A aplica��o da segunda dose contra a covid-19 no Brasil foi predominante na semana passada pela primeira vez desde o in�cio de maio, apontam dados do Minist�rio da Sa�de. � apenas a quarta vez que isso ocorre e a primeira em um contexto de vacina��o com a primeira dose avan�ada no Pa�s, o que indica uma nova fase da campanha de imuniza��o.
Al�m da entrega de vacinas, o avan�o da aplica��o da segunda dose de imunizantes contra a covid-19 no Brasil tamb�m envolve uma s�rie de outros fatores: desde a realiza��o de campanhas publicit�rias para conscientiza��o at� a busca ativa de quem n�o tiver retornado para completar o esquema vacinal.
Especialistas ouvidos pelo
Estad�o
apontam que a��es como essas s�o de extrema import�ncia sobretudo porque o espa�o entre as doses foi expandido para alguns imunizantes no Pa�s, o que aumenta os riscos de evas�o.
Para a epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente do Instituto Sabin, v�rios fatores dificultam a aplica��o da segunda dose no Brasil. A falta de vacinas � um deles. "Quando a pessoa vai ao posto e n�o encontra a vacina que precisa para a segunda dose, dificilmente ir� em outro local ou voltar� outro dia", explica.
Outro ponto levantado pela especialista � o esquecimento. O intervalo entre as doses das vacinas pode chegar a 12 semanas. Muita gente fica ansiosa aguardando a data do refor�o, mas outro tanto esquece de voltar ao posto. "Precisamos de algum mecanismo para lembrar a pessoa, seja uma mensagem de texto, liga��o, e-mail."
Para aumentar a ades�o, ela pede que os governos facilitem o acesso � vacina. Se uma pessoa busca a segunda dose um ou dois dias antes do prazo, n�o deveria ser impedida de receb�-la, cita Denise. A especialista diz que ampliar o hor�rio de funcionamento das unidades de sa�de � outra forma de aumentar o acesso.
Campanhas publicit�rias tamb�m podem fazer a ades�o crescer. "Isso faz toda a diferen�a. Embora a gente tenha uma cultura pr�-vacina muito forte, muitas vezes as pessoas esquecem da segunda dose."
Intervalo
O m�dico infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imuniza��es (SBIm) Renato Kfouri acrescenta que a suspens�o das 12 milh�es de doses da Coronavac e o atraso na entrega de insumos para produ��o da AstraZeneca s�o problemas que precisam ser contornados, permitindo aplicar a segunda dose na popula��o de forma mais �gil e at� encurtar o intervalo entre aplica��es. "Quanto mais longo � o intervalo, maior � a taxa de abandono", explica.
As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
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