O vice-presidente da Rep�blica, Hamilton Mour�o, disse nesta quinta-feira, 25, que a atua��o de centenas de garimpeiros em balsas ilegais no Rio Madeira pode ter o apoio de membros do tr�fico de drogas.
Segundo o vice-presidente, o interesse do narcotr�fico em explorar as rotas fluviais da Amaz�nia passa n�o apenas pelo transporte de drogas, mas tamb�m pelo interesse no com�rcio de ouro.
"N�s temos tido v�rios informes de que o narcotr�fico, essas quadrilhas, na ordem de proteger suas rotas, subiram para l�. Uma das formas de se manterem � apoiando a��es dessa natureza (garimpo). At� porque, se o ouro � extra�do ilegalmente, � um ativo que eles podem trocar por droga", afirmou Mour�o.
O vice-presidente comentou que a Pol�cia Federal, a Marinha e o Ibama j� est�o se preparando para agir. "A Marinha tem que verificar quem tem embarca��o legal. O pessoal que est� na ilegalidade vai ter a embarca��o apreendida", disse.
Natural da cidade de Humait� (AM), munic�pio cortado pelo Rio Madeira, Mour�o reconheceu que, h� d�cadas, h� aglomera��o de balsas de garimpo ilegal na regi�o. "Isso ocorre todos os anos. Normalmente, eles ficam ali na regi�o de Humait�. Esse ano deve ter aparecido ouro mais para cima, l� perto de Autazes. E eles se concentraram l�", comentou.
A PF n�o d� detalhes sobre a opera��o, mas o Estad�o apurou que um grande contingente de agentes envolvendo policiais, agentes do Ibama e das For�as Armadas foi destacado, dada a dimens�o do problema e os riscos de rea��es violentas. Em a��es desse tipo, s�o utilizados geralmente drones e aparelhos de telefone satelital.
Conforme o Estad�o revelou, garimpeiros j� estavam cientes da mobiliza��o policial que pretende dar fim ao que se converteu em uma "Serra Pelada" fluvial. Em mensagem enviada no fim da manh� de quarta-feira, 24, por meio de WhatsApp, um garimpeiro j� avisava aos demais que "est� saindo de Manaus um comboio do Ex�rcito, Pol�cia Federal e Ibama" para a regi�o onde est�o as balsas, nas proximidades do munic�pio de Autazes. "Est� lotado, mano, e subindo para a banda da�, viu", diz o garimpeiro.
No comando das balsas clandestinas, garimpeiros tamb�m prometeram rea��o caso sejam abordados por a��es de repreens�o. Em outra mensagem de �udio obtida pela reportagem, um homem fala em montar um "pared�o" de balsas, com pessoas ao redor dos equipamentos, para reagir a qualquer tipo de abordagem para fiscaliza��o. "Voc�s que t�m muita balsa a�, (tem que) fazer um pared�o mesmo daqueles e esperar todo mundo a� na frente da balsa. Um atr�s, um na frente e ver o que � que d�. Eles v�o respeitar, entendeu?", afirma.
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