
Apaixonado por m�sica, tocar com os amigos � um dos prazeres que a m�sica traz, conta Gustavo. “Eu gosto da m�sica porque quando eu toco eu sinto prazer de fazer os solos, cantar e tocar com meus amigos os instrumentos”.
No mesmo ano, ele come�ou a se apresentar ao lado de Marco Mallagoli, presidente do F� Clube Revolution em S�o Paulo e, em pouco tempo, o repert�rio do garoto j� englobava mais de 50 sucessos dos Beatles.
A lista de habilidades da crian�a s� cresceu ao longo dos anos, atualmente ele � capaz de tocar guitarra, baixo, viol�o, ukulele, bateria, teclado e outros instrumentos, al�m de cantar e j� ter quatro m�sicas autorais. Aos 6 anos gravou seu primeiro �lbum, com 14 sucessos da banda, atualmente dispon�vel nos streamings.
Fascinado tamb�m por tecnologia, ele est� sempre curioso por aprender - e ensinar: “A tecnologia me estimula a fazer novas coisas como um sistema operacional fazer parecer com outro sistema operacional, criar sites, dar aula para os meus av�s online”. Al�m da m�sica e da tecnologia, ele curte montar est�dios e editar. Pretende juntar as paix�es na carreira que for seguir.
O estudante do 3º ano do Ensino Fundamental sabe da import�ncia das aulas para sua forma��o. “Na escola eu tento ser um bom aluno, prestar aten��o na instru��o da professora. Eu gosto de aprender muito sobre a m�sica, tecnologia, aprender sobre o corpo humano, mas de algumas coisas nem tanto!”, admite Gustavo.
Como se mede o QI
A neuropsic�loga catarinense Leninha Wagner, especialista em testes de QI, explica como se define a intelig�ncia: “Ela � a ‘qualidade mental’ que consiste nas habilidades de aprender com a experi�ncia, adaptando-se a novas situa��es, compreendendo e gerenciando conceitos abstratos e o uso do conhecimento para manipular o pr�prio ambiente". J� o Quociente de Intelig�ncia, ou simplesmente conhecido por QI, “se refere a uma medida padronizada da capacidade cognitiva de uma pessoa, estipulada cientificamente a partir de testes”.
Leninha conta que a medi��o � realizada atrav�s de testes padronizados, com o objetivo de mensurar a intelig�ncia da pessoa: “Baseia-se em um conjunto de tarefas, verbais ou n�o-verbais, em que s�o exigidos tipos particulares de comportamentos. Esses testes buscam determinadas respostas diante de situa��es problemas, que permitem verificar as habilidades e os tipos de rela��es que o indiv�duo � capaz de estabelecer com o meio”.
Quais os valores de QI
Feito o resultado, � preciso saber interpret�-lo. A neuropsic�loga explica os valores encontrados: “Quando uma pessoa se submete a testagem de QI e alcan�a resultado entre 115 e 129 ele est� acima da m�dia. Superdotado de 130 a 144 pontos e g�nio acima de 144 pontos”.
A neuropsic�loga aponta as caracter�sticas de pessoas com alto QI. “Pessoas com altas habilidades, ou superdotados, ou ainda g�nios, podem ter um comportamento super normal socialmente. Por�m, certamente ir�o apresentar uma maior velocidade no processamento de dados”.
Para os pais e respons�veis que desejam avaliar o QI de seus filhos, n�o h� empecilhos para que passem pelos testes. “As crian�as podem ser testadas e confirmar que s�o portadoras de alto QI e/ou altas habilidades”, acrescenta. “Com o resultado em m�os, os pais podem procurar as melhores escolas que permitir�o o pleno desenvolvimento dos pequenos, o que ir� ajudar e muito na constru��o de um futuro brilhante para eles, pois eles se sentir�o desafiados e poder�o desenvolver ainda mais suas capacidades”, conclui.
Menino prod�gio
Com um QI de 140, o pequeno prod�gio � atualmente o membro brasileiro mais novo da Mensa, a associa��o internacional de pessoas de alto QI. Com o apoio da consultoria do, tamb�m membro da Mensa, neurocientista, doutor e phd em neuroci�ncias Fabiano de Abreu, Gustavo foi aconselhado a fazer o teste da associa��o fora do Brasil.
“A associa��o do Brasil n�o aceita crian�as por enquanto. Ent�o, fizemos na internacional onde ele foi aprovado. Agora seguimos diversas orienta��es que, se Deus quiser, trar�o resultados futuros para a vida do Gustavo ”, detalha Luciane Saldanha, m�e de Gustavo.
Para o neurocientista, o caso de Gustavo comprova a sua tese sobre a import�ncia da plasticidade cerebral. “A intelig�ncia tem precursor gen�tico e o fen�tipo resulta num desenvolvimento que sugere pistas que podem ser passadas para a pr�xima gera��o. Por isso a import�ncia do n�vel educacional, da leitura, da aprendizagem para desenvolver uma popula��o”, detalha Abreu.