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Estado de Minas GERAL

Empresas e associa��es se manifestam por a��es concretas ap�s o relat�rio do IPCC


10/08/2021 16:57

Empresas e associa��es se manifestaram sobre o relat�rio do Painel Intergovernamental sobre o Clima da ONU (IPCC)na segunda-feira, 9, que apontou um ritmo de aquecimento acelerado no planeta, com consequ�ncias tamb�m para o setor produtivo. Os representantes reconheceram a gravidade do cen�rio apresentado e detalharam a��es necess�rias a serem tomadas para mitigar a previs�o.

Presidente do conselho diretor da Associa��o Brasileira do Agroneg�cio (Abag), Marcello Brito avalia que o alerta mais recente demonstra a "completa inefici�ncia" de governos, setor privado e sociedade para desenvolver estrat�gias ambientais "mesmo quando sua pr�pria exist�ncia da forma como conhecemos est� amea�ada". O representante da entidade afirma, ainda, "n�o haver mais espa�o para pol�ticas negacionistas".

"H� muito o setor j� se movimenta no rumo de uma agricultura de baixa carbono e novas t�cnicas de cultivo, na busca de uma agricultura de resili�ncia que possa enfrentar esses desafios e mitigar os danos na seguran�a alimentar, mas n�o na velocidade necess�ria, seja no Brasil, Estados Unidos ou Europa", diz Brito. "Como sa�da temos a aplica��o maci�a de ci�ncia, tecnologia, inova��o e uma revis�o 360� da pol�tica agroambiental do nosso Pa�s e do mundo."

Segundo o presidente da Abag, tamb�m falta a��o coordenada para reduzir a emiss�o de gases de efeito estufa. "S� h� metas individuais, n�o h� uma pol�tica setorial por produto ou mesmo nacional do setor do agroneg�cio. Aqui h� um claro espa�o de oportunidade", afirma. "No agro, poder�amos alcan�ar a neutralidade clim�tica em 2030 e ser o �frontrunner� mundial."

Em nota, a Marfrig afirma que "busca desenvolver uma pecu�ria de baixo carbono", lan�ou plano de sustentabilidade no ano passado e tem meta de zerar o desmatamento at� 2030. "A Marfrig foi pioneira no segmento a assumir o compromisso com o desmatamento zero, em 2009, identificando os impactos da pecu�ria no bioma Amaz�nia. Desde ent�o, investiu mais de 260 milh�es de reais somente em sustentabilidade."

Segundo o comunicado, a companhia fechou 2020 com 62% da sua cadeia de valor na Amaz�nia e 47% no cerrado mapeados - o objetivo � atingir 100% rastreado at� 2025 e 2030, respectivamente. Tamb�m diz que participa de iniciativas internacionais e, com base em crit�rios cient�ficos, tem meta de reduzir 43% os gases estufas at� 2035.

O CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, disse em nota que "a ci�ncia j� demonstrou que a quest�o clim�tica � urgente". "O relat�rio do IPCC s� refor�a a necessidade de que devemos, juntos, sociedade, poder p�blico e setor privado, trabalhar para reduzir as emiss�es de gases causadores do efeito estufa."

Tomazoni lembrou que a JBS assumiu o compromisso de zerar o balan�o l�quido de suas emiss�es at� 2040. "Nessa corrida ao Zero n�o h� p�dio de chegada. N�o � uma disputa entre pa�ses ou entre empresas. � uma luta contra o aquecimento global. � uma luta pela vida. Ou todos ganham ou todos perdem. E cada um precisa fazer a sua parte. N�s, da JBS, vamos demonstrar que � poss�vel abastecer o mundo de alimentos e ajudar a enfrentar o aquecimento global."

Pablo Machado, diretor executivo da Suzano para China e atualmente tamb�m respons�vel pela �rea de Sustentabilidade da Suzano, disse que o relat�rio publicado "refor�a a preocupa��o de que o aquecimento global est� se intensificando ao longo das d�cadas e que algumas das altera��es clim�ticas ocasionadas por ele j� possam ser irrevers�veis". "Isso significa, na pr�tica, que as mudan�as clim�ticas j� est�o provocando riscos e mudan�as � sociedade e � vida, e que a ado��o de medidas efetivas para reduzir a emiss�o de carbono na atmosfera � urgente."

"N�o h� mais tempo para pensarmos no longo ou m�dio prazo, � preciso atuar j�, com o olhar no curt�ssimo prazo. Ou seja, precisamos avan�ar na 26� Confer�ncia das Na��es sobre Mudan�as Clim�ticas (COP 26), que ser� realizada pelas Na��es Unidas de 1� a 12 de novembro de 2021, em Glasgow, no Reino Unido", acrescentou.

Ele disse ser premente "que o di�logo e as negocia��es avancem em dire��o a pontos ainda em aberto e, dessa forma, consiga-se endere�ar o tema a partir da defini��o de a��es coletivas e intersetoriais, cientes de que � preciso buscar solu��es adicionais para que sejam cumpridas as metas de redu��o de emiss�es estabelecidas no Acordo de Paris."

'Relat�rio precisa ser visto como um grande chamado'

Para Denise Hills, diretora global de Sustentabilidade da Natura, o documento � um chamado para todos, n�o apenas para as empresas. "O relat�rio precisa ser visto como um grande chamado para uma ampla coopera��o internacional, da mesma forma como tem sido a luta contra o coronav�rus."

A executiva acredita que as empresas devem estabelecer um plano claro de metas para toda a cadeia de valor, estimulando um olhar integrado para a gest�o do carbono. "� fundamental criar uma agenda de a��o integrada para abordar as quest�es de clima, biodiversidade, florestas, oceanos e desenvolvimento sustent�veis", afirma.

A Ambev j� vem com a��es para reduzir as emiss�es de gases na atmosfera. A empresa assumiu o compromisso de reduzir 25% das emiss�es da cadeia de valor at� 2025. 63% das emiss�es de g�s carb�nico j� foram reduzidas desde 2003. Foi neste mesmo ano que a empresa iniciou a reestrutura��o das matrizes energ�ticas, substituindo os combust�veis f�sseis nas caldeiras de vapor por �leo vegetal, biomassa e biog�s. Em 2018, a empresa anunciou o cumprimento da meta de 100% da energia comprada de fontes renov�veis.


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