A paralisa��o total que o governo Jair Bolsonaro promoveu sobre o Fundo Amaz�nia, maior programa de financiamento de prote��o ao meio ambiente, fez com que o Par� procurasse alternativas para tentar preencher o v�cuo financeiro dessas a��es. O governo paraense criou um fundo estadual para tentar atrair recursos de doadores p�blicos e privados que queiram financiar projetos no Estado, sejam recursos nacionais ou estrangeiros. O programa, batizado de "Fundo Amaz�nia Oriental", tem meta de captar R$ 300 milh�es nos pr�ximos quatro anos, para financiar medidas voltadas ao combate ao desmatamento e grilagem de terras.
A iniciativa passou a contar com apoio de um gestor financeiro, que ficar� encarregado de administrar a capta��o, execu��o e presta��o de contas de recursos. Trata-se do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), que � um mecanismo financeiro nacional privado, especializado nesse tipo de opera��o.
"Come�amos a falar com as primeiras institui��es que poder�o aportar recursos. Estamos preparando um plano de capta��o, que deve atrair entidades do terceiro setor, como as ONGs especializadas, que possuem grandes colaboradores", diz o secret�rio de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Par�, Mauro O'de Almeida. "A ideia, com certeza, � tentar ocupar o espa�o deixado pelo Fundo Amaz�nia. � uma alternativa para tentar suprir a aus�ncia desse fundo."
As capta��es devem financiar a��es de combate ao desmatamento, recomposi��o florestal e investimentos em ativos de bioeconomia e servi�os ambientais no Par�. Um comit� gestor formado por representantes do governo estadual e da sociedade civil ter� o papel de definir prioridades.
Fundo parado
O Fundo Amaz�nia est� h� mais de dois anos parado em uma conta banc�ria do governo federal. Desde o in�cio do mandato de Jair Bolsonaro, em janeiro de 2019, nenhum novo programa de prote��o da Amaz�nia foi financiado pelo fundo. Por causa de um embara�o diplom�tico causado pelo pr�prio presidente e pelo ex-ministro Ricardo Salles, que acusavam o fundo de irregularidades, cerca de R$ 2,9 bilh�es doados pela Noruega e pela Alemanha est�o parados nos cofres do governo.
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