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Estado de Minas GERAL

'Receio' marca volta aos cemit�rios no 1� Dia de Finados sem restri��es


02/11/2021 16:12

Neste Dia de Finados, a dona de casa Esmeralda Maria Ribeiro, 59 anos, foi ao cemit�rio da Vila Alpina, na zona leste de S�o Paulo, para prestar suas homenagens ao irm�o - que morreu de covid-19 no ano passado. "N�o deu tempo da vacina chegar no bra�o dele", disse ela nesta ter�a-feira, 2. "Ao menos � reconfortante estar aqui � rezar por ele", completou. Os 22 cemit�rios municipais funcionaram sem restri��es pela primeira vez desde o in�cio da pandemia, em mar�o de 2020.

Conforto foi uma das palavras mais repetidas pelas amigas Josef� Benedita, 70 anos, e Maria do � Ferreira, 66 anos, que tamb�m estavam na Vila Alpina. "Ano passado a gente n�o saiu de casa. Foi muito triste. Triste porque n�o conseguimos homenagear os mortos e nos confortar. Triste porque est�vamos com medo de sair de casa. Triste porque muita gente perdeu a vida no meio desta pandemia", falou Josefa.

Ali�s, Josef� diz frequentar o cemit�rio da Vila Alpina h� 26 anos (o marido est� enterrado l�). Ela imaginou que, desta vez, iria encontrar um cemit�rio lotado. "Em outros anos, antes da pandemia, o cemit�rio estaria cheio. Hoje, a situa��o est� diferente. N�o diria vazio, mas tem menos gente do que pensei. Acho que, mesmo sem as restri��es para sair de casa, muitos ainda est�o com medo", disse.

De fato, por volta das 13h, o movimento no cemit�rio da Vila Alpina era tranquilo. A expectativa da Prefeitura era que os 22 cemit�rios municipais recebessem cerca de 100 mil visitantes.

Na regi�o central, nos cemit�rios da Consola��o e do Ara�� (na Avenida Dr. Arnaldo) a situa��o era parecida. No Ara��, por exemplo, a fila de carros para as tradicionais barracas de flores n�o era t�o grande como aquelas vistas em anos pr�-pand�micos.

No cemit�rio da Consola��o, dois funcion�rios mediam a temperatura de quem chegava. Por volta das 11h30, o movimento parecia aqu�m da expectativa de um primeiro dia de finados com a o avan�o da vacina��o e, consequentemente, uma pandemia de covid-19, mais controlada.

"Ainda existe o receio. Todo mundo conhece algu�m que ainda est� sofrendo por covid", disse o banc�rio R�gis Tonon, 57 anos. Em alguns casos, como a da auxiliar de limpeza, Neide Maria da Silva, 62 anos, as homenagens aos entes queridos foram mais concentradas e solit�rias. "Tenho receio ainda. Fiz uma ora��o r�pida, rezei um ter�o e estou indo embora. Sozinha mesmo, sem mais ningu�m ", falou.


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