A Pol�cia Federal (PF) e a Controladoria Geral da Uni�o (CGU) abriram nesta segunda-feira, 23, a Opera��o Cart�o Vermelho II contra um grupo suspeito de desviar recursos p�blicos federais que deveriam ser usados na implementa��o e no gerenciamento do hospital de campanha montado no Est�dio Presidente Vargas, em Fortaleza, para atendimento a pacientes com covid-19.
Ao todo, 35 policiais federais e oito servidores da CGU cumprem sete mandados de busca e apreens�o em endere�os residenciais de Fortaleza e Bras�lia. A Justi�a Federal tamb�m autorizou o bloqueios de bens e a quebra dos sigilos banc�rio e fiscal dos investigados.
A primeira fase da Opera��o Cart�o Vermelho foi aberta em novembro. De acordo com a Pol�cia Federal, o objetivo desta etapa � reunir elementos para subsidiar o inqu�rito que apura ind�cios de atua��o criminosa de servidores p�blicos, dirigentes da organiza��o social contratada para gest�o do hospital de campanha e empres�rios. Os nomes n�o foram divulgados.
As an�lises da CGU apontaram ind�cios de irregularidades no processo de chamamento p�blico para contrata��o da organiza��o social, bem como na aquisi��o de monitores multiparam�tricos previstos no contrato de gest�o, a exemplo de: pesquisas de pre�os inconsistentes; superfaturamento no montante de R$ 1,2 milh�o; adiantamento de valores; e aquisi��o de equipamentos em quantidade superior � capacidade de leitos da unidade.
A PF identificou, nos arquivos e na documenta��o apreendida na primeira fase da opera��o, ind�cios de favorecimento da organiza��o social contratada pela Secretaria de Sa�de de Fortaleza. Com o avan�o das investiga��es, a Pol�cia Federal tamb�m verificou que novos investigados receberam recursos da empresa fornecedora dos equipamentos.
"A partir dos dados coletados e analisados pela PF e CGU na primeira fase da Opera��o Cart�o Vermelho, deflagrada em novembro de 2020, foram refor�ados ind�cios de conluio entre os investigados para direcionar escolha de organiza��o social, com pagamentos superfaturados, transa��es com empresas de fachada, desvio de recursos p�blicos federais e enriquecimento il�cito dos investigados", informou a PF.
Os investigados poder�o responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude � licita��o, peculato, ordena��o de despesa n�o autorizada por lei e organiza��o criminosa, e, se condenados, poder�o cumprir penas de at� 33 anos de reclus�o.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Fortaleza e aguarda resposta. O espa�o est� aberto para manifesta��o.
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