A demora das autoridades federais em reagir ao movimento de balsas de garimpeiros no Rio Madeira, na Amaz�nia, resultou na dispers�o de grande parte das centenas de embarca��es clandestinas que ficaram paradas h� cerca de uma semana na regi�o de Autazes (AM). Como revelou o Estad�o, o grupo se concentra na regi�o onde teria sido encontrada uma grande quantidade de ouro.
Informa��es obtidas pelo Estad�o apontam que a maior parte das balsas j� deixou o local. Trocas de mensagens entre os garimpeiros sinalizam que parte deles j� est� subindo o Rio Madeira, sentido Humait�, na fronteira do Amazonas com Rond�nia. A regi�o � conhecida pela aglomera��o dessas embarca��es. Muitos garimpeiros deixaram Autazes e j� est�o pr�ximos do munic�pio de Nova Olinda do Norte (AM).
Desde a ter�a-feira, 23, reportagem feita pelo Estad�o j� trazia detalhes sobre a aglomera��o de centenas de balsas, todas elas atuando em situa��o irregular, na extra��o de ouro do Rio Madeira. Na quarta-feira, os garimpeiros j� trocavam mensagens entre si, a respeito de rea��es caso houvesse algum tipo de a��o repreensiva por parte dos �rg�os policiais e de repreens�o.
Em mensagens de �udio divulgadas pelo Estad�o, os garimpeiros falaram na possibilidade de montar um "pared�o" de balsas para reter a a��o policial, chegaram a falar em tocaias na floresta e em "mandar bala" nos agentes.
O Minist�rio da Justi�a mobilizou a Pol�cia Federal, al�m das For�as Armadas e agentes do Ibama para realizarem uma a��o na regi�o. At� o momento, por�m, nada ocorreu efetivamente. Informados sobre a mobiliza��o, os garimpeiros tamb�m avaliavam a alternativa de deixarem o local.
Como seus equipamentos s�o irregulares, eles sabem que n�o h� outra op��o em casos de abordagem policial: tudo tem que se apreendido ou destru�do no pr�prio local.
As autoridades federais n�o deram detalhes sobre seus planos na regi�o, mas o que se articulava vinha sendo chamado internamente, pelos membros do governo, de uma "opera��o de guerra", com bloqueio de passagens pelo Rio Madeira e por estradas que chegam � regi�o onde estavam as embarca��es.
Agentes ouvidos pela reportagem acreditam que a situa��o pode, de certa forma, facilitar a abordagem policial, porque evita conflitos com grande aglomera��o. Al�m disso, as balsas se movem lentamente.
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