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Estado de Minas GERAL

COP-26: negocia��o se estende com disputa por verbas contra mudan�as clim�ticas


13/11/2021 14:00

As negocia��es da C�pula do Clima (COP-26), em Glasgow, se estendem neste s�bado, 13, em meio � press�o por ajustes no documento final da confer�ncia e disputa por verbas contra as mudan�as clim�ticas. Pela manh�, a presid�ncia do evento divulgou um novo rascunho do texto, com poucas mudan�as ante a vers�o do dia anterior, e a expectativa � de que a COP se encerre at� o fim do dia.

A plen�ria final foi aberta pelo presidente da c�pula, Alok Sharma, no in�cio da tarde. O brit�nico falou em "hora da verdade para o planeta" e convocou as autoridades de quase 200 pa�ses a refletirem sobre o equil�brio do texto.

Um dos principais impasses desta confer�ncia � o financiamento clim�tico. Em 2009, os pa�ses ricos prometeram um fundo anual de US$ 100 bilh�es, at� o ano passado, para que na��es pobres consigam custear a��es contra o aquecimento global e se adaptem �s mudan�as clim�ticas - a eleva��o da temperatura ser� respons�vel por evento extremos, como inunda��es, inc�ndios e ondas de calor.

Mas a promessa dos US$ 100 bilh�es - montante j� considerado insuficiente pelos especialistas - n�o foi cumprida. Os c�lculos mais recentes apontam que cerca de US$ 80 bilh�es foram colocados � disposi��o dos pa�ses pobres. A vers�o mais recente do rascunho fala em dobrar o financiamento clim�tico, mas n�o deixa claro se essa duplica��o seria em rela��o aos US$ 100 bilh�es ou aos US$ 80 bilh�es.

Em sua fala, o negociador-chefe da delega��o brasileira, embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto, destacou uma postura cooperativa do Brasil e os avan�os nas discuss�es sobre o mercado de carbono - mecanismo que cria um cr�dito pela n�o emiss�o de CO2, previsto no Acordo de Paris, de 2015, mas ainda n�o regulamentado. O diplomata destacou que o Brasil fez concess�es em rela��o a posicionamentos do Pa�s no passado, mas entendeu que era preciso buscar um consenso. Segundo ele, n�o � o texto "perfeito", mas � operacional.

O enviado especial para o clima do governo americano, John Kerry, destacou ser um "passo importante" e estarem perto do "melhor resultado poss�vel". A China - maior emissor de gases de efeito estufa - disse na plen�ria que o texto n�o � perfeito, mas disse que n�o h� inten��o de reabrir o documento. A plen�ria tamb�m exp�e diferen�as de posicionamentos.

J� a �ndia - um dos pa�ses que t�m apresentado as metas clim�ticas menos ambiciosas entre os maiores emissores - fez uma das cr�ticas mais duras ao rascunho ao longo da plen�ria. "Como imaginam que os pa�ses em desenvolvimento podem fazer promessas de eliminar combust�veis f�sseis quando na��es ricas ainda t�m de lider com os problemas de erradica��o da pobreza", criticou o ministro do meio ambiente do pa�s asi�tico, Bhupender Yadav, que chamou o consenso atual de "ilus�rio".

Um dos destaques do rascunho do documento final � a men��o aos "esfor�os em dire��o � elimina��o progressiva da energia a carv�o e dos subs�dios a combust�veis f�sseis ineficientes". A linguagem foi suavizada ao longo da semana, se comparada � primeira vers�o no texto, mas o apelo para abandonar os combust�veis f�sseis � considerado um avan�o. � a primeira vez que uma refer�ncia a esses poluentes aparece no documento final da COP.

O vice-presidente da Comiss�o Europeia, Frans Timmermans, atacou as hesita��es de colegas. "Por Deus, n�o matem esse momento", afirmou ele, destacando a escuta da presid�ncia da COP nos �ltimos meses.

Para M�rcio Astrini, coordenador do Observat�rio do Clima, o que o �ltimo rascunho est� muito longe do que deveria ser o par�metro da confer�ncia. O �ltimo relat�rio do IPCC - painel intergovernamental das Na��es Unidas para as mudan�as clim�ticas - aponta que o planeta caminha para um aquecimento de 1,5 graus j� nesta d�cada, cerca de dez anos antes do previsto.

H� um compromisso moral , diz o especialista, que n�o est� sendo cumprido at� agora. O fato de os pa�ses desenvolvidos n�o chegarem com o dinheiro para o fundo clim�tico atrapalha. "Faz dez anos que se fala nisso. Independentemente se os valores v�o ser usados ou n�o e da quest�o mais t�cnica, tinha um compromisso moral", diz Astrini.


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