MP pede cadeia para militares acusados de dois homic�dios em 2019

O Minist�rio P�blico Militar (MPM) pediu a condena��o de oito dos 12 acusados dos homic�dios do m�sico Evaldo Rosa dos Santos e do catador Luciano Macedo. Os dois foram atingidos por disparos de fuzil efetuados por militares do Ex�rcito, em 2019. Os r�us alegam que agiram em autodefesa, o que foi repudiado pela acusa��o. O julgamento dos envolvidos come�ou nesta quarta-feira, 13, mais de dois anos ap�s o ocorrido.

O caso aconteceu em abril de 2019. Evaldo estava a caminho de um ch� de beb� com a fam�lia, quando passou por uma patrulha de militares em Guadalupe, na zona norte do Rio, perto da Vila Militar. Segundo a den�ncia apresentada pela Procuradoria de Justi�a Militar, 257 tiros de fuzil foram disparados. Mais de 80 atingiram o ve�culo que Evaldo dirigia. O m�sico morreu instantaneamente. Luciano, que tentou ajudar a fam�lia, tamb�m foi alvejado e morreu alguns dias depois.

O processo em que se baseia o julgamento incluiu depoimentos de testemunhas de acusa��o e de defesa, interrogat�rio dos r�us e produ��o de provas. A Procuradoria sustenta que n�o houve ordem para o carro de Evaldo parar e n�o havia posto de bloqueio ou blitz na estrada. Por isso, os militares respondem por homic�dio qualificado, tentativa de homic�dio e omiss�o de socorro.

Alegar autodefesa � matar v�timas de novo, diz promotora

Ao todo, doze militares foram denunciados. Nesta quarta-feira, a promotora Najla Nassif Palma afirmou que ficou comprovado que quatro deles n�o atiraram. Por isso pediu que fossem absolvidos o cabo Paulo Henrique Ara�jo Leite e os soldados Vitor Borges de Oliveira, Wilian Patrick Pinto Nascimento e Leonardo Delfino Costa.

Os outros oito acusados s�o o tenente �talo da Silva Nunes Romualdo, o sargento Fabio Henrique Souza Braz da Silva, o cabo Leonardo de Oliveira de Souza, e os soldados Gabriel Christian Honorato, Gabriel da Silva de Barros Lins, Jo�o Lucas da Costa Gon�alo, Marlon Concei��o da Silva e Matheus Santanna Claudino.

Durante a sua fala, a promotora tamb�m criticou os argumentos da defesa. "� como mat�-los (o m�sico e o catador) moralmente uma segunda vez", afirmou Najla. Ela ainda pediu que o tenente �talo receba pena maior.

No in�cio da sess�o, no momento em que os doze r�us chegaram para o julgamento, a vi�va de Evaldo Rosa, Luciana Nogueira, passou mal e precisou ser socorrida. Ela foi atendida por cerca de dez minutos e depois voltou a acompanhar a sess�o.