Policiais da Divis�o Especializada de Investiga��es Criminais (Deic) encontraram nesta ter�a-feira, 9, um cemit�rio clandestino usado para enterrar v�timas do "tribunal do crime", em Sorocaba, interior de S�o Paulo. At� o fim da tarde, 12 corpos tinham sido desenterrados do local, um terreno baldio na borda de uma mata, no bairro Altos do Ipanema, zona norte da cidade. Oito suspeitos de envolvimento nas execu��es, ligados � fac��o criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foram presos.
Depois de localizar os primeiros corpos, a Pol�cia Civil pediu ajuda ao Corpo de Bombeiros para auxiliar nas buscas. A �rea foi isolada. No fim da tarde, at� uma retroescavadeira foi enviada ao local pela prefeitura. Os corpos, em estado de decomposi��o, foram enviados para o Instituto M�dico Legal (IML) de Sorocaba. A identifica��o ser� feita com an�lise do DNA das v�timas.
Conforme a delegada do Deic, Luciane Bachir, a opera��o foi desencadeada ap�s seis meses de investiga��o sobre as a��es do "tribunal do crime" na cidade. A justi�a expediu 11 mandados de pris�o e 18 mandados de busca e apreens�o. Ao menos oito pessoas foram presas. Os policiais chegaram ao cemit�rio clandestino depois que um preso na opera��o contou onde as v�timas do tribunal foram enterradas. Conforme a investiga��o, o "cemit�rio" de Sorocaba seria usado tamb�m para receber sentenciados de morte de outras cidades paulistas.
Os oito presos v�o responder por crimes de tortura, homic�dio e associa��o para o crime. Os materiais apreendidos durante as buscas ser�o analisados pelo setor de intelig�ncia do Deic. Conforme a delegada, as investiga��es v�o continuar com o objetivo de identificar outros envolvidos e se mais crimes foram cometidos pelos suspeitos.
Os "tribunais do crime" foram criados pelo PCC para estabelecer um sistema paralelo de julgamento e puni��o aplicados a todos aqueles que prejudiquem os neg�cios da fac��o ou, ainda, descumpram suas regras disciplinares. Os tribunais desenvolveram um modo de opera��o pr�prio, pautado por tortura, extrema viol�ncia e execu��o sum�ria das v�timas.
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