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Estado de Minas MORTE NO AUGE

Avi�o caiu a 4 km da pista

Depois de duas horas e meia de voo, o piloto j� fazia os procedimentos finais de pouso quando ocorreu o acidente. Aeronave bateu em fios de alta tens�o


06/11/2021 04:00 - atualizado 06/11/2021 01:31

O avião com a cantora Marília Mendonça caiu em uma cachoeira
O avi�o com a cantora Mar�lia Mendon�a caiu em uma cachoeira que fica dentro de um condom�nio, em Piedade de Caratinga (foto: Corpo de bombeiros de Minas gerais/divulga��o)

�s 13h02 dessa sexta-feira, o avi�o que transportava Mar�lia Mendon�a e sua equipe deixava o Aeroporto Santa Genoveva, em Goi�nia. Foram aproximadamente duas horas e meia de voo, at� que por volta das 15h30 a aeronave caiu, faltando apenas quatro quil�metros para chegar at� a cabeceira do Aeroporto de Ubaporanga, que atende aos moradores de Caratinga. O piloto, inclusive, fazia os procedimentos finais de pouso.

O avi�o, de prefixo PT-ONJ, pertence � PEC T�xi A�reo, sediada em Goi�nia. Trata-se de um King Air C90A, com capacidade para seis passageiros. A aeronave, que � turbo�lice e bimotor, foi fabricada em 1984 e tinha autoriza��o para operar em regime de fretamento, segundo a Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac). O Certificado de Verifica��o de Aeronavegabilidade (CVA) tamb�m era v�lido, segundo o �rg�o.

Antes de cair, o avi�o atingiu fios de alta tens�o da Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig). Alguns cabos passam na reta da pista do Aeroporto de Ubaporanga. Notifica��es feitas por pilotos aos �rg�os respons�veis pela avia��o no Brasil falavam de um "obst�culo que violava o plano b�sico de zona de prote��o" do aeroporto. Uma antena e uma torre, por exemplo, foram citadas pelos profissionais.

Com alguns cabos de alta tens�o rompidos, a Cemig informou que cerca de 33 mil clientes de munic�pios como Mutum, Pocrane e Ipanema ficaram sem energia el�trica nessa sexta. A linha atingida foi a Caratinga 1 - Ipanema 69KV.

Hoje,  uma equipe do 3º Servi�o Regional de Investiga��o e Preven��o de Acidentes Aeron�uticos (Seripa - 3), ligado ao Centro de Investiga��o e Preven��o de Acidentes Aeron�uticos (Cenipa), deve chegar ao local do acidente. Os investigadores, que s�o do Rio de Janeiro, devem fotografar cenas, recolher partes do avi�o e ouvir testemunhas, al�m de reunir documentos da aeronave. Tudo isso faz parte dos trabalhos iniciais.

Arte

De acordo com a For�a A�rea Brasileira (FAB), n�o h� um tempo determinado para essa atividade ser conclu�da, uma vez que depende da complexidade da ocorr�ncia. Al�m disso, as investiga��es n�o t�m car�ter criminal, uma vez que o objetivo dos trabalhos � para que haja a preven��o de novos acidentes com caracter�sticas semelhantes. Ap�s o final das investiga��es, como de praxe, um relat�rio ser� divulgado com todos os fatores que influenciaram no acidente e o que pode ser feito para evitar novas trag�dias, de acordo com o que for listado.

EMPRESA A�REA 


Horas depois do acidente, a PEC T�xi A�reo se manifestou por meio de uma rede social e lamentou o acidente, bem como as cinco mortes causadas pela queda do avi�o. Na nota, a empresa disse que a aeronave envolvida na trag�dia estava “plenamente aeronaveg�vel”, com homologa��o na Anac, e que o piloto e o copiloto tinham todos os treinamentos atualizados, com experi�ncia em voos.

A empresa disse que acionou as autoridades competentes para o resgate assim que soube da queda do voo. Em rela��o �s causas do acidente, a PEC evitou entrar em detalhes, dizendo que os motivos s�o "incertos" e que ser�o devidamente apurados pelas autoridades aeron�uticas. "A PEC se coloca � disposi��o das autoridades e prestar� os devidos aux�lios aos familiares das v�timas", afirmou, em nota, se solidarizando com os amigos e entes dos mortos no acidente.

POSS�VEIS IRREGULARIDADES

Segundo den�ncia do Minist�rio P�blico Federal (MPF) em Goi�s para a Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac), a aeronave que transportava a cantora Mar�lia Mendon�a e quatro outros passageiros teria “irregularidades que colocam em risco tripulantes e passageiros”, conforme o texto.

O processo descreve ainda que a empresa nunca passou por auditoria, a fim de serem averiguadas as irregularidades. “� recorrente que a empresa coloque pilotos com jornada de voo estourada para voar, lan�ando m�o do c�digo da Anac de outro piloto com hora voo liberada, fato presenciado em diversos voos, tanto executivos quanto aerom�dicos, na empresa".

Outras irregularidades listadas no documento incluem o descumprimento da regulamenta��o de pernoite dos tripulantes, instala��o da maca, fia��o el�trica e cabeamento de oxig�nio destinados ao aerom�dico prec�rias e fora das normas ideais de seguran�a, al�m da folga social dos pilotos.
(Com Camilla Germano)



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