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Estado de Minas GERAL

S� 3% das universidades t�m equidade racial entre professores


20/11/2021 17:00

Eunice Prudente, de 75 anos, foi a primeira negra a se tornar professora da tradicional Faculdade de Direito da Universidade de S�o Paulo (USP), na d�cada de 1980. At� hoje, � a �nica. "Sofri questionamentos racistas e tive de enfrent�-los", conta ela, que s� nos �ltimos anos viu suas turmas ficarem mais diversas. Pelos corredores das universidades p�blicas, � poss�vel encontrar mais estudantes pretos e pardos - gra�as �s cotas. No comando da sala de aula, por�m, esse perfil ainda � raro.

Levantamento feito pelo Estad�o mostra que menos de 3% das institui��es de ensino superior brasileiras t�m n�mero de professores negros que espelha a distribui��o racial da regi�o onde est�. Em uma d�cada, as cotas e programas como Fies e ProUni ampliaram as oportunidades de acesso na gradua��o, mas transformar o perfil dos professores � um processo mais lento e dif�cil. Especialistas apontam que a equidade racial na doc�ncia melhora o acolhimento dos diferentes tipos de alunos, enriquece a institui��o, para todos, com um ambiente mais diverso e traz mais temas e pontos de vista para a pesquisa.

O Estad�o tabulou dados do Censo da Educa��o Superior de 2019, os �ltimos divulgados pelo Minist�rio da Educa��o. A an�lise considera que h� equidade racial na universidade que possui propor��o de docentes negros (pretos e pardos) igual ou superior � de habitantes negros na unidade da Federa��o em que est� instalada.

No Estado de S�o Paulo, por exemplo, 40% da popula��o � negra, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Na USP, por�m, s� 3,8% dos professores se declaram negros. Essa universidade n�o tem equidade racial, segundo os crit�rios da reportagem.

J� a Universidade do Estado do Amap� (Ueap) possui equidade racial segundo esse crit�rio. Dentre os docentes, 90% s�o negros, enquanto a popula��o do Estado tem 81% de pretos e pardos.

O recorte feito pelo Estad�o leva em conta as universidades onde ao menos 75% dos professores fizeram autodeclara��o de ra�a e que t�m mais de 50 docentes. Abrange amostra de 823 das 2.608 institui��es que participaram do Censo. Leia mais sobre a metodologia no fim da reportagem.

Entre todas as universidades analisadas, s� 23 t�m quantidade de professores negros que reflete a distribui��o racial no Estado. A �nica p�blica � a Universidade do Estado do Amap�.

No gr�fico abaixo, cada c�rculo representa uma institui��o de ensino superior. Quanto mais pr�xima de um, mais equidade racial h� no corpo docente. Quanto mais perto de zero, menos diversa � a universidade.

Todas as 59 melhores universidades brasileiras listadas no ranking da revista brit�nica Times Higher Education, refer�ncia mundial na an�lise do ensino universit�ria, t�m menos docentes negros do que o perfil regional.

Nas 23 universidades com diversidade semelhante � do Estado na doc�ncia, os n�meros nem sempre resultam de uma pol�tica de inclus�o. Onze afirmam n�o ter programa do tipo, tr�s disseram ter pol�ticas para elevar o n�mero de docentes negros e nove - entre elas a Estadual do Amap� - n�o responderam.

As faculdades Proje��o de Ceil�ndia e de Sobradinho (DF), afirmam que assinaram um pacto de inclus�o racial no mercado de trabalho e mant�m pol�ticas de diversidade, como o cadastro de vagas em plataformas voltadas a profissionais negros. J� a Faculdade Zumbi dos Palmares, que tem como miss�o incluir pessoas negras no ensino superior, disse que a equidade racial � um dos crit�rios observados na hora de contrata��o de professores.

A presen�a de professores negros (pretos e pardos) nas universidades aumentou de 13,2% em 2012 para 16,2% em 2019. � dif�cil mensurar a evolu��o real porque h� lacunas na autodeclara��o, visto que os docentes n�o s�o obrigados a informar sua ra�a ao Censo. Em universidades como a Federal de Pelotas e do Paran�, por exemplo, mais de 95% dos professores n�o informaram sua ra�a na pesquisa de 2019.

Falta de diversidade � ainda maior em universidades p�blicas

As universidades p�blicas t�m ainda menos docentes negros do que as particulares. Nenhuma das federais possui equidade racial, conforme o crit�rio adotado pela reportagem. A que mais se aproxima da equidade � a Universidade Federal Rural da Amaz�nia, com 79,4% da quantidade esperada de professores negros.

Entre as causas, est�o a pequena propor��o dos que acessam a p�s-gradua��o. O doutorado � exigido em concursos p�blicos na maioria das federais. Segundo balan�o de 2019 da Capes, �rg�o do Minist�rio da Educa��o (MEC), s� 29% dos alunos de p�s eram pretos ou pardos.

E, mesmo entre os que acessam mestrado e doutorado, h� dificuldades de perman�ncia. Racismo estrutural e vulnerabilidade econ�mica dificultam o caminho at� a titula��o, uma vez que as bolsas pagam pouco. "Temos n�mero significativo de alunos negros na gradua��o que acabam indo trabalhar no setor privado", diz Fabiana Schleumer, pr�-reitora adjunta de Extens�o e Cultura da Federal de S�o Paulo (Unifesp), negra e professora de Hist�ria na institui��o.

Como a Unifesp, universidades t�m apostado em cotas na p�s, para permitir que mais alunos negros se formem mestres e doutores e possam entrar no magist�rio superior. "Independentemente do campo de conhecimento, esse professor traz outros referenciais que v�o enriquecer a forma��o dos alunos", afirma Fabiana.

A aprova��o de pol�ticas, no entanto, n�o significa resultados imediatos. Desde 2014, uma lei prev� reserva de 20% das vagas em concursos para professores nas federais, mas parte das institui��es n�o adota a regra, sob argumento de fazer processos seletivos pequenos.

A lei s� � aplicada quando o n�mero de vagas no concurso � igual ou superior a tr�s. Editais por �rea do conhecimento abrem, em geral, uma ou duas vagas. "O n�mero de institui��es que aplicam o porcentual de 20% � muito baixo", diz Luiz Mello, professor de Ci�ncias Sociais da Federal de Goi�s (UFG), que estuda o cumprimento da regra nas universidades e outros �rg�os p�blicos.

Levantamento da Escola Nacional de Administra��o P�blica mostra que mais da metade das federais n�o tem professores nomeados em vagas reservadas para negros. Segundo Mello, h� pequenos avan�os nos �ltimos anos, impulsionados pela press�o de docentes. A UFG, por exemplo, mudou a metodologia em seus editais. Pelo novo m�todo, que considera o total de vagas oferecidas em v�rias faculdades, um concurso de 2019 reservou 12 das 59 vagas para docentes negros.

A Federal do Rio (UFRJ), em 2020, aprovou resolu��o interna que prev� os 20% sobre o total de vagas. A Universidade Federal Fluminense (UFF) tamb�m adotou o mesmo entendimento este ano.

"O n�mero de professores negros no ensino superior n�o aumentou da forma que poderia ter aumentado se a lei tivesse sido aplicada adequadamente", diz Delton Aparecido Felipe, diretor de Rela��es Internacionais da Associa��o Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN). Nas estaduais paulistas - que n�o seguem a lei federal - a disparidade � ainda maior.

"Enquanto as federais j� contam com mais de 15% de docentes negros ap�s ado��o de cotas em concursos, a Unicamp n�o chega � marca de 5%", reconhece Silvia Maria Santiago, diretora executiva de Direitos Humanos da Estadual de Campinas (Unicamp), que discute adotar cotas para concursos de profissionais de apoio ao ensino, pesquisa e extens�o. Procurada, a USP n�o se manifestou.

Outro desafio � garantir a presen�a de negros em cargos de dire��o. Para Jos� Vicente, reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, gestores das universidades devem estar conscientes da desigualdade racial no Pa�s e apostar em mecanismos de inclus�o.

"Ter consci�ncia negra � compreender que existe uma distor��o racial na sociedade. E � essa distor��o que leva � desigualdade". A institui��o � a �nica em S�o Paulo com n�mero de professores negros compat�vel com o perfil racial do Estado. Vicente, advogado e doutor em educa��o, critica a forma de contratar nas institui��es p�blicas.

Ele afirma que esses processos seletivos s�o baseados exclusivamente na meritocracia, privilegiando quem teve trajet�ria acad�mica intensa. "Precisa haver m�rito, mas n�o pode ser esse m�rito exclusivo dos t�tulos e do quanto a pessoa sabe sobre um assunto espec�fico. Temos de democratizar os processos seletivos."

"A gente se relaciona com isso de forma c�moda porque o racismo � capaz de naturalizar at� o absurdo", diz o reitor, sobre a baixa presen�a dos negros na doc�ncia. Al�m de mudar os processos seletivos, ele diz que � preciso garantir a jovens negros acesso a programas de gradua��o e p�s, assim como sua perman�ncia.

Felipe, da ABPN, tamb�m destaca a import�ncia para a perman�ncia. "O n�mero de alunos negros nas universidades aumentou, mas isso n�o foi suficiente para haver mais pessoas negras em profiss�es estrat�gicas, como Engenharia e Medicina. O sucesso profissional desses alunos depende de uma s�rie de fatores, entre eles a presen�a de professores negros."

Representatividade inspira alunos e aproxima o ensino da realidade

Professores e alunos negros relatam ao Estad�o suas viv�ncias na academia e falam sobre a import�ncia da diversidade na sala de aula. Al�m de inspirar alunos a seguir estudando, professores negros promovem mudan�as na pesquisa e no curr�culo, aproximando o ensino da realidade brasileira.

"Precisou coragem", resume Eunice Prudente sobre a trajet�ria pioneira - e solit�ria - na Faculdade de Direito da USP. Professora desde os anos 1980, foi a primeira docente negra do Largo de S�o Francisco, predominantemente branca e masculina.

L� testemunhou um aumento recente no n�mero de estudantes negros - a USP s� adotou cotas raciais na gradua��o em 2018. Mas ainda v� baixa representatividade racial entre os docentes: d�cadas depois, continua sendo a �nica professora negra do Direito da USP. Os relatos de sala de aula v�o desde o descr�dito por parte de alunos � chance de incentivar discuss�es sobre quest�es raciais e de g�nero.

"Era muito questionada pelos alunos que vinham das escolas privadas. A primeira escola p�blica deles era a universidade e nunca haviam tido professores negros. Muitos questionamentos eram racistas mesmo. Tive de enfrent�-los - e com muita compreens�o de minha parte", diz Eunice, tamb�m secret�ria municipal de Justi�a de S�o Paulo.

Nas suas pesquisas durante p�s-gradua��o, discutiu a criminaliza��o do racismo, antes mesmo de a pauta entrar na Constitui��o de 1988. Depois, orientou dezenas de trabalhos - parte deles sobre justi�a antirracista e g�nero. Para ela, o fato de haver pouqu�ssimas "Eunices" na USP tem rela��o com o baixo incentivo para que estudantes negros - e especialmente as mulheres - sigam nos estudos. "O acesso ao mestrado e doutorado urge ser democratizado. Quem vai mergulhar nas quest�es econ�micas, hist�ricas, sociol�gicas, antropol�gicas dessa grav�ssima desigualdade socioecon�mica do Brasil?".

A m�dica Fl�via Silva, de 29 anos, n�o pensava em seguir carreira acad�mica quando concluiu a gradua��o porque n�o se sentia acolhida naquele ambiente. "N�o me lembro de ter colegas negros na faculdade e tive s� dois professores negros. Eu via a academia como um lugar elitista e embranquecido."

Sua vis�o mudou quando conheceu a Universidade Federal do Rec�ncavo Baiano (UFRB), onde atua como professora de Medicina desde 2019. "A UFRB surgiu em contexto de democratiza��o e interioriza��o do ensino e tem perfil docente e discente diferente do que estamos acostumados", explica. Ela diz que a universidade tem di�logo forte com a comunidade em que est� inserida.

Fl�via acredita que � importante ter mais professores negros para que o conhecimento produzido nas universidades reflita a realidade do Pa�s. "O Rec�ncavo da Bahia � a regi�o mais preta do mundo fora de �frica. Por isso � importante estudar as doen�as mais prevalentes nessa popula��o", exemplifica.

Outro ponto importante � o acolhimento dos alunos. "Fiz resid�ncia m�dica na Federal da Para�ba (UFPB) e era a preceptora do internato. Quando os internos negros descobriam que tinha uma preceptora negra, preferiam ficar comigo", diz.

Quando Vantuil Pereira, de 52 anos, fez gradua��o em Hist�ria, na UFF, n�o teve sequer um professor negro. Filho de um oper�rio da constru��o civil e uma dona de casa, ambos semianalfabetos, iniciou a carreira acad�mica de forma tardia, aos 30 anos. Em 2009, chegou � UFRJ como professor e - mais uma vez - encontrava poucos como ele nos corredores.

Por vontade de se conectar com outros docentes negros da UFRJ, ajudou a criar, no ano passado, um coletivo. O trabalho agora � de transformar em n�meros a percep��o ao caminhar pela universidade - e pressionar por mudan�as. "Normalmente, a baixa representa��o (de professores negros) � maior nas Engenharias e �reas m�dicas", diz Pereira, do N�cleo de Estudos de Pol�ticas P�blicas em Direitos Humanos da UFRJ.

A pouca presen�a dificulta o enfrentamento do racismo. � comum que os posicionamentos de professores negros sejam encarados como "vitimiza��o" ou "mimimi", segundo Pereira. Alunos negros relatam dificuldade de acessar unidades porque, na portaria, n�o s�o vistos como estudantes. E at� os docentes s�o confundidos com outros trabalhadores nos campi.

Na doc�ncia, a chance � reeducar o olhar. "Ver que o professor � negro tem papel pedag�gico important�ssimo." Na sala de aula, ele discute rela��es raciais com alunos de diversas �reas - da Medicina � Arquitetura. Tamb�m diz ter olhar atento a quest�es sociais e raciais na hora de recrutar alunos para projetos. Mas entende que as mudan�as n�o podem ser papel s� dos professores. "Nenhuma pol�tica anda se n�o tiver o gestor tamb�m atento. N�o h� press�o suficiente sem que as institui��es estejam abertas."

Rute Costa, de 37 anos, foi aluna de gradua��o da 1� turma de reserva de vagas na Universidade Estadual do Rio (Uerj) - uma das pioneiras na reserva de vagas para negros. Naquela �poca, ainda n�o compreendia o significado e import�ncia dessa pol�tica de inclus�o. Aprovada em 1.� lugar no mestrado, ouviu, pela primeira vez, o que seus colegas pensavam sobre o cotista.

"Acessavam meu curr�culo para verificar minhas experi�ncias, (avaliar) se eu deveria pontuar na sele��o com nota m�xima", conta. Depois veio o doutorado e, em 2013, a aprova��o no concurso para dar aulas na UFRJ. No curso de Nutri��o, onde leciona, conta nos dedos das m�os o n�mero de professores negros.

Para Rute, dificuldades no caminho afastam pessoas negras da vida acad�mica. � comum, segundo ela, receber relatos de alunas sobre constrangimentos desde a gradua��o. "H� professoras que dizem que o cabelo (das estudantes) n�o traz imagem profissional, que deveriam cortar, abaixar." A touca, equipamento usado na Nutri��o, n�o tem variedade de tamanhos para o cabelo crespo ou tran�ado.

� frente de pesquisas sobre culin�ria afro-brasileira, ela v� desde a escassez de bibliografia at� a recep��o preconceituosa sobre o tema. Tamb�m h� dificuldades para "furar a bolha" das revistas cient�ficas - � comum que as pesquisas sejam publicadas s� em chamadas espec�ficas para estudos raciais. Para Rute, os entraves s�o como uma teia: supera-se um e aparecem outros. A mudan�a, diz, tem de ser pol�tica. "N�o podemos colocar nas m�os de um indiv�duo a responsabilidade de superar todas as barreiras para que acesse as melhores experi�ncias."

Jonathan Vicente, biom�dico e mestrando no programa de Medicina Preventiva da USP, sente falta de refer�ncias negras dentro da academia. Ele conta que teve tr�s professores negros na gradua��o, feita em curso privado com o Financiamento Estudantil (Fies). Agora, na p�s, todos os seus professores s�o brancos.

"� importante ter professores negros para humanizar a ci�ncia, a Medicina. Eles ajudam o aluno a ter uma vis�o diferente, a entender melhor a realidade da nossa popula��o", acredita. Para ele, o exemplo � uma das pe�as-chaves na rela��o docente-aluno. "Essa representatividade � muito importante para que o aluno se sinta mais confort�vel em mostrar seu trabalho, sua pesquisa", menciona.

E foi o exemplo de professores negros que incentivou Jonathan a ingressar no mestrado. "Foram eles que abriram minha mente para a pesquisa. Uma das minhas professoras, que era negra, dizia que eu devia ir para a academia e abrir meus horizontes", lembra.

Assim que concluir o mestrado, Jonathan planeja se candidatar ao doutorado e j� mira institui��es de outros pa�ses. "Vejo que as universidades internacionais est�o buscando diversidade maior e criam editais para pessoas da �frica e da Am�rica Latina", fala. No futuro, pretende ser professor. "A popula��o negra est� come�ando a entrar na academia e quero seguir essa carreira", diz.

METODOLOGIA

Com base nos dados do Censo da Educa��o Superior de 2019, divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), do Minist�rio da Educa��o (MEC), calculamos a propor��o de professores negros (pretos e pardos) em cada institui��o de ensino superior (IES). Desconsideramos as IES nas quais mais de 25% dos professores n�o declararam a ra�a. A autodeclara��o racial n�o � obrigat�ria e incluir universidades onde poucos professores preencheram este dado poderia distorcer o resultado da an�lise. Tamb�m exclu�mos da an�lise individual as institui��es que t�m menos de 50 professores porque amostras muito pequenas podem distorcer o resultado. Com isso, chegamos a uma lista com 823 universidades p�blicas e privadas de todas as unidades da federa��o.

O segundo passo foi comparar a propor��o de professores negros em cada universidade com a propor��o de habitantes negros na unidade da federa��o em que a institui��o est� localizada. A inten��o � ver se a universidade reflete o perfil da comunidade em que est� inserida. Consideramos que h� equidade racial nas universidades que possuem propor��o de docentes negros igual ou superior � propor��o de habitantes negros.

Tamb�m montamos o perfil do professor negro a partir de dados como idade, grau de escolaridade e atua��o em pesquisa. Para ver as an�lises com mais detalhes, acesse o Github. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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