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Estado de Minas GERAL

Diretor da OMS defende cria��o de acordo comum para prevenir pandemias futuras


29/11/2021 18:22

O diretor-geral da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta segunda-feira, 29, que a melhor maneira de prevenir e lidar com pandemias futuras � por meio de um "acordo legalmente vinculante entre as na��es". Ele tamb�m criticou a maneira como o mundo tem lidado com a covid-19: "A falta de uma abordagem global consistente e coerente resultou em uma resposta fragmentada e desconexa, gerando mal-entendidos, desinforma��o e desconfian�a."

As declara��es ocorreram durante a abertura da sess�o extraordin�ria da Assembleia Mundial da Sa�de (WHA, na sigla em ingl�s) que vai at� quarta-feira, dia 1� de dezembro. Na reuni�o, os Estados-membros discutem a cria��o de uma conven��o, um acordo ou outro instrumento internacional para prepara��o e resposta a pandemias futuras. Normalmente, a Assembleia se re�ne em maio.

A reuni�o ocorre em um momento em que a Europa enfrenta uma quarta onda da covid, com aumento no n�mero de casos e mortes. E poucos dias depois da detec��o de uma nova variante na �frica da Sul, a �micron.

"Mais do que qualquer ser humano na hist�ria, temos a capacidade de antecipar pandemias, de nos preparar para elas, de desvendar a gen�tica dos pat�genos, de detect�-los em seus est�gios iniciais, de evit�-los que se transformem em desastres globais e de responder quando isso acontecer", disse Adhanom. "No entanto, aqui estamos, entrando no terceiro ano da mais aguda crise de sa�de em um s�culo, e o mundo continua em suas garras."

Para o diretor da OMS, a �frica do Sul e a Botswana deveriam ser agradecidas por terem detectado e relatado a nova cepa, n�o penalizadas. "A �micron demonstra exatamente por que o mundo precisa de um novo acordo sobre pandemias: nosso sistema atual desincentiva os pa�ses de alertar outros sobre amea�as que inevitavelmente pousar�o em suas costas", explicou.

Adhanom afirmou que a pandemia da covid �, na verdade, "uma crise de solidariedade e partilha". A falta de compartilhamento de informa��es e dados - nos primeiros dias da pandemia -, de amostras biol�gicas, de equipamentos de prote��o (EPIs), de testes, de vacinas, de tecnologia e de propriedade intelectual, conforme o diretor da OMS, levou a uma resposta mundial "fragmentada" � covid, o que "prejudicou nossa capacidade coletiva de prevenir infec��es e salvar vidas".

"E tudo vai acontecer de novo, a menos que voc�s, as na��es do mundo, possam se reunir para dizer em uma s� voz: 'Nunca mais!'", alertou. Para superar as fraquezas expostas pela covid, ele acredita ser necess�rio um acordo entre na��es, que reconhe�a que temos um "futuro comum".

"Uma conven��o, acordo ou outro instrumento internacional n�o resolver� todos os problemas", destacou. "Mas fornecer� uma estrutura abrangente para promover uma maior coopera��o internacional."

A preven��o de pandemias futuras, explicou ele, depende de um acordo que forne�a uma plataforma para fortalecer a sa�de global, com foco em quatro �reas: governan�a (por meio da cria��o de um conselho de chefes de estado); financiamento (adicional, previs�vel, equitativo e alinhado com as prioridades nacionais, regionais e globais); preven��o (melhores sistemas e ferramentas para prever, prevenir, detectar e responder rapidamente a surtos com potencial epid�mico e pand�mico); e, por fim, fortalecimento da OMS.

Rascunho

Na manh� desta segunda-feira, o embaixador do Reino Unido em Genebra, Simon Manley, publicou o rascunho do acordo discutido na Assembleia. "Acabamos de chegar a um consenso sobre este texto", escreveu na rede social. O documento foi nomeado como "O Mundo Unido: Estabelecimento de um �rg�o de negocia��o intergovernamental para fortalecer a preven��o, prepara��o e resposta � pandemia" (em tradu��o livre).

O rascunho prop�e a cria��o de um "corpo de negocia��o intergovernamental" que estar� aberto para todos os Estados-membros e membros associados (INB). Esse �rg�o ter� como fun��o redigir um "acordo" comum para a preven��o de pandemias futuras.

O documento estabelece que a primeira reuni�o do grupo seja feita at� 1� de mar�o de 2022. No primeiro encontro ser�o eleitos dois copresidentes e quatro vice-presidentes. Al�m disso, os m�todos de trabalho e cronogramas, com base em princ�pios de "inclus�o, transpar�ncia, efici�ncia, lideran�a dos Estados-membros e consenso", devem ser definidos.

As decis�es, conforme o documento, ter�o como base o relat�rio do Grupo de Trabalho dos Estados-membros sobre o Fortalecimento da Prepara��o e Resposta da OMS a Emerg�ncias de Sa�de (WGPR, da sigla em ingl�s) - que foi liderado pelos Estados Unidos e pela Indon�sia. O resultado parcial das discuss�es deve ser apresentado na 76� Assembleia Mundial da Sa�de; e o final, na 77�.


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