MP-BA investiga den�ncia de racismo entre alunos de escola particular de Salvador

O Minist�rio P�blico da Bahia (MP-BA) abriu um inqu�rito para investigar conte�dos de cunho racista supostamente compartilhados em um aplicativo de mensagens por estudantes de um col�gio particular de Salvador. O procedimento foi instaurado nesta quarta-feira, 10, ap�s trechos das conversas virem a p�blico. Os registros com ofensas raciais teriam sido trocados em um grupo formado por alunos do ensino m�dio do Col�gio Sartre, no bairro do Itaigara, e de outras institui��es particulares.

Nas conversas, alguns trechos se destacam pelas manifesta��es ofensivas, como "n�o fale assim dos pretos que tenho um escravo dessa cor!" e "cala a boca macaco". Em uma imagem na qual aparece o desenho de um homem armado com faca, aparece a frase "se h� pretos por perto� fique esperto".

Em nota divulgada em seu perfil no Instagram, o Col�gio Sartre afirmou repudiar veementemente qualquer a��o ou comportamento que desrespeite a dignidade das pessoas, "incluindo atitudes discriminat�rias e preconceituosas". A institui��o de ensino instaurou uma comiss�o para apura��o do caso e afastou os alunos envolvidos, enquanto ocorrem os trabalhos de apura��o. O Comit� de �tica da escola tamb�m est� avaliando o epis�dio.

"Embora tudo tenha ocorrido fora do ambiente escolar, sem qualquer v�nculo pedag�gico, a escola n�o poderia se furtar de cumprir sua fun��o educativa, verificando a participa��o de seus alunos no fato", ressalta a escola.

O Minist�rio P�blico informou, em nota, que, caso a indica��o da autoria seja atribu�da aos adolescentes investigados, os fatos devem ser registrados na Delegacia do Adolescente Infrator (DAI), na capital baiana, conforme prev� o Estatuto da Crian�a e do Adolescente (ECA). O procedimento � necess�rio para que seja iniciada a apura��o da responsabilidade de ato infracional.

COM A PALAVRA, O COL�GIO SARTE

"O Sartre - Escola SEB repudia veementemente qualquer a��o ou comportamento que desrespeite a dignidade das pessoas, incluindo atitudes discriminat�rias e preconceituosas.

A institui��o tomou conhecimento de que circularam nas redes sociais registros de uma conversa reprov�vel, de cunho racista, entre jovens de diversas escolas, envolvidos na organiza��o de uma festa particular e independente. Embora tudo tenha ocorrido fora do ambiente escolar, sem qualquer v�nculo pedag�gico, a escola n�o poderia se furtar de cumprir sua fun��o educativa, verificando a participa��o de seus alunos no fato. Uma comiss�o para apura��o foi instaurada e os alunos envolvidos foram afastados enquanto ocorrem as apura��es. O Comit� de �tica est� avaliando a situa��o a fim de encaminhar as devidas provid�ncias.

Refor�amos nosso compromisso com uma educa��o human�stica, inclusiva, pautada na diversidade e reconhecida h� mais de 50 anos como refer�ncia em nossa cidade."