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Estado de Minas EDUCA��O

Remunera��o do professor no Brasil pode variar em at� R$3,3 mil, diz estudo

Em Minas Gerais, a m�dia de remunera��o � de R$ 3.631,20. O do DF � o mais bem remunerado, enquanto o potiguar � o que tem o menor rendimento


16/10/2021 09:05 - atualizado 16/10/2021 09:45

Sala de aula com mesas e cadeiras vazias
Segundo o estudo, as unidades da Federa��o que oferecem a maior m�dia de remunera��o, atualmente, s�o Distrito Federal (R$ 5.167,64), Par� (R$ 4.341,34) e Maranh�o (R$ 4.223,44) (foto: Viola J�nior/Esp. CB/D.A Press)

Um levantamento realizado pela plataforma Catho sobre os profissionais de ensino, e divulgado ontem (15/10), no Dia do Professor , mostra a dura realidade da vida daquele profissional que � respons�vel pela forma��o e pelo futuro de gera��es de cidad�os. Isso porque as m�dias salariais daqueles que atuam na rede de ensino privado variam de modestos R$ 1,7 mil a at� R$ 5 mil. Um deputado federal, por exemplo, recebe, mensalmente, R$ 33.763 pelo exerc�cio do mandato, sem incluir cotas como a de exerc�cio para atividade parlamentar ou de contrata��o de pessoal - que podem levar os vencimentos para mais de R$ 100 mil.

Segundo o estudo, as unidades da Federa��o que oferecem a maior m�dia de remunera��o, atualmente, s�o Distrito Federal (R$ 5.167,64), Par� (R$ 4.341,34) e Maranh�o (R$ 4.223,44). O Rio Grande do Norte � o estado que oferece a menor m�dia de remunera��o (R$ 1.798,51) aos educadores. Em Minas Gerais, a m�dia � de 3.631,20.

Quando a pesquisa divide por grau de ensino, os professores universit�rios s�o os que t�m o sal�rio mais elevado: de R$ 8.761,33. Os profissionais do ensino m�dio v�m bem abaixo, com remunera��es de R$ 3.861,64 - para pr�ticas pedag�gicas - e de R$ 3.749,40 - para o ensino de l�nguas estrangeiras. Os que atuam no ensino fundamental recebem entre R$ 2.941,30 e R$ 3.035,21 para lecionar, respectivamente, educa��o f�sica e mat�rias regulares.

Tabela com dados sobre a carreira de professor
Dados sobre a carreira de professor (foto: Editoria de ilustra��o)

A discrep�ncia se acentua quando se coloca, lado a lado, a m�dia remunerat�ria do professor brasileiro e a da Organiza��o para Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE). Nos anos finais do ensino fundamental, apresentam os piores sal�rios entre 40 pa�ses avaliados em um estudo divulgado em setembro.Um brasileiro recebe R$ 131.407 (US$ 25.030) por ano no n�vel pr�-prim�rio; R$ 133.171 (US$ 25.366), no prim�rio; R$ 135.135 (US$ 25.740), no secund�rio inferior geral; e R$ 140.301 (US$ 26.724), no secund�rio superior geral. As mesmas faixas nas na��es da OCDE s�o R$ 213.711 (US$ 40.707), R$ 239.856 (US$ 45.687), R$ 251.937 (US$ 47.988) e R$ 271.682 (US$ 51.749) - respectivamente, no pr�-prim�rio, no prim�rio, nos secund�rios inferior e superior. Mesmo os professores universit�rios, que no Brasil recebem sal�rios maiores, t�m vencimentos 48,4% inferiores em rela��o � m�dia da organiza��o econ�mica.

Segundo o professor Thiago Aquino, autor de livros sobre Educa��o, Educa��o F�sica e Gest�o, os fatores pol�ticos e sociais de cada estado interferem na m�dia salarial da profiss�o. "´ï¿½ um processo hist�rico, mas que os governos precisam olhar com um pouco mais de intensidade, frente �s condi��es de valoriza��o deste profissional extremamente importante. As condi��es de sal�rio est�o tamb�m intimamente ligadas com o PIB e per capta e o desenvolvimento humano do estado. Cada vez mais devemos olhar para as condi��es de trabalho, a remunera��o salarial e a forma��o continuada", explicou.

Para o deputado federal Professor Israel Batista (PV-DF), um dos membros da Frente Parlamentar de Educa��o, mesmo nos estados onde os sal�rios dos profissionais s�o considerados mais altos, o valor ainda assim n�o � suficiente. "O Distrito Federal tem um custo de vida muito alto e tem uma renda per capita muito maior do que S�o Paulo, que est� em segundo lugar. Por isso, o sal�rio dos professores do DF tem a apar�ncia de ser muito mais alto do que a m�dia nacional. Mas, em poder de compra, isso n�o � verdade", alerta.

Sa�de mental

Al�m da desvaloriza��o detectada pela pesquisa, o pedagogo e psicanalista pela Sociedade Internacional de Psican�lise de S�o Paulo, Geraldo Pe�anha de Almeida, avalia que os desafios da proifiss�o impactam a sa�de mental dos professores. "H�, sim, uma desvaloriza��o social, pol�tica, laboral, profissional e salarial em rela��o ao professor. Na Universidade Bras�lia, o professor Vanderlei Kodo, que � um dos maiores pesquisadores da sa�de mental da profiss�o no Brasil, colheu n�meros assustadores: dos dois milh�es e meio de professores, metade, pelo menos, tem S�ndrome de Burnout ou S�ndrome de Desist�ncia da Profiss�o", explicou.

Segundo Pe�anha, grande parte dos profissionais da �rea acaba desistindo da fun��o quando se depara com a realidade do of�cio. "Nessa hora � que a gente v� um n�mero t�o grande, ou seja, 50%, pelo menos, dos professores, est�o desistindo da profiss�o. Isso n�o � s� porque o ambiente � desgastante. A gente se pergunta: por que o professor est� t�o cansado, estressado, desistindo da profiss�o e adoecendo? A maioria dos professores entra na profiss�o iludida", explica.

*Estagi�ria sob supervis�o de Fabio Grecchi


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