Opas: refor�o deve ser para imunossuprimidos e idosos que tomaram Coronavac

Diretor-assistente da Organiza��o Pan-Americana de Sa�de (Opas), Jarbas Barbosa foi questionado durante entrevista coletiva nesta quarta-feira sobre os refor�os em vacinas contra a covid-19. Segundo ele, a posi��o da entidade foi adotada a partir do recomendado pelo Grupo Assessor Estrat�gico de Especialistas em Imuniza��o (Sage, na sigla em ingl�s), que auxilia a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS).

Barbosa disse, a partir de recomenda��o do Sage, que uma dose de refor�o deve ser aplicada a pessoas imunossuprimidas, "moderadas ou graves". Al�m disso, citou que no caso das vacinas das chinesas Sinovac e Sinopharm, pesquisas apontaram que a efic�cia entre as popula��es mais idosas � menor do que entre os mais jovens, por isso tamb�m nesse casos � recomendada a dose de refor�o para os mais velhos. A Sinovac � a fabricante da Coronavac, uma das vacinas usadas no Brasil.

Barbosa disse que, preferencialmente, o refor�o deve ser do mesmo fabricante. Caso esta n�o esteja dispon�vel, por�m, � poss�vel usar uma vacina de outro produtor, com pesquisas apontando que n�o h� problema quanto a isso, comentou.

Em outro momento da coletiva, a diretora da Opas, Carissa Etienne, lembrou que o primeiro pico da covid-19 no Brasil "infelizmente, foi muito extenso", atingindo n�o apenas grandes cidades, mas tamb�m �reas mais remotas. Ela recordou tamb�m que, na segunda onda da doen�a, com a presen�a da variante gama, os servi�os de sa�de ficaram ainda mais pressionados. A diretora da Opas, por�m, tamb�m citou aspectos positivos do quadro no Pa�s, como campanhas de vacina��o nos fins de semana e a presen�a de "campe�es de vacinas" para incentivar toda a popula��o alvo a se imunizar.

A Opas tamb�m pediu, durante a coletiva, que ocorra um esfor�o para garantir que 40% das popula��es de todos os pa�ses da regi�o sejam vacinadas at� o fim deste ano. Etienne disse que a entidade registra um aumento de casos entre pessoas mais jovens, atribu�do segundo ela em parte ao fato de que esse grupo adota menos medidas de prote��o, mas tamb�m pois em v�rios pa�ses eles n�o foram vacinados, ou t�m menos acesso aos imunizantes por ora.

J� o gerente de Incidentes da Opas, Sylvain Aldhigieri, mencionou em outro momento que as festas de fim de ano "s�o mais prop�cias" � dissemina��o da covid-19, ao ser questionado sobre o eventual risco de um aumento nos casos da doen�a no fim do ano no M�xico. Em resposta a outra quest�o, Jarbas Barbosa disse que "� dif�cil" fazer uma previs�o sobre a pandemia nas Am�ricas em 2022. Em sua avalia��o do quadro, ele notou que apenas nove pa�ses da regi�o conseguiram vacinar mais de 50% de suas popula��es contra o v�rus, enfatizando a necessidade de melhorar a cobertura pela regi�o.

Etienne ainda citou alguns cen�rios poss�veis da Opas para a pandemia, a depender dos avan�os na imuniza��o. Em um deles, com alta cobertura vacinal, mas sem medidas de prote��o, os pa�ses continuariam expostos a surtos de casos da doen�a, advertiu. Ela afirmou que a covid-19 pode se tornar uma doen�a end�mica, o que segundo a autoridade � mais um motivo para se refor�ar a distribui��o de vacinas entre os pa�ses das Am�ricas.