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Estado de Minas GERAL

Adiamento de cirurgias foi uma das perdas no sistema de sa�de


30/10/2021 14:30

Qual o tamanho e a gravidade das sequelas que a covid-19 deixou no sistema de sa�de? Quase dois anos ap�s o in�cio da pandemia, alguns levantamentos ajudam a entender a "pandemia dentro da pandemia", como falam alguns especialistas.

Somente no SUS, um milh�o de cirurgias foram adiadas, de acordo com levantamento feito pelo Hospital de Reabilita��o de Anomalias Craniofaciais da USP, em Bauru, e da Faculdade de Medicina da USP.

Outro levantamento, do Instituto do Cora��o, d� uma ideia do que significa a n�o realiza��o de uma cirurgia. De mil pacientes que tiveram a troca de v�lvula card�aca adiada por conta da pandemia, 43% morreram na fila. "Dos que sobreviveram, a doen�a progrediu e estamos fazendo uma triagem para recategorizar os pacientes por gravidade, para acelerar as cirurgias", diz Carlos Carvalho, do Incor.

Num recorte restrito � oncologia, dados do Datasus organizados pelo Instituto Oncoguia e pela farmac�utica Roche mostram que a bi�psia, principal procedimento para identificar tumores, sofreu redu��o de 39,1% em 2020, em rela��o ao ano anterior. As mamografias de rastreamento, fundamentais para preven��o e diagn�stico do c�ncer de mama, ca�ram 49,8%.

"Se a gente for enfrentar esses desafios cl�nicos da mesma forma que atuamos hoje, corremos o risco de perpetuar as defici�ncias e os gargalos", afirma Edson Ara�jo, do Banco Mundial. O economista sugere caminhos como a amplia��o da aten��o prim�ria e formas de financiamento mais flex�veis. "Em algumas �reas e servi�os, a provis�o tem de ser estatal, mas, em outras, � poss�vel ter flexibilidade. H� inova��es acontecendo fora do setor p�blico, e n�o s�o incorporadas ao sistema de sa�de por termos alguns paradigmas, como o do SUS estatal. E isso talvez deva mudar para enfrentar esses desafios do p�s-pandemia."

O investimento em tecnologia tamb�m � urgente. O prontu�rio digital, por exemplo, � requisito b�sico. "Quando atendo o paciente sem saber o que houve antes, tenho de pedir exames que talvez ele j� tenha feito. Isso custa muito para o sistema", diz Linamara Rizzo Battistella, presidente do Conselho Diretor do Instituto de Medicina F�sica e Reabilita��o do Hospital das Cl�nicas da Faculdade de Medicina da USP. "Quando o SUS implementar isso (prontu�rio unificado), seremos o sistema mais robusto do planeta."


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