“Se n�o quiser morrer, n�o pisa na frente n�o. Ele arrisca com um bicho desse aqui, imagine um guardi�o”, diz enquanto se identifica como ‘Boi da Aldeia’.
As imagens geraram revolta na comunidade local e foram compartilhadas por associa��es de prote��o ao meio ambiente, associa��es indigenistas e ambientalistas.
O acusado n�o teve a identidade revelada pela pol�cia, mas uma nota publicada pela corpora��o, nesta quinta-feira (21/10), informa que ele estava portando o couro da on�a morta e armas usadas para ca�a ilegal. Duas espingardas, oito muni��es calibre 20mm intactas e quatro deflagradas, al�m p�lvora e materiais usados para ca�a de animais silvestres foram apreendidas.
No texto, o delegado Jess� Soares, que cuidou do caso, disse que foi poss�vel rastrear o crime depois que “o v�deo repercutiu em virtude da como��o causada pela morte do animal que � amea�ado de extin��o”.
O homem est� detido na delegacia civil de Arame, a cerca de 476 km da capital, S�o Lu�z. Os demais envolvidos ainda est�o sendo procurados. H� a suspeita de que o crime tenha ocorrido para a venda ilegal da pele da on�a pintada.
Ca�a proibida
A on�a-preta � um subtipo de on�a-pintada, maior felino das Am�ricas e terceiro maior do mundo. O pelo aparentemente todo preto � resultado de uma maior produ��o de melanina, mas, visto sob a luz do sol, observa-se o mesmo padr�o de manchas das demais. O habitat natural desses animais � M�xico, Am�rica Central e na maior parte da Am�rica do Sul.
No Brasil, o �nico bioma em que n�o s�o encontradas essas on�as � os Pampas, onde j� foram extintas. Segundo o Ibama, a esp�cie est� classificada como vulner�vel � extin��o. Sendo que os maiores fatores de risco para esses animais decorrem de a��es humanas: a destrui��o do ambiente nativo e a ca�a para venda irregular de partes do corpo, em especial pele, dentes e garras.
A pena para quem comete esse tipo de crime varia de seis meses a um ano de pris�o, al�m de multa. Ela pode ainda ser dobrada, caso a v�tima seja um animal amea�ado de extin��o; e triplicada, se ficar comprovado que a ca�a era feita de forma profissional.