A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) usou as redes sociais no s�bado, 7, para criticar a distribui��o de comida para pessoas na regi�o da Cracol�ndia, no centro de S�o Paulo. A declara��o veio ap�s o padre Julio Lancellotti denunciar que a Pol�cia Militar tentou impedir a entrega das marmitas neste fim de semana. A parlamentar disse que "a distribui��o de alimentos na Cracol�ndia s� ajuda o crime".
No Twitter, a deputada declarou, ainda, que "o padre e os volunt�rios ajudariam se convencessem seus assistidos a se tratarem e irem para os abrigos".
A posi��o acabou criticada nas redes sociais.
O padre Julio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo da Rua, manifestou indigna��o com a fala da deputada. "Quando algu�m critica, causa um impacto geral. Ela quis dizer que n�s apoiamos o crime", disse. "O nosso objetivo n�o � ser um distribuidor de comida. O alimento � um v�nculo para se aproximar."
Nas redes, ele usou uma imagem para rebater a publica��o de Janaina, sugerindo que a deputada n�o se posiciona diante dos mortos pela covid-19 no Pa�s.
Lancellotti afirmou que no domingo, 8, quando os integrantes da pastoral tentavam realizar a distribui��o de alimentos, agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) cercaram os acessos � regi�o, impedindo, mais uma vez, a chegada da equipe de volunt�rios. "Eles fizeram um cerco e n�s tivemos de entregar a comida em outras ruas", disse. "N�o d� para combater esse tipo de quest�o com viol�ncia", complementou.
Ainda de acordo com o coordenador da pastoral, a GCM afirmou haver dois traficantes na Cracol�ndia. "Se eles sabiam que tinham esses dois traficantes, por que n�o foram peg�-los?", questiona.
Neste domingo, Janaina voltou �s redes sociais afirmando n�o ter feito ataques. "H� anos, todos reclamam da Cracol�ndia, mas ningu�m tem coragem de olhar para as a��es que findam por colaborar para que aquela regi�o siga assim. Alimentar no v�cio s� estimula o ciclo vicioso."
A reportagem tentou contato com a deputada, por telefone, para comentar as declara��es, mas n�o obteve retorno at� o fechamento deste texto, no fim da noite do domingo.
O jornal O Estado de S. Paulo tamb�m procurou a Secretaria Municipal de Seguran�a Urbana e a Secretaria da Seguran�a P�blica, que tamb�m n�o responderam at� o fechamento da reportagem.
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