
Cerca de 149,5 milh�es de pessoas est�o parcialmente imunizadas, ou seja, receberam pelo menos uma dose. Em rela��o ao total da popula��o, este n�mero equivale a 70,07%. Mesmo que os n�meros sejam otimistas, ainda falta para atingir a chamada imunidade de rebanho. De acordo com o m�dico intensivista do Hospital Bras�lia Rodrigo Biondi, muitas pessoas j� est�o com a imunidade contra a doen�a enfraquecida devido ao tempo da �ltima vacina.
“A maioria dos totalmente vacinados � de idosos, que j� se imunizaram h� algum tempo, e � como se eles n�o fizessem parte destes 100 milh�es. Ent�o, para considerar a imunidade de rebanho, deve ser quando h� vacina��o em massa de 70% a 80% da popula��o com o esquema vacinal completo. Mesmo que esteja um pouco longe, existem alguns outros problemas relacionados (� imunidade de rebanho), como as variantes e, por mais que as vacinas dispon�veis mostrem efetividade contra elas, nenhum imunizante � completamente eficaz”. “Outro fator que a gente precisa levar em considera��o s�o os hospedeiros e a maioria � assintom�ticos. S�o as crian�as e os adolescentes que ainda t�m esquema de vacina��o tardio. Mesmo com estudos avan�ados para vacinar esta popula��o, ainda h� resist�ncia”, disse.
O m�dico explica que, quando puder vacinar esta faixa et�ria, valer� a pena por dois motivos: existir mortalidade, mesmo que baixa, e porque eles s�o geralmente hospedeiros assintom�ticos. “Crian�as pequenas t�m muito contato com as outras. � dif�cil ter distanciamento social e elas t�m muito mais intera��o social do que os adultos. Ent�o, quando elas est�o em ambientes com maior propor��o de cont�gio, elas podem pegar e contaminar um adulto”, explicou.
Contra m�scaras
Recentemente, o ministro da Sa�de Marcelo Queiroga repudiou leis que obrigam o uso de m�scaras. “Sou absolutamente contr�rio. O governo federal defende primeiro a dignidade da pessoa humana, a vida, a liberdade. Eu acho que uma lei para obrigar qualquer coisa � um absurdo, porque n�o funciona. Temos que fazer as pessoas aderirem �s recomenda��es sanit�rias”, disse.
A infectologista Ana Helena Germoglio, do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), aponta o contr�rio e, apesar da queda de casos, n�o � o momento de relaxar nas medidas de prote��o. “No �ltimo ano, a gente j� aprendeu a relaxar em muitas medidas que n�o s�o t�o eficazes contra a pandemia, como por exemplo, lavar as compras e tomar banho toda hora que chegasse em casa. Ent�o, j� h� um certo relaxamento. Mas, as outras medidas s�o simples, principalmente o uso de m�scara.”
Segundo Ana Helena, � precoce pensar em tirar a obrigatoriedade da m�scara. “Nos outros pa�ses, onde tiveram grandes surtos, j� est�o retirando as m�scaras, mas porque tem um grande percentual de vacina��o. Abolir outras medidas, como o uso da m�scara e o distanciamento social, v�o ser as �ltimas a serem feitas. A m�scara � uma medida muito simples de ser utilizada e de ser seguida. Agora que a gente est� come�ando a controlar a pandemia, um real controle de redu��o de casos para gente controlar, mas a gente tem ainda uma taxa de transmiss�o muito alta”, afirmou.
Queiroga vai ter que depor
O presidente da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), reiterou a reconvoca��o do ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, � CPI. Aziz disse que Queiroga tem tr�s pontos para esclarecer aos senadores: “O porqu� houve a orienta��o para suspender a vacina��o de adolescentes de 12 a 17 anos; como ser� a vacina��o no pr�ximo ano; e sobre o parecer da Comiss�o Nacional de Incorpora��o de Tecnologias no Sus (Conitec), a respeito de medicamentos sem comprova��o cient�fica, n�o ter sa�do at� hoje”, elencou o senador. Aziz tamb�m garantiu que mesmo com a nova convoca��o do ministro da Sa�de, o calend�rio da CPI n�o foi alterado e a vota��o do relat�rio deve ocorrer em 20 de outubro.
Menor n�mero de internados
O estado de S�o Paulo registrou, no fim de semana, 4,23 mil pessoas internadas por covid-19, segundo boletim di�rio divulgado pelo governo. De acordo com o balan�o, o n�mero � o menor desde 5 de abril de 2020, ou seja, o menor dos �ltimos 18 meses. O indicador tamb�m ficou sete vezes menor que o reportado no pico da segunda onda da pandemia, que ultrapassou 31 mil pacientes com a doen�a. Do total de hospitalizados, 2.045 estavam ontem em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 2.185 em enfermaria. A taxa de ocupa��o de leitos de UTI era de 38,7% na regi�o da Grande S�o Paulo e 31,2% no estado.