 anos e ter sido internado na rede hospitalar p�blica ou privada da grande Florian�polis por conta da doen�a. Os interessados podem entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo WhatsApp (48) 9 9998-6257.

Mauri S�rgio de Souza � um dos pacientes do ambulat�rio. O gerente comercial, de 53 anos, ficou hospitalizado cerca de 30 dias com covid - 18 deles intubado. Durante o per�odo, perdeu aproximadamente 10 kg. Com isso, relata ter ficado debilitado e mais fraco. "Eu n�o conseguia nem mesmo levantar um garfo", conta. A alta hospitalar significou apenas a volta para casa, pois o processo de recupera��o segue at� hoje.

Em um primeiro momento, Souza buscou acompanhamento de fisioterapeutas e psic�logos. Em junho, passou a contar com o atendimento do ambulat�rio da UFSC. Orientado pelos profissionais, conta ter passado a consumir mais frutas e verduras. E bebe mais �gua. As mudan�as alimentares, na opini�o dele, permitiram aliviar os sintomas de fadiga. "Faz pouco tempo, mas j� tenho me sentido mais disposto", afirma.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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