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Estado de Minas GERAL

PF faz opera��o contra garimpos ilegais em reservas ind�genas no Par�


26/08/2021 18:37

Em meio � presen�a de lideran�as dos povos origin�rios em Bras�lia para acompanhar o julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre o chamado marco temporal, a Pol�cia Federal realizou a Opera��o Muiraquit� 2 entre segunda, 23, e quarta, 25, para desarticular garimpos ilegais na Terra Ind�gena Kayap�, localizada nos munic�pios de Cumaru do Norte e Ouril�ndia do Norte, no Par�.

A ofensiva que paralisou diversos garimpos clandestinos resultou na pris�o de quatro pessoas em flagrante. Os cerca de 220 agentes de seguran�a que participaram da opera��o ainda inutilizaram 26 escavadeiras hidr�ulicas e 67 motores-bombas e apreenderam 59 mil litros de �leo diesel e tr�s caminh�es.

Segundo os investigadores, as dilig�ncias foram cumpridas com apoio das For�as Armadas, da For�a Nacional de Seguran�a P�blica, da Defensoria P�blica da Uni�o, do Ibama, da Funai, do Minist�rio P�blico Federal e do Minist�rio P�blico do Trabalho.

Devido a grande quantidade de pontos de extra��o ilegal de min�rio, a dificuldade de acesso por via terrestre, e o tamanho da �rea onde as atividades da opera��o foram realizadas, foram empregados quatro helic�pteros, tr�s das For�as Armadas e um da Pol�cia Federal.

De acordo com a PF, ao longo da ofensiva foram coletadas amostras de ouro que ser�o analisadas e, posteriormente, passar�o a constar em um banco de dados que vai permitir identifica��o da origem de futuras apreens�es do mineral.

O nome da opera��o, Muiraquit�, faz refer�ncia a �artefatos talhados em pedra, chamada de amazonita, representando animais�, diz a PF. "Teriam sido usados pelos povos ind�genas Tapaj�s e Konduri, que habitavam o Baixo Amazonas at� a chegada do colonizador europeu, como amuletos, s�mbolos de poder, e ainda como material para compra e troca de objetos valiosos", explicou a corpora��o em nota.A ofensiva tem como base decis�o proferida pelo Supremo Tribunal Federal no �mbito de a��o tem trata da retirada de invasores nas Terras Ind�genas Arariboia, Karipuna, Kayap�, Mundurucu, Trincheira Bacaj�, Uru-Eu-Wau-Wau e Yanomami, al�m da desativa��o de garimpos e repress�o de outros crimes ambientais oriundos da extra��o il�cita de min�rios.

Na segunda-feira, 23, o ministro Lu�s Roberto Barroso garantiu a participa��o de um representante dos povos origin�rios na tramita��o do Plano Sete Terras Ind�genas, que prev� a retirada de garimpeiros e invasores dos territ�rios.

Tanto a opera��o como a decis�o de Barroso se deram em meio � articula��o de lideran�as ind�genas, em Bras�lia, �s v�speras da an�lise do marco temporal pelo STF. Mais de 6 mil ind�genas acompanham na Esplanada dos Minist�rios o caso que tem sido considerado �o julgamento do s�culo� sobre as quest�es dos povos origin�rios no Pa�s. O julgamento vai decidir o futuro de 303 demarca��es de terras ind�genas em andamento, como mostrou o Estad�o.

Regra defendida por ruralistas, o marco temporal estabelece uma linha de corte para a demarca��o de terras ind�genas. O ministro Edson Fachin, relator do caso, j� argumentou em parecer que a tese promove um progressivo "etnoc�dio" entre os povos ind�genas, com a elimina��o de elementos culturais de determinado grupo.


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