"N�s sabemos que est� avan�ando muito, os �ndices de transmiss�o est�o caindo bastante. Isso j� nos d� um horizonte no sentido de liberar o uso de m�scara pelo menos em ambientes abertos", afirmou o governador. "Mais adiante, quando a gente atingir em torno de 70%, 80% de pessoas vacinadas, a gente pensa -- tudo isso com base t�cnica -- na retirada de m�scaras em ambientes fechados."
O n�mero de vacinados com a 2ª dose ou dose �nica havia alcan�ado a taxa de 59,96% da popula��o acima de 12 anos at� hoje. Um total de 86,84% tomou a 1ª dose da imuniza��o contra a COVID.
A taxa de transmiss�o da doen�a no DF est� em queda h� cerca de duas semanas. Neste domingo, 24, o boletim epidemiol�gico apontou que o �ndice marcou 0,80. Isso significa que 100 pessoas podem transmitir a COVID para 80. Uma taxa acima de 1 aponta que a pandemia est� avan�ando.
A flexibiliza��o do uso de m�scaras tem sido discutida por Estados e Prefeituras. No Rio, o prefeito Eduardo Paes (PSD), afirmou que a cidade pode desobrigar totalmente o uso de m�scara no meio de novembro, 75% da popula��o total estiver com a vacina��o completa. A tend�ncia � que seja permitido n�o us�-la ao ar livre a partir desta semana.
Em S�o Paulo, o governo descartou, por ora, que a obrigatoriedade do uso de m�scaras seja suspensa no Estado, "apesar de os n�meros estarem muito positivos". O governo do Estado estuda manter o uso obrigat�rio de m�scara facial para situa��es espec�ficas mesmo ap�s o fim da pandemia.
Na avalia��o do infectologista Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, ainda n�o � o momento de desobrigar o uso de m�scaras, principalmente porque o Pa�s est� passando por um per�odo de flexibiliza��o em outras frentes, como teatros, cinemas e est�dios de futebol.
"Ainda � muito cedo, muito precoce para se pensar em excluir o uso de m�scaras", disse ele ao Estad�o. "Embora a gente esteja observando uma tend�ncia de queda no n�mero de casos e de �bitos, n�o podemos afirmar que a pandemia est� controlada. Temos o v�rus circulando, as variantes circulando."
De acordo com Weissmann, � importante que flexibiliza��es aconte�am, mas n�o o uso de m�scaras. "N�s j� tivemos o cen�rio de pa�ses com tend�ncia de queda. Ficou nessa tend�ncia por bastante tempo e depois tiveram uma subida. No Brasil pode acontecer isso tamb�m."
O m�dico-infectologista Jamal Suleiman, do hospital Em�lio Ribas em S�o Paulo, afirmou que a retirada das m�scaras precisa obedecer a diferentes fatores, entre eles a taxa de transmiss�o, que deve ficar abaixo de 0,50. Suleiman lembrou que n�o basta haver, em metr�poles como Bras�lia, S�o Paulo e Rio, �ndices de vacina��o, casos, �bitos e transmiss�o em baixa.
"O entorno tamb�m precisa ser semelhante. S�o Paulo recebe mineiros, goianos, tocantinenses. Se essas pessoas n�o estiverem vacinadas, voc� vai continuar circulando o v�rus nesse lugar", observou. "A marcha da vacina��o precisa ser r�pida em todos os lugares, assim voc� consegue desmascarar todo mundo numa velocidade maior."