A Justi�a Militar da Uni�o julga na pr�xima quarta-feira, 13, os 12 militares do Ex�rcito denunciados pelo assassinato do m�sico Evaldo Rosa dos Santos, que estava em um carro alvejado com mais de 80 tiros no Rio de Janeiro, e do catador de recicl�veis Luciano Macedo, baleado ao tentar ajudar a fam�lia que estava no ve�culo. Todos respondem ao processo em liberdade enquanto aguardam o julgamento, que j� foi adiado tr�s vezes.
O caso aconteceu em abril de 2019 e os militares foram denunciados em maio daquele ano por homic�dio qualificado, tentativa de homic�dio e omiss�o de socorro. O m�sico estava a caminho de um ch� de beb� quando passou por patrulha na regi�o da Vila Militar em Guadalupe, na zona norte do Rio, onde foi alvo dos disparos. A den�ncia contabiliza 257 tiros de fuzil de pistola. Tamb�m estavam no carro a mulher, o filho e o sogro dele, al�m de uma adolescente. Evaldo morreu no local. Segundo a Procuradoria de Justi�a Militar no Rio de Janeiro, n�o houve ordem para o carro parar e n�o havia posto de bloqueio ou blitz na estrada. O catador Luciano Macedo, que passava a p� pelo local, tamb�m foi atingido e morreu dias depois.
Em um primeiro momento, o Comando Militar do Leste emitiu nota dizendo que a a��o havia sido uma resposta a um assalto e sugeriu que os militares haviam sido alvo de uma 'agress�o'. A fam�lia contestou a vers�o e s� ent�o o Ex�rcito recuou e mandou prender dez dos 12 militares envolvidos na a��o.
Os militares teriam confundido o carro do m�sico com o de criminosos que, minutos antes, haviam roubado um carro da mesma cor que o do m�sico, mas de outra marca e modelo - um Honda City.
Foram presos o tenente �talo da Silva Nunes Romualdo, o sargento F�bio Henrique Souza Braz da Silva e soldados Gabriel Christian Honorato, Matheus Santanna Claudino, Marlon Concei��o da Silva, Jo�o Lucas da Costa Gon�alo, Leonardo Oliveira de Souza, Gabriel da Silva de Barros Lins e V�tor Borges de Oliveira. Todos atuam no 1� Batalh�o de Infantaria Motorizado, na Vila Militar, na zona oeste do Rio.
O C�digo Penal Militar prev�, para condena��es acima de dois anos, que o r�u receba automaticamente a pena de exclus�o das For�as Armadas, se for pra�a (soldados, cabos e sargentos). Os oficiais condenados acima de dois anos respondem ao processo para declara��o de indignidade e de incompatibilidade com o oficialato.
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