
Segundo Luiz,
Tatiana ainda n�o consegue interagir com as pessoas ao seu redor
. "Ela continua na UTI e segue recebendo oxig�nio pelo respirador. Abriu os olhos, mas olha pra gente de forma vaga, n�o interage", diz. A servidora p�blica j� passou por seis procedimentos m�dicos desde o acontecido no �ltimo dia 25 de agosto. "Foram duas cirurgias na cabe�a, uma no p�, duas no abd�men e uma traqueostomia", explicou.
De acordo com o pai de Tatiana, ainda que seja um singelo avan�o, a fam�lia celebra e espera pela recupera��o da filha. "Agora tem que aguardar. Os m�dicos dizem que � importante conversar, incentivar, mas que o tempo � dela. N�o existe tratamento, depende do tempo de rea��o que o corpo dela vai ter aos procedimentos que passou", diz Luiz.
Relembre o caso
Por volta das 9h do dia 25 de agosto, Tatiana saiu de casa para buscar o filho mais cedo na escola, pois o menino de 8 anos n�o passava bem. Na volta, a servidora p�blica teria sido "fechada" por Paulo Ricardo, que dirigia em um Fiat Idea cinza. Os dois tiveram uma discuss�o no tr�nsito e o advogado come�ou uma persegui��o.

Imagens das c�meras de seguran�a de im�veis no Lago Sul registraram o momento da persegui��o. Ap�s 3km, na frente da casa da servidora, eles se desentenderam novamente. A servidora p�blica saiu do carro, foi em dire��o a Paulo Ricardo, mas voltou ao pr�prio ve�culo para buscar o celular e gravar a situa��o. Nesse momento, o advogado a atropelou.
Minutos depois de atropelar Tatiana em frente � casa dela, Paulo Ricardo reaparece nas grava��es. Desta vez, �s 9h39, quando pegou o caminho contr�rio ao que percorreu durante a persegui��o. Por pouco, ele n�o atingiu outro ve�culo. Ele foi embora sem prestar socorro a Tatiana.
Liberdade negada
Paulo Ricardo teve o terceiro pedido para deixar a pris�o indeferido pela justi�a na noite da �ltima ter�a-feira (7/9). O desembargador do Tribunal de Justi�a do Distrito Federal e dos Territ�rios (TJDFT) Sebasti�o Coelho n�o aprovou a liminar solicitada pela defesa de Milhomem para que ele fosse colocado em liberdade provis�ria.
Al�m disso, integrantes do Tribunal de �tica da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF) decidiram, no dia 31 de agosto, suspender por 90 dias o registro de Paulo Ricardo. O acusado foi transferido do 19ª Batalh�o - onde ficam presos ex-militares e ex-bombeiros -, para o Centro de Deten��o Provis�ria 2 (CDP 2), no Complexo Penitenci�rio da Papuda, na noite de sexta-feira (3/9).
Sem o registro concedido pela OAB, a magistrada Leila Cury entendeu que o advogado n�o tinha mais o direito de permanecer preso na sala de Estado-Maior. Paulo foi encaminhado ao CDP 2, pres�dio que recebe presos rec�m-chegados da Divis�o de Controle e Cust�dia de Presos (DCCP) para cumprir a quarentena. L� ele dividir� a cela com outros detentos.