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Estado de Minas GERAL

Cientista brasileiro ajuda a rastrear nova variante da covid-19 na �frica do Sul


26/11/2021 12:48

A descoberta de uma nova variante do novo coronav�rus, com um alto n�mero de muta��es, coloca autoridades e cientistas em alerta. Ainda n�o h� estudos conclusivos, mas as caracter�sticas da nova cepa apontam risco de maior transmiss�o ou de escape da prote��o das vacinas.

O cientista brasileiro Tulio de Oliveira � diretor do Ceri, o Centro para Resposta � Epidemias e Inova��o da �frica do Sul, pa�s onde foi identificada a variante. Segundo ele, � preciso ajudar o pa�s a conter a nova amea�a, e n�o isolar a regi�o.

Ao apoiar o continente africano, diz ele, ser� protegido o planeta. "Fa�o um apelo para bilion�rios e institui��es financeiras. Temos sido muito transparentes com as informa��es cient�ficas. Identificamos, tornamos os dados p�blicos e alertamos, pois as infec��es est�o aumentando. Fizemos isso para proteger nosso pa�s e o mundo, apesar de sofrermos potencialmente uma discrimina��o massiva", afirma ele, que tem feito apelos por suporte nas redes sociais.

A cepa � identificada como B.1.1.529 e, se for considerada como uma variante de preocupa��o pelo Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), deve ser chamada de Nu, a pr�xima letra grega - esse alfabeto � usado para nomear essas muta��es. Em uma tentativa de conter esse novo risco, Reino Unido e Israel j� barraram visitantes da �frica do Sul e a expectativa � de que a Uni�o Europeia proponha restri��es semelhantes. A OMS, por�m, recomendou cautela na cria��o dessas novas barreiras. O continente se tornou outra vez o epicentro da pandemia, com a explos�o de infec��es, o que tamb�m fez pa�ses como a �ustria a apertar o cerco contra n�o vacinados.

"A �frica do Sul e a �frica precisar�o de apoio (financeiro, de sa�de p�blica, cient�fico) para control�-la para que n�o se espalhe pelo mundo. Nossa popula��o pobre e carente n�o pode ficar presa sem apoio financeiro", disse Oliveira, cuja equipe foi respons�vel por identificar a variante Beta, uma das cepas de preocupa��o rastreadas originalmente na �frica do Sul.

"Estimamos que 90% dos casos em Gauteng (mais rica prov�ncia sul-africana, onde est�o as cidades de Joanesburgo e Pret�ria), pelo menos mil por dia, s�o desta variante", acrescentou o cientista, que estuda epidemias de v�rus, como dengue e HIV, h� mais de 20 anos.

Embora poucos casos tenham sido identificados, Oliveira diz que provavelmente h� "milhares" de infectados pelo Pa�s. O pesquisador disse ao Estad�o que, apenas na quarta-feira, 24, o Ceri recebeu mais de mil amostras para a an�lise e que a equipe est� "trabalhando contra o rel�gio" para entender os efeitos de transmissibilidade, vacinas, reinfec��o, gravidade da doen�a e diagn�sticos.

Segundo a Rede para Vigil�ncia Gen�mica da �frica do Sul, a variante j� foi identificada em amostras coletadas de 12 a 20 de novembro em Gauteng, Botswana e em Hong Kong, de um viajante sul-africano. "Podemos fazer algumas previs�es sobre o impacto das muta��es nesta variante, mas ainda � incerto, e as vacinas continuam a ser a ferramenta cr�tica para nos proteger", disse a institui��o.

Nesta sexta-feira, 26, o governo sul-africano far� uma sess�o de urg�ncia com a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) sobre a evolu��o do v�rus.


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