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Estado de Minas GERAL

Variante gama � mais agressiva que cepa original do novo coronav�rus, diz estudo


07/08/2021 19:21

A variante Gama (P.1), surgida em novembro de 2020 na cidade de Manaus, � mais letal que a cepa origin�ria do novo coronav�rus, como aponta estudo realizado no Brasil e divulgado nesta semana. Na pesquisa, amostras de pacientes de S�o Jos� do Rio Preto, no interior de S�o Paulo, coletadas entre outubro do ano passado e junho de 2021, mostraram como a introdu��o da P.1 na regi�o foi extremamente r�pida, deslocando outras variantes em circula��o, que predominavam na regi�o.

A cepa foi associada ao aumento de 127% de casos graves e de 162% de mortes entre mar�o e abril deste ano na cidade do interior paulista. Estes dados s�o refor�ados pela situa��o ca�tica de Manaus no in�cio do ano. Nos meses de janeiro a fevereiro, a P.1 compunha 9,7% das amostras registradas na cidade. Em pouco mais de um m�s, ela chegou a 96,4%.

Simultaneamente, essa introdu��o teve impacto na gravidade dos casos ao longo do tempo, especialmente entre pessoas com menos de 70 anos, grupo no qual houve aumento de 109% nos casos graves. Nos que t�m mais de 70 anos, o porcentual foi de 19%.

O estudo foi realizado em conjunto pelo Laborat�rio de Pesquisas em Virologia da Famerp no Hospital de Base de Rio Preto, pela Unesp, pela USP e pela Secretaria Municipal de Sa�de de S�o Jos� do Rio Preto, al�m da Funda��o Bill & Melinda Gates e das Universidades de Washington e do Texas. O estudo foi divulgado na plataforma medRxiv, mas ainda n�o passou por revis�o.

A variante Gama continua sendo a cepa de maior preval�ncia em amostras sequenciadas no Pa�s. Apesar disso, a variante Delta tem avan�ado nas �ltimas semanas, com crescimento expressivo em locais como a cidade do Rio e a Grande S�o Paulo.

A pesquisa tamb�m mostrou que os casos graves e as mortes pela covid-19 foram reduzidos pela vacina��o, conforme outros estudos realizados no mundo. O estudo ainda revelou que vacinados transmitem menos o coronav�rus, uma vez que o sistema imune combate melhor a infec��o e impede que a transmiss�o ocorra com cargas virais altas.

Segundo o pesquisador Wasim Syed, criador da Liga de �micas da Faculdade de Ci�ncias Farmac�uticas de Ribeir�o Preto da USP, � preciso ter um olhar com cuidado os dados. "Interessante notar que, olhando esses dados, somos levados a pensar que a P.1 atinge, por si mesma, mais jovens do que idosos", diz Syed. "Mas n�o � necessariamente verdade. Isso tamb�m aconteceu por causa da vacina��o (dos idosos), que na �poca j� vinham recebendo doses de Coronavac e Astrazeneca."

Isso pode se traduzir tamb�m na imunidade de grupo - a chamada imunidade de rebanho -, em que vacinados protegem pessoas que n�o puderam tomar as doses. Syed refor�a que s�o os imunizantes promovem esse efeito, e n�o o tratamento precoce.

"O interessante do estudo � ver de perto, com dados brasileiros e com cientistas brasileiros, isso tudo acontecendo", afirma o pesquisador. "� um �timo estudo para mostrar aos ainda negacionistas que vacinas funcionam e mortes podem ser evitadas com essa ferramenta."


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