
Respons�veis pela defesa do influenciador, os advogados Joel Luiz Costa e Djeff Amadeus, do Instituto Defesa da Popula��o Negra (IDPN), registraram o caso como crime de preconceito. Costa classificou a a��o policial como ‘violenta e arbitr�ria’.
No v�deo, dois policiais militares do Centro Presente, for�a-tarefa de policiamento de proximidade que atua na regi�o central do Rio, abordam o influenciador na sa�da de uma loja de departamentos alegando que ele teria um ‘volume na cintura’. Os agentes tamb�m tentam justificar a abordagem dizendo que J�lio ‘saiu muito r�pido’ do estabelecimento e ‘n�o comprou nada’. A a��o aconteceu na tarde da �ltima quarta-feira (17/11).
"Duas horas da tarde. Eu tenho certeza que se fosse tarde da noite, a situa��o como foi, talvez eu n�o teria nem tempo para abrir uma live para falar o que est� acontecendo", afirma o influenciador na grava��o. Ap�s o epis�dio, ele contou que decidiu fazer a transmiss�o ao vivo para se defender. "A primeira avalia��o feita � a cor da pele", lamenta J�lio.
Depois que o influenciador contestou a justificativa da abordagem e se recusou a informar seus dados aos policiais, eles chamaram refor�o de mais quatro agentes para conduzi-lo contra a vontade at� a 5.ª DP (Centro). Ao ser questionado sobre o motivo da condu��o, um dos policiais militares diz que o influenciar ‘incorreu no crime de desobedi�ncia’.
"O senhor est� desobedecendo uma ordem legal que est� sendo dada do senhor. � s� identifica��o, o senhor n�o quis, ent�o o senhor est� incorrendo no crime de desobedi�ncia. A� l� na delegacia o senhor vai tomar melhor ci�ncia do fato", responde.
Diante da resist�ncia do influenciador em entrar sozinho na van com os policiais, os agentes dizem que ele est� ‘ca�ando quizumba’ e ‘vai entrar, por bem ou por mal’. "Eu n�o quero usar de meios de for�a", afirma um dos agentes.
Em nota, a PM do Rio informou que, na delegacia, ‘nada foi constatado’ e o influenciador foi liberado. A corpora��o tamb�m afirma que ‘as abordagens policiais s�o realizadas conforme previsto em lei’. "Os policiais e agentes da opera��o s�o orientados e a cor da pele n�o � escolha para abordagem policial", diz o texto.
COM A PALAVRA, A POL�CIA MILITAR DO RIO
"Os policiais do Centro Presente estavam patrulhando a regi�o na tarde de ontem (17) quando suspeitaram de um rapaz que, segundo eles, demonstrou insatisfa��o com a aproxima��o policial e pareceu querer se desvencilhar dos agentes entrando em uma loja.
Os policiais se aproximaram do rapaz e pediram que ele se identificasse, mas ele se recusou e foi conduzido � delegacia, conforme procedimento padr�o. Na DP ele foi identificado, nada foi constatado e foi liberado em seguida
Vale ressaltar que o foco da Opera��o Seguran�a Presente � o atendimento � popula��o e as abordagens policiais s�o realizadas conforme previsto em lei. Os policiais e agentes da opera��o s�o orientados e a cor da pele n�o � escolha para abordagem policial.
As abordagens n�o s�o pautadas por cor da pele, orienta��o sexual, religiosa, de g�nero ou qualquer fator pessoal, mas a partir de den�ncias ou comportamentos que podem representar algum risco � coletividade"