
A ex-funcion�ria utilizou o celular funcional da empresa para enviar a mensagem aos gerentes das farm�cias. O aparelho foi entregue � pol�cia e passar� por per�cia. No �udio, a mulher descreve quatro grupos que devem ser evitados na hora da contrata��o. "Voc�s sabem, feio e bonito � o mesmo pre�o, n�, gente. Ent�o, vamos cuidar muito nas nossas contrata��es", diz ao introduzir o assunto.
Os candidatos que t�m tatuagens e os que t�m piercings s�o os primeiros citados pela coordenadora como indesej�veis. "Pessoas muito tatuadas, voc�s sabem que a empresa n�o gosta. A quest�o piercing na l�ngua, no nariz, n�o pode, a gente lida com sa�de, n�", diz a mulher no �udio.
Ela tamb�m ressalta aos destinat�rios que o peso tamb�m deve ser avaliado na hora da contrata��o. "Pessoas muito gordas, voc�s sabem... Ent�o, assim, cuidem das apar�ncias, cuidem as apar�ncias", frisou.
O terceiro grupo considerado indigno do trabalho na rede pela coordenadora s�o os pertencentes � comunidade LGBTQIA+. No entanto, apenas aquelas que "desmunhequem", quem for "uma pessoa alinhada" pode concorrer a um emprego. "Se pegar algu�m, com todo respeito, viado e tudo mais, tem que ser uma pessoa alinhada, que n�o vire a m�o e desmunheque e fale, n�...", diz.
No fim da mensagem, ela pede a colabora��o de todos e refor�a que espera o empenho da equipe para cumprir os requisitos. "Ent�o, n�o esque�am: feio e bonito a gente vai pagar o mesmo pre�o, ent�o vamos pegar os bonitos, n�? Porque n�o somos bobos nem nada. Ent�o, por favor, conto com voc�s", solicita.
Ap�s o �udio viralizar, a empresa emitiu, em 18 de outubro, uma nota em que afirmava que a mensagem n�o era de uma funcion�ria da rede e classificou o caso como fake news. No entanto, na sexta-feira (22/9), a S�o jo�o admitiu que a autoria era de um funcion�ria, mas que ela n�o fazia mais parte do quadro.
Em nota, eles afirmam que a rede "repudia toda e qualquer manifesta��o que possa contrariar o ideal e valores de respeito aos direitos humanos". "Nossa pol�tica interna repudia veementemente toda e qualquer forma de preconceito", escreveram. A nota diz que a situa��o foi um "ato totalmente isolado de uma colaboradora".
O delegado respons�vel pelo caso, Ant�nio Carlos Ractz Jr, conta que a S�o Jo�o informou � pol�cia sobre a autoria na quinta-feira (22/10), no entanto, a corpora��o j� havia identificado a coordenadora. O delegado afirmou que a mulher � investigada sob acusa��o de crime de homofobia, que � equiparado a racismo com pena de dois a cinco anos de reclus�o.
