Um novo rascunho do acordo final da C�pula do Clima (COP-26), em Glasgow, mant�m o apelo para que os pa�ses estabele�am promessas clim�ticas mais ambiciosas no pr�ximo ano, mas usa linguagem mais branda do que o anterior. O documento, divulgado na sexta-feira, 12, tenta equilibrar demandas dos diferentes pa�ses - a men��o � elimina��o do uso de combust�veis f�sseis foi suavizada. Outra mudan�a em rela��o � primeira vers�o � um apelo para que pa�ses ricos dobrem o financiamento para adapta��o clim�tica at� 2025.
A confer�ncia ambiental acabou oficialmente ontem, mas a expectativa � de que as negocia��es se estendam por hoje. O rascunho ainda pode passar por revis�es. Dois dos maiores objetivos desta COP s�o resolver a regulamenta��o do mercado de carbono e definir o fundo de financiamento dos pa�ses ricos contra o aquecimento global - pontos n�o resolvidos desde o Acordo de Paris, assinado em 2015.
O documento diz que a atualiza��o das promessas clim�ticas deve considerar "diferentes circunst�ncias nacionais". Isso pode apaziguar parte dos pa�ses em desenvolvimento, que dizem ser injusto esperar que o abandono dos combust�veis f�sseis e o corte nas emiss�es se dar� ao mesmo tempo que os ricos.
Sobre os combust�veis f�sseis, a nova reda��o suaviza a anterior, divulgada dois dias antes, que afirmava que o mundo deveria se comprometer a eliminar gradualmente os subs�dios a essas fontes de energia. Agora, o texto fala em atacar subs�dios "ineficientes" para combust�veis f�sseis.
Apesar da mudan�a, o texto � visto como avan�o em rela��o �s c�pulas anteriores: � a primeira vez que um documento da COP cita explicitamente os combust�veis f�sseis em um acordo final.
FINANCIAMENTO
O rascunho recomenda que pa�ses ricos dobrem o financiamento para ajudar os pobres a se adaptarem �s mudan�as clim�ticas. Em 2009, os pa�ses desenvolvidos se comprometeram a dar, at� 2020, US$ 100 bilh�es anuais aos governos de �reas mais vulner�veis para a��es contra o aquecimento global, o que n�o foi cumprido. C�lculos mais recentes apontam que o valor pago foi de cerca de US$ 80 bilh�es. O novo rascunho n�o deixa claro se a duplica��o do valor se daria sobre os US$ 100 bilh�es ou os US$ 80 bilh�es.
Ontem, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse que "os US$ 100 bilh�es n�o s�o apenas uma quest�o do dinheiro em si, mas fazer com que ele chegue ao ch�o". Questionado sobre a raz�o de o Pa�s cobrar mais verbas dos pa�ses ricos enquanto o Fundo Amaz�nia - com doa��es de Noruega e Alemanha - permanece congelado, ele afirmou que "as negocia��es ainda n�o est�o em andamento".
As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
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