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Estado de Minas GERAL

Com ou sem �micron, n�o � hora de r�veillon e carnaval, diz Natalia Pasternak


03/12/2021 16:56

Independentemente da presen�a da variante �micron do coronav�rus, o Brasil ainda n�o est� pronto para a realiza��o de festas com grandes aglomera��es. Essa � a avalia��o da bi�loga Natalia Pasternak, doutora em microbiologia pela USP e presidente do Instituto Quest�o de Ci�ncia (IQC). Em entrevista ao Estad�o, ela destaca que, apesar da melhora de indicadores da pandemia, o cen�rio no Pa�s ainda exige cuidados.

A diminui��o do n�mero de casos, hospitaliza��es e mortes por covid-19 no Brasil no �ltimo trimestre deste ano, desde que a vacina��o avan�ou, levou a uma onda de otimismo pelo fim dos protocolos sanit�rios. Mas, com o aparecimento da variante �micron e sua chegada ao Brasil, ao menos 19 capitais cancelaram os eventos de fim de ano esta semana, e outras dezenas de munic�pios desistiram de n�o realizar o carnaval.

No entanto, na avalia��o da especialista, o cen�rio anterior n�o era prop�cio � realiza��o destas festas. "Precisamos esperar para ver como o v�rus vai se comportar com a popula��o vacinada. N�o podemos retroceder no que avan�amos at� agora", disse.

Muitas cidades cancelaram as festas p�blicas de r�veillon e v�rias tamb�m suspenderam o carnaval com a confirma��o da �micron. A decis�o foi acertada?

Independentemente da �micron, n�o � o momento da realiza��o de festas p�blicas com grande aglomera��o. Estamos em um momento de controle para colher as pequenas conquistas que o Brasil tem no combate � pandemia, gra�as � vacina��o em massa. Chegamos ao fim de 2021 com uma situa��o muito melhor do que v�amos no ano passado, quando o recomendado era n�o fazer sequer festas de fam�lia. Isso agora � poss�vel, mas n�o significa que festas t�o calorosas como r�veillon e carnaval j� possam ser feitas de maneira desmedida. Precisamos esperar para ver como o v�rus vai se comportar com a popula��o vacinada. N�o podemos retroceder no que avan�amos at� agora.

Apesar do cancelamento das festas p�blicas, os eventos privados ainda ir�o acontecer. � eficaz, no combate ao v�rus, cancelar festas p�blicas e manter as privadas?

O cancelamento das festas p�blicas, mesmo com a manuten��o das festas privadas, � eficaz para o controle da pandemia porque as festas p�blicas atraem pessoas de todas as idades, de todos os lugares e que est�o vacinadas ou n�o. Nas festas privadas � poss�vel estabelecer um controle de entrada, com protocolos como a exig�ncia do comprovante da vacina��o, do teste de covid-19 e de um n�mero m�ximo de pessoas no espa�o. O ideal, no entanto, � que n�o haja festas privadas com aglomera��o, como boates e grandes shows. Isso � muito arriscado e pode comprometer.

O Estado de S�o Paulo anunciou nesta quinta-feira, 2, a antecipa��o da dose de refor�o para quatro meses. A medida tem algum efeito pr�tico no combate a uma nova variante?

Antecipar o per�odo das doses de refor�o � uma estrat�gia log�stica para defender a popula��o melhor em menos tempo. Entretanto, n�o d� para antecipar para menos que quatro meses porque esse � o per�odo m�nimo necess�rio para uma boa dose de refor�o imunol�gico. Do ponto de vista de estrat�gia imunol�gica, � melhor aumentar o per�odo entre as doses porque quanto mais tempo, melhor o refor�o na defesa. Entretanto, na condi��o que estamos hoje, com uma nova variante, a estrat�gia de refor�ar a popula��o o mais r�pido poss�vel faz sentido.

E o que o Brasil deveria estar fazendo a n�vel federal para conter a dissemina��o da nova variante?

O governo brasileiro precisa instituir o passaporte de vacina��o. N�o podemos transformar o Brasil num destino tur�stico de pessoas anti-vacinas, e � isso que vai acontecer se o passaporte n�o for institu�do. O Brasil � um destino tur�stico interessante e, na hora que o mundo perceber que n�o est� exigindo certificado de vacina, uma popula��o que � contra a vacina pode ser atra�da para c�.

O passaporte da vacina��o precisa acontecer, assim como a exig�ncia do teste, do rastreamento de contato, da quarentena para quem vem de fora. Isso tudo precisa ser institu�do desde o in�cio, mas nunca foi. E isso faz mais sentido que fechar fronteiras para alguns pa�ses espec�ficos.


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