MP-RJ faz primeira den�ncia da chacina do Jacarezinho contra policiais civis

O Minist�rio P�blico do Rio de Janeiro ofereceu � Justi�a nesta quinta-feira, 14, a primeira den�ncia no caso da chacina do Jacarezinho - opera��o policial que deixou 28 mortos na comunidade da zona norte da capital fluminense em maio. Dois policiais civis s�o acusados por envolvimento no homic�dio de Omar Pereira da Silva. De acordo com a promotoria, um dos agentes vai responder por homic�dio doloso e fraude processual, enquanto o outro � acusado apenas pelo segundo crime.

Segundo a den�ncia, Omar foi executado por um dos agentes no interior de uma casa na Travessa S�o Manuel, no Jacarezinho. Os promotores apontam que, quando foi morta, a v�tima estava encurralada em um dormit�rio infantil, desarmada e j� baleada no p�.

Ainda de acordo com a pe�a de acusa��o, o policial que executou o disparo e o outro agente denunciado retiraram o cad�ver do local antes da per�cia.

Os promotores apontam ainda que os policiais plantaram uma granada no local do crime e, no momento de registro da ocorr�ncia, apresentaram uma pistola e um carregador, 'alegando falsamente' que os objetos teriam sido recolhidos junto � v�tima.

"Com tais condutas, os denunciados (�), no exerc�cio de suas fun��es p�blicas e abusando do poder que lhes foi conferido, alteraram o estado de lugar no curso de dilig�ncia policial e produziram prova por meio manifestamente il�cito, com o fim de eximir (�) de responsabilidade pelo homic�dio ora imputado ao forjar cen�rio de exclus�o de ilicitude", registra trecho da den�ncia.

Al�m da acusa��o oferecida junto ao 2� Tribunal do J�ri da Capital, a promotoria pede o afastamento dos agentes de suas fun��es p�blicas, com rela��o � participa��o em opera��es policiais.

A den�ncia � decorrente de investiga��o instaurada pela 1� Promotoria de Justi�a de Investiga��o Penal Especializada da Capital, que contou com aux�lio da for�a-tarefa montada pelo MP fluminense para apurar as mortes e demais crimes ocorridos durante a opera��o no Jacarezinho.

De acordo com os promotores, os crimes cometidos durante a opera��o est�o sendo analisados caso a caso, 'a partir dos respectivos locais onde ocorreram, suas circunst�ncias, com os respectivos laudos e as respectivas testemunhas'.