OMS pede sistemas de sa�de fortalecidos e alerta sobre desigualdade vacinal

A Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) destacou, em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 21, a import�ncia de se fortalecer os sistemas de sa�de. O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ressaltou o papel vital dos sistemas como "primeira linha de defesa" contra surtos com potencial de epidemia ou pandemia, promovendo a sa�de e reduzindo desigualdades.

A OMS publicou novo estudo, no qual estima que 115 mil trabalhadores do setor de sa�de podem ter morrido de covid-19 entre janeiro de 2020 e maio deste ano. "� por isso que � crucial priorizar os trabalhadores de sa�de na vacina��o", argumentou Adhanom. Dados de 119 pa�ses mostram que, no momento, 40% dos profissionais de sa�de e cuidadores est�o vacinados, mas h� muitas diferen�as nesses n�meros a depender da regi�o. Na �frica, por exemplo, menos de 10% dos trabalhadores de sa�de foram totalmente vacinados, enquanto em pa�ses ricos esse grupo representa quase 80% dos profissionais do setor.

Tamb�m presente na coletiva virtual, o embaixador da OMS para Financiamento � Sa�de Global, Gordon Brown, destacou a import�ncia de combater a desigualdade na distribui��o de vacinas. Segundo ele, o G-20 pode ser um f�rum para trabalhar nessa frente. A OMS tem insistido que a demora em distribuir vacinas contra a covid-19 a pa�ses mais pobres retarda a resolu��o da pandemia como um todo, tamb�m com impactos para a economia global.

Durante a coletiva, a OMS foi questionada sobre declara��es recentes do presidente do M�xico, Andr�s Manuel L�pez Obrador, que reclamou de uma suposta demora por raz�es pol�ticas na aprova��o de algumas vacinas, como a russa Sputnik, usada no pa�s latino-americano. Diretora-assistente da OMS, Mariangela Sim�o ressaltou que as diretrizes para esse processo est�o publicadas no site da OMS e s�o seguidas por todos os fabricantes, sem distin��o de origem. Ela comentou que o processo para a aprova��o da Sputnik est� em andamento, mas que os fabricantes ainda precisavam enviar alguns dados - e tamb�m deve haver algumas inspe��es para que a OMS d� seu aval ao imunizante, disse.