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Estado de Minas GERAL

Com reservat�rios de at� 20 kg, bombeiros tentam controlar fogo do Juquery


23/08/2021 20:56

O segundo dia de combate ao inc�ndio no Parque Estadual do Juquery, na Grande S�o Paulo, exigiu a combina��o de grandes a��es, como dois helic�pteros da Pol�cia Militar, e tamb�m o combate manual por terra. Cerca de 200 profissionais, entre brigadistas do Parque do Juquery, agentes da Defesa Civil, bombeiros e volunt�rios, carregaram reservat�rios de 20 kg com �gua nas costas por v�rios quil�metros para tentar apagar as chamas com o uso de esguichos. A a��o � necess�ria porque os caminh�es de �gua n�o conseguem chegar aos locais de dif�cil acesso do parque. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o inc�ndio ainda n�o est� totalmente controlado.

A prefeitura de Franco da Rocha estima que o inc�ndio tenha consumido 60% do parque, que possui cerca de dois mil hectares. Na avalia��o da Funda��o Florestal, respons�vel pela gest�o do local, o estrago � ainda maior e j� chega aos 70%. Segundo a prefeitura, o fogo come�ou ap�s a queda de um bal�o. Tempo seco e calor favorecem a propaga��o das chamas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, foram registrados 2.708 ocorr�ncias de inc�ndio na vegeta��o no Estado de S�o Paulo em junho. O pico foi em maio com mais de 4.745 inc�ndios.

O Estad�o acompanhou a luta contra as chamas nesta segunda-feira, 23, quando o parque tinha ao menos dois grandes focos de inc�ndio. Uma das estrat�gias do Corpo de Bombeiros foi o uso de dois helic�pteros que despejaram �gua nos maiores focos.

As caracter�sticas do parque, no entanto, exigiram grande esfor�o no combate manual �s chamas. Relevo acidentado. Com reservat�rios de 20 kg nas costas, os brigadistas tentavam apagar os focos menores com esguichos de �gua. "� uma ocorr�ncia complexa, que exige muito trabalho manual. � um trabalho de formiguinha", explica Walkiria Zanquini, tenente do Corpo de Bombeiros.

Outra estrat�gia para esse combate individual �s chamas foram as vassouras de bruxas, instrumentos feitos com borracha reciclada, em geral, restos de madeira de inc�ndio, para abafar o fogo. "� um local de dif�cil acesso. Temos pequenos focos que v�o destruindo a vegeta��o. O caminh�o n�o chega e a mangueira n�o entra", afirma Adriano Udvari, coordenador do Servi�o de Atendimento de Urg�ncia da prefeitura de Caieiras, que montou uma for�a-tarefa com brigadistas de secretarias municipais para ajudar no combate �s chamas.

Dezenas de volunt�rios ajudaram na tarefa. Um deles foi o vigilante Ulisses Sabino da Silva. Morador do Parque Vit�ria, em Franco da Rocha, ele viu as chamas no parque na noite de domingo da sua casa. Por isso, decidiu ajudar. "Esse parque � importante para mim. Com caminhadas e exerc�cios nestas trilhas, consegui melhorar de uma depress�o grave em 2017", diz o vigilante com um esguicho nas m�os. V�rios volunt�rios se ofereceram para ajudar, mas nem todos possuem os equipamentos adequados e acabaram dispensados.

O cen�rio, no entanto, era desolador. O verde de uma das �ltimas �reas de preserva��o do cerrado em S�o Paulo virou cinza. Dos troncos de �rvores queimados restavam apenas a copa das �rvores. Ao acompanhar um grupo de brigadistas da Funda��o Florestal, o Estad�o se deparou com um eucalipto ainda em brasa, com o tronco incandescente. "N�o adianta apagar. Ela est� condenada", disse um brigadista.

Cheiro de mato queimado. Fuma�a que arde os olhos. Boca seca. Outra �rvore tombou na estrada, obrigando os brigadistas a um atalho. "D� vontade de chorar diante dessa situa��o", disse o ciclista Fabricio Carneiro, frequentador do parque e que tamb�m estava tentando apagar o inc�ndio como volunt�rio.

Criado em 1993 para conservar mata nativa e �reas de mananciais do Sistema Cantareira, o parque tamb�m abriga remanescentes de Mata Atl�ntica entre os munic�pios de Caieiras e Franco da Rocha. De acordo com a prefeitura de Franco da Rocha, a causa inicial do fogo teria sido a queda de um bal�o na regi�o pr�xima ao Parque do Juquery. Em 2017, cerca de 200 hectares - 10% do parque - foram consumidos pelas chamas tamb�m causadas pela queda de um bal�o.


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