Ap�s documento indicar risco, Inep diz que n�o vai atrasar Revalida

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) disse na noite de anteontem que a segunda etapa do Revalida - exame que certifica m�dicos formados fora do Brasil - n�o vai atrasar. A prova est� prevista para os dias 18 e 19 de dezembro. A manifesta��o do �rg�o federal ocorreu ap�s o Estad�o revelar documento interno do Inep que apontava falta de m�dicos capacitados para definir todas as tarefas do teste pr�tico.

O documento obtido pela reportagem tamb�m apontava que os prazos "foram ex�guos" para elaborar as provas, "impactando negativamente na qualidade dos itens e correndo s�rios riscos da n�o aplica��o". Al�m disso, uma comiss�o de m�dicos respons�vel pela concep��o do Revalida "sofreu total reestrutura��o".

Conforme o documento, a maior parte dos m�dicos nomeados pelo presidente do Inep, Danilo Dupas, n�o tinham experi�ncia pr�via com o Revalida e, por causa do cronograma apertado, n�o passaram por capacita��o.

Esse grupo foi formado em 28 de julho, a pouco mais de um m�s da 1� fase do exame. Nas semanas seguintes, a composi��o foi alterada por Dupas. No comunicado de anteontem, o instituto justificou que "compete ao presidente do Inep a indica��o de seus membros". O �rg�o disse ainda ratificar "o alto n�vel t�cnico" dos escolhidos, al�m do "profissionalismo e comprometimento com o Revalida".

Ainda conforme o Inep, as mudan�as no conselho ocorreram ap�s o afastamento de um integrante denunciado por servidores. Sem "tempo h�bil" para um chamamento p�blico, o �rg�o diz ter buscado indica��es de novos conselheiros, com 114 nomes apontados por universidade parceiras.

TENS�O

Ainda segundo o Inep, ap�s a den�ncia, oito membros da conselho optaram por n�o serem reconduzidos, "sendo que quatro pediram sua sa�da imediata". Servidores do Inep ouvidos pelo Estad�o , por�m, afirmam que os m�dicos n�o pediram para serem desligados. Foram cortados, dizem, porque n�o passaram no "filtro" de Dupas.

Neste m�s, 37 servidores do Inep pediram para deixar cargos de coordena��o, sob argumento de fragilidade administrativa do �rg�o e den�ncias de ass�dio contra Dupas. A crise se agrava perto do Exame Nacional do Ensino M�dio (Enem), no pr�ximo domingo, com 3,1 milh�es de inscritos. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.