O Tribunal do J�ri de Porto Alegre come�a a julgar nesta quarta-feira, 1�, o caso dos quatro denunciados pela morte de 242 pessoas no inc�ndio da boate Kiss, em janeiro de 2013. A expectativa do Tribunal de Justi�a do Rio Grande do Sul � a se que o j�ri seja mais longo da hist�ria do Poder Judici�rio ga�cho.
Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann- s�cios da casa noturna - e Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Le�o - integrantes da banda que apresentou show pirot�cnico na noite do inc�ndio - s�o acusados de homic�dio duplamente qualificado (motivo torpe e emprego de meio cruel) por 242 vezes, e tentativa do mesmo crime por mais 636 vezes (n�mero de sobreviventes identificados).
O julgamento ser� presidido pelo juiz Orlando Faccini Neto, do 2� Juizado da 1� Vara do J�ri da Comarca de Porto Alegre. O Conselho de Senten�a ser� formado pelo magistrado e por sete jurados que ser�o escolhidos por meio de sorteio na manh� de quarta-feira.
Durante o julgamento, ser�o ouvidas 14 v�timas - indicadas pelo Minist�rio P�blico, pelo assistente de acusa��o e pela defesa de Elissandro Spohr -, al�m de 20 testemunhas. Destas �ltimas, cinco foram arroladas pela Promotoria e o restante pelos advogados de Elissandro, Mauro e Marcelo (cada defesa indicou cinco pessoas a serem ouvidas no julgamento). Ap�s os depoimentos de sobreviventes e testemunhas, haver� o interrogat�rio dos r�us, que podem escolher ficar em sil�ncio.
O j�ri ser� realizado no Plen�rio do 2� andar do Foro Central I, na Capital, com transmiss�o ao vivo pelo canal do Tribunal de Justi�a do Rio Grande do Sul no Youtube. A indefini��o sobre local de realiza��o do julgamento - em Porto Alegre ou em Santa Maria - acabou adiando a data do j�ri.
Tr�s dos r�us pediram � Justi�a que o caso fosse analisado na capital ga�cha, levantando d�vida sobre a parcialidade dos jurados se o julgamento ocorresse na cidade em que houve o inc�ndio. Ap�s decis�o favor�vel a tais pedidos, o Minist�rio P�blico acabou pedindo que o quarto acusado tamb�m fosse � j�ri popular em Porto Alegre.
De acordo com o TJ-RS, a previs�o � que os trabalhos do j�ri sejam divididos em tr�s turnos (manh�, tarde e noite), a partir das 9 horas. N�o haver� interrup��o no final de semana, diz a corte.
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