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Estado de Minas SA�DE

Fiocruz alerta para novas variantes do v�rus da COVID-19

Conforme o estudo, a pandemia ainda n�o acabou e novos cen�rios de transmiss�o e de risco podem surgir


06/08/2021 14:05 - atualizado 06/08/2021 14:11

(foto: AFP)
(foto: AFP)

A nova edi��o do Boletim Observat�rio COVID-19, da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), indica que o surgimento e o crescimento de novas variantes do novo coronav�rus, como a Delta, acendem um alerta. Conforme o estudo, a pandemia ainda n�o acabou e novos cen�rios de transmiss�o e de risco podem surgir.

De acordo com a Fiocruz, o elevado patamar de risco de transmiss�o do v�rus Sars-CoV-2 pode ser agravado pela maior transmissibilidade da nova variante, por isso, � fundamental combinar vacina��o com o uso de m�scaras, incluindo campanhas de informa��o para a popula��o e busca ativa de quem ainda n�o se vacinou.

O boletim tamb�m confirma a revers�o no processo de rejuvenescimento da pandemia no Brasil. "Novamente, as interna��es em leitos de UTI para adultos no Sistema �nico de Sa�de (SUS) e, principalmente, o n�mero de �bitos concentram um maior n�mero de idosos", apontou.
A incid�ncia da S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave (SRAG) ainda permanece em n�veis altos, muito altos ou extremamente altos no pa�s, como indicaram os dados das semanas epidemiol�gicas 29 e 30,entre 18 e 31 de julho de 2021. Como a maior parte dos casos da doen�a � relacionada aos casos de infec��o por COVID-19, esses n�veis indicam transmiss�o significativa do v�rus Sars-CoV-2.

Os pesquisadores do Observat�rio, respons�veis pelo boletim, recomendaram entre as medidas de prote��o a vacina��o completa para evitar as mortes e casos graves causados pela doen�a. "� fundamental o esquema vacinal completo para todos os eleg�veis, a fim de proteger contra os casos graves e �bitos por COVID-19, incluindo os relacionados � variante Delta, al�m da necessidade de ampliar e acelerar a vacina��o", disseram.

Perfil

A edi��o destacou que a propor��o de casos de interna��es entre idosos, que atualmente � de 37,5%, ficou em 27,1% na semana 23, entre 6 e 12 de junho. J� a propor��o do n�mero de �bitos, que, na mesma semana era de 44,6%, agora est� em 62,1%. O Boletim mostrou ainda uma redu��o importante da propor��o de interna��es nas faixas et�rias de 50 a 59 anos e uma diminui��o discreta na faixa de 40 a 49 anos. Apesar disso, os cientistas alertaram que "qualquer conclus�o sobre a mudan�a apontada no perfil da pandemia no Brasil ainda � precoce e deve ser acompanhada de perto nas pr�ximas semanas".

Segundo o trabalho, o perfil de mortalidade por idade em pa�ses de baixa e m�dia renda, como � o caso do Brasil, � diferente do observado em pa�ses ricos. "Os mais jovens enfrentam um risco maior de morrer em pa�ses em desenvolvimento do que em pa�ses de alta renda. Isso ocorre porque as popula��es n�o idosas nesses pa�ses t�m uma maior incid�ncia de doen�as preexistentes e menos acesso a tratamento e cuidados que potencialmente salvam vidas."

Um agravante da situa��o s�o as taxas de emprego informal mais altas, transportes p�blicos superlotados e habita��es prec�rias com muitas pessoas para poucos c�modos, que s�o caracter�sticas de pa�ses de baixa renda e colocam as pessoas em maior risco de exposi��o ao Sars-CoV-2. "Esses riscos parecem afetar desproporcionalmente adultos n�o idosos e refor�a nossa impress�o inicial de que a vulnerabilidade espec�fica � idade na pandemia varia, o que � fundamental para determinar se e como a adapta��o das pol�ticas de distanciamento", observaram.

Na avalia��o dos pesquisadores, mesmo com n�meros ainda preocupantes, a boa not�cia do boletim � a queda de incid�ncia e mortalidade por COVID-19. A taxa de mortalidade diminuiu 1,3% ao dia, enquanto a taxa de incid�ncia de casos de COVID-19 foi reduzida em 0,3% por dia. "A maior redu��o da mortalidade e menor da incid�ncia pode ser resultado das campanhas de vacina��o, que seguramente reduzem os riscos de agravamento da doen�a, mas n�o impedem completamente a transmiss�o do v�rus Sars-CoV-2", apontaram.

A positividade dos testes, que ainda continua alta, indica que h� intensa circula��o do v�rus. A taxa de letalidade est� em torno de 2,8%, patamar elevado em rela��o a pa�ses que adotam medidas de prote��o coletiva, testagem em massa e cuidados intensivos para doentes graves. "O elevado patamar de risco de transmiss�o do v�rus Sars-CoV-2 pode ser agravado pela maior transmissibilidade da variante Delta, em paralelo ao lento avan�o da imuniza��o entre os grupos mais jovens e mais expostos, combinado com maior circula��o de pessoas pelo retorno das atividades de trabalho e educa��o. Nesse sentido, � importante refutar a ideia de que a vacina��o protege integralmente as pessoas de serem infectadas e transmitir o v�rus, o que pode se tornar um risco adicional com a nova variante de preocupa��o Delta", relataram os cientistas.

Ocupa��o de leitos
Uma boa not�cia � que as taxas de ocupa��o de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para COVID-19 em adulto, no Sistema �nico de Sa�de (SUS), seguem melhorando. Conforme o boletim, 19 estados registram taxas de ocupa��o inferiores a 60% e, por isso, est�o fora da zona de alerta. Outros seis estados e o Distrito Federal est�o na zona de alerta intermedi�rio, que tem taxas de ocupa��o iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80% e somente um estado, Goi�s, na zona de alerta cr�tico com taxa superior a 80%.

Os destaques negativos entre 26 de julho e 2 de agosto, com expressiva eleva��o do indicador, foram Mato Grosso, que passou de 63% para 79%) e a capital Cuiab�, saindo de 55% para 74%. Houve aumentos ainda no estado do Rio de Janeiro (59% para 61%) e nas capitais Fortaleza (55% para 65%), Belo Horizonte (58% para 60%), Rio de Janeiro (90% para 94%) e Campo Grande (67% para 74%).

As quedas no indicador atingiram pelo menos cinco pontos percentuais em Roraima (68% para 58%), Par� (61% para 54%), Tocantins (71% para 64%), Maranh�o (65% para 57%), Para�ba (34% para 26%), Alagoas (46% para 26%), Sergipe (45% para 37%), Minas Gerais (56% para 51%), S�o Paulo (55% para 49%), Paran� (64% para 59%), Rio Grande do Sul (65% para 60%) e Distrito Federal (83% para 61%).

Regi�es

A Regi�o Nordeste est� fora da zona de alerta do indicador, onde tamb�m se somam o Norte, exceto por Tocantins, o Sudeste, com exce��o do Rio de Janeiro, e o estado do Paran�, localizado na Regi�o Sul.

Nas capitais, Rio de Janeiro (94%) e Goi�nia (94%), as taxas de ocupa��o de leitos de UTI COVID-19 s�o superiores a 80%. J� S�o Luis (69%), Fortaleza (65%), Belo Horizonte (60%), Curitiba (67%), Porto Alegre (66%), Campo Grande (74%), Cuiab� (74%) e Bras�lia (61%) est�o na zona de alerta intermedi�rio. Fora da zona de alerta est�o Porto Velho (40%), Rio Branco (26%), Manaus (59%), Boa Vista (58%), Bel�m (49%), Macap� (33%), Palmas (49%), Teresina (50), Natal (39%), Jo�o Pessoa (23%), Recife (34%), Macei� (21%), Aracaju (46%), Salvador (44%), Vit�ria (46%), S�o Paulo (45%) e Florian�polis (36%).

S�ndrome respirat�ria
S�o Paulo, Minas Gerais, Paran�, Santa Catarina, Acre, Goi�s, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal apresentaram taxas superiores a 10 casos por 100 mil habitantes em casos da S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave. Embora estejam com taxas inferiores, os outros estados possuem ainda n�veis superiores a um caso por 100 mil habitantes. "Como os casos de SRAG s�o essencialmente severos, que demandam hospitaliza��o, ou casos que vieram a �bito, as taxas preocupam, por impor demanda significativa ao sistema hospitalar", alertaram os cientistas.

Projeto

Segundo a Fiocruz, o projeto InfoGripe indica estimativas para as semanas que colocam a maior parte do pa�s em estabilidade nas taxas de incid�ncia de SRAG. "Alguns estados como Mato Grosso do Sul, Par� e Acre est�o com tend�ncia de aumento na incid�ncia. S�o Paulo, Esp�rito Santo, Para�ba, Bahia, Sergipe, Roraima, Tocantins e Maranh�o t�m tend�ncia de redu��o nos casos. Os demais estados encontram-se em situa��o de estabilidade. Entretanto, tal cen�rio n�o � confort�vel para a sa�de p�blica, uma vez que a transmiss�o permanece elevada", informou.


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