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Estado de Minas GERAL

Estado de SP vai pedir ao governo federal transfer�ncia da gest�o da Cinemateca


31/07/2021 17:16

O Estado de S�o Paulo apresentar� uma proposta ao governo federal para a transfer�ncia da gest�o da Cinemateca Brasileira ao governo estadual na segunda-feira, 2. O espa�o teve parte do acervo atingido por um inc�ndio na quinta-feira, 29, em um galp�o na Vila Leopoldina, zona oeste da capital paulista.

"Poderemos cuidar de tudo, financiar a recupera��o da Cinemateca, garantir a sua operacionalidade e, principalmente, os seus valores, da mem�ria cinematogr�fica brasileira", disse o governador Jo�o Doria (PSDB) neste s�bado, 31, durante a reinaugura��o do Museu da L�ngua Portuguesa.

"A Cinemateca h� muito tempo j� deveria ter sido transferida para a gest�o do Munic�pio ou do Estado", afirmou. Ele destacou que a ideia � fazer a gest�o em parceria com a prefeitura da cidade de S�o Paulo, o que lembrou ter sido "um sonho" do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), que havia manifestado a inten��o de realizar a transfer�ncia de gest�o no ano passado.

"Temos a experi�ncia aqui (no Museu da L�ngua Portuguesa) real, de ter vivido uma situa��o tr�gica, dif�cil, de um inc�ndio que consumiu o interior deste museu. Fizemos a recupera��o com o setor privado", emendou. "Aqui, eu posso assegurar, n�s cuidamos muito melhor da cultura do que o governo federal."

Segundo ele, o pedido ser� formalizado pelo secret�rio estadual da Cultura, S�rgio S� Leit�o, ao Minist�rio do Turismo, que engloba a Secretaria Especial da Cultura. Pelo menos tr�s salas do 1� andar do galp�o da Cinema (duas de filmes hist�ricos e uma de material impresso e documentos) foram consumidas pelo fogo.

J� o prefeito de S�o Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou ter pedido � secret�ria municipal de Seguran�a Urbana, Elza Paulina de Souza, para que a Defesa Civil fa�a vistorias no galp�o (na Vila Leopoldina) e na sede da Cinemateca (na Vila Clementino), a fim de identificar poss�veis riscos � manuten��o dos acervos. "Devo receber o relat�rio nos pr�ximos dias."

Ap�s o inc�ndio, a Secretaria Especial da Cultura publicou um edital para sele��o de entidade privada sem fins lucrativos para gerir as atividades da Cinemateca pelos pr�ximos cinco anos. A entidade pode ser uma organiza��o social j� qualificada ou a ser qualificada, com um contrato que prev� o aporte de R$ 10 milh�es anuais.

O contrato de gest�o da Associa��o de Comunica��o Educativa Roquette Pinto (Acerp), que comandava a Cinemateca, foi finalizado em 31 de dezembro de 2019. Por meio da Secretaria do Audiovisual, o Minist�rio do Turismo assumiu oficialmente a institui��o em novembro do ano passado.

Inc�ndio era 'crime anunciado', segundo funcion�rios

Os problemas da atual gest�o da Cinemateca Brasileira j� eram conhecidos e alertados. No ano passado, o Minist�rio P�blico Federal (MPF) entrou com uma a��o civil p�blica contra a Uni�o, pelo o que considerava um abandono da institui��o cultural e na qual chegou a requerer medidas liminares emergenciais (negadas pela Justi�a Federal em primeira inst�ncia, mas deferidas parcialmente em dezembro).

Para a Procuradoria, os problemas de infraestrutura enfrentados pelo espa�o se deram por conta da "m� transi��o de gest�o" de 2019 a 2020. "Encerrou-se o contrato de gest�o da Associa��o de Comunica��o Educativa Roquette Pinto (Acerp), sem que a Uni�o desse continuidade aos trabalhos t�cnicos internos da Cinemateca, assumindo-os diretamente ou por outro ente gestor. Tal transi��o est� sendo finalmente implementada pela Uni�o, dentro de procedimento judicial de concilia��o, com prazos e diretrizes estabelecidos por consenso e coordenados pelo juiz da causa", declarou em nota.

Os funcion�rios da Cinemateca Brasileira tamb�m divulgaram um manifesto, no qual chamaram o inc�ndio de "crime anunciado". Eles tamb�m indicaram o poss�vel invent�rio de perdas de itens do acervo documental, como arquivos de �rg�os extintos do audiovisual, como parte do Arquivo Embrafilme (1969-1990), parte do Arquivo do Instituto Nacional do Cinema (1966-1975) e Concine - Conselho Nacional de Cinema (1976-1990), al�m de documentos de arquivo ainda em processo de incorpora��o.

Do material audiovisual, estima-se que parte do acervo da distribuidora Pandora Filmes possa ter sido queimada no inc�ndio. Segundo o documento, uma parcela do acervo j� havia sido parcialmente afetada pela enchente do ano passado. E ainda: parte do acervo da ECA/USP e da produ��o discente em 16mm e 35mm e itens do acervo de v�deo do jornalista Goulart de Andrade, dentre outros.

Equipamentos e mobili�rio de cinema, fotografia e processamento laboratorial tamb�m est�o na lista das perdas. "Al�m do seu valor museol�gico, muitos desses objetos eram fundamentais para consertos de equipamentos em uso corrente, pois, para exibir ou mesmo duplicar materiais em pel�cula ou v�deo, � necess�rio maquin�rio j� obsoleto e sem reposi��o no mercado", explicaram na nota.


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