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Estado de Minas GERAL

Pelo menos 20 capitais exigem passaporte da vacina


06/12/2021 15:24

Aten��o senhor (a) editor (a): A mat�ria enviada no s�bado, 4, seguiu sem o �ltimo par�grafo. Segue texto corrigido:


Pelo menos 20 capitais do Brasil exigem algum tipo de passaporte da vacina para entrar em eventos ou frequentar determinados tipos de estabelecimento. Para especialistas, a medida ajuda a reduzir o risco de transmiss�o da covid-19, principalmente em ambientes fechados, e ganhou import�ncia extra diante da chegada da variante �micron, cujos estudos preliminares apontam maior risco de cont�gio. O governo Jair Bolsonaro, por�m, tem sido forte opositor da medida.

Segundo levantamento realizado pelo Estad�o, com apoio da FSB Comunica��o, as capitais que institu�ram o passaporte de vacina para a entrada em eventos de grande porte, como festas e jogos de futebol, s�o: Bras�lia, Florian�polis, S�o Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Manaus, Rio Branco, Palmas, Bel�m, Porto Velho, Goi�nia, Cuiab�, Fortaleza, Jo�o Pessoa, Recife, Natal, Teresina, Macei�, Salvador e Aracaju.

Outras cinco n�o exigem o comprovante e nem apresenta��o do teste negativo para o v�rus. � o caso de Porto Alegre, Curitiba, Vit�ria, Campo Grande e S�o Lu�s. Nelas, os empres�rios e produtores de eventos podem exigir a vacina��o, mas n�o s�o obrigados pela legisla��o. Duas capitais - Macap� e Boa Vista - n�o responderam � reportagem at� a noite de sexta-feira, 3.

Foi somente ap�s a identifica��o da �micron, no fim de novembro, que diversas capitais - como Bel�m, Cuiab�, Jo�o Pessoa e Rio Branco - institu�ram a obriga��o do comprovante. Ao menos 19 capitais tamb�m cancelaram as festas p�blicas de r�veillon ap�s a nova cepa. Com isso, cresce a preocupa��o sobre liberar desfiles de carnaval no ano que vem.

A maior parte dos cancelamentos, por�m, n�o atinge as festas privadas. Uma das justificativas � a exist�ncia dos protocolos para a entrada nesses espa�os, como o comprovante de vacina ou o teste de covid-19. Nesta sexta, por exemplo, a cantora Daniela Mercury afirmou que n�o vai sair com o seu bloco no carnaval de rua, mas cogita manter os eventos privados. "Se for mantida a libera��o das autoridades sanit�rias, tentaremos, na medida do poss�vel, realizar shows e eventos durante todo o ver�o, sempre com limita��o de p�blico e com a exig�ncia das duas doses da vacina", afirmou.

Os detalhes para a exig�ncia s�o decididos com diferentes crit�rios entre as capitais. Em Bras�lia, por exemplo, o passaporte � exigido em shows e competi��es esportivas. J� em Fortaleza, a norma em vigor desde o dia 15 de novembro exige a apresenta��o em restaurantes, bares e eventos com p�blicos maiores. Al�m do passaporte vacinal, algumas cidades, como BH, tamb�m cobram a apresenta��o do teste negativo para covid-19, realizado at� 72 horas antes do evento, em locais com p�blico superior a duas mil pessoas.

A prefeitura do Rio chegou a ampliar na quinta-feira, 2, os grupos de estabelecimentos ou servi�os que deveriam exigir o comprovante de vacina��o, mas o prefeito Eduardo Paes (PSD) recuou e excluiu a obrigatoriedade de t�xis, carros de aplicativo e shoppings, inicialmente inclu�dos no decreto. "N�o adianta criar medidas que a gente sabe que ningu�m vai cumprir", afirmou.

Para Bolsonaro, a medida � "uma discrimina��o" e afronta "a liberdade dos que escolheram n�o se vacinar". Ele chegou a criticar esse tipo de medida quando discursou na Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), em setembro. Nas redes sociais, os apoiadores do presidente tamb�m atacam esse protocolo.

Segundo a bi�loga Natalia Pasternak, doutora em microbiologia pela USP e presidente do Instituto Quest�o de Ci�ncia (IQC), o passaporte de vacina � uma medida eficaz para reduzir o cont�gio do coronav�rus, j� que pessoas vacinadas e que estejam infectadas transmitem o v�rus por menos tempo. A medida tamb�m incentiva a imuniza��o, afirma.

A Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) tamb�m defende a ado��o do passaporte de vacinas nos protocolos sanit�rios, inclusive nos diversos ambientes de trabalho, como bares e restaurantes, escolas e universidades, com�rcio e servi�os. Para os cientistas da institui��o, a medida � necess�ria at� que haja um cen�rio menos incerto da pandemia e a vacina��o avance ainda mais.

Para os prefeitos e governadores que institu�ram a exig�ncia do comprovante de vacina, a medida permite que as cidades funcionem de maneira mais segura do ponto de vista sanit�rio. J� as capitais que n�o institu�ram o passaporte vacinal alegam que a decis�o � gra�as � situa��o atual da pandemia, considerada sob controle pelos gestores.

Em Porto Alegre, por exemplo, a prefeitura afirmou que 91% dos adultos est�o com o ciclo vacinal completo. "A flexibiliza��o � poss�vel gra�as ao alto �ndice de vacina��o da capital, que sempre se destacou no Pa�s", afirmou a gest�o municipal, em nota.

Na avalia��o de Natalia, a medida deveria ser expandida a n�vel federal, com a exig�ncia de vacina��o para aqueles que desejam entrar no Pa�s. Ela teme que, sem isso, o Brasil se torne "um destino tur�stico para uma popula��o antivacina". "O Brasil � um destino tur�stico interessante e, na hora que o mundo perceber que n�o est� exigindo certificado de vacina, uma popula��o que � contra a vacina pode ser atra�da para c�", disse.

Natalia avaliou ainda que a medida, ao lado da obrigatoriedade do teste RT-PCR, � mais eficaz que o fechamento de fronteiras, como ocorreu com a identifica��o da variante �micron na �frica do Sul. O Brasil decretou o fechamento de fronteiras para seis pa�ses do sul da �frica no dia 26 de novembro, mas a medida n�o evitou a chegada da nova variante ao Pa�s. Al�m disso, a nova cepa j� foi identificada em todos os continentes.

O Comit� Extraordin�rio de Monitoramento da Covid-19 da Associa��o M�dica Brasileira (AMB), alertou em setembro, em nota t�cnica, sobre a urg�ncia da ampla utiliza��o de testes r�pidos de ant�geno em eventos de fim de ano e carnaval. Al�m de recomendar a sua ado��o, a entidade aponta que esses exames r�pidos podem ser executados em dispositivos simples e de f�cil opera��o. Isso permite o uso fora dos laborat�rios, em larga escala, em ambientes como festas, shows e grandes eventos. No Brasil, j� existem diversos testes r�pidos de covid no mercado, como os das empresas Abbott, Becton Dickison, Roche e Siemens Healthineers.


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