A mat�ria enviada nesta ter�a-feira, 7, foi atualizada, informando que o Mosteiro de S�o Bento em quest�o fica na cidade de S�o Paulo. O t�tulo tamb�m foi refeito.
As den�ncias de ass�dio sexual contra quatro religiosos do Mosteiro de S�o Bento, localizado no centro de S�o Paulo, motivaram, ap�s a interven��o do Vaticano, mudan�as de regras. Adolescentes que t�m voca��o religiosa e desejam conhecer o local, por exemplo, agora s� podem entrar acompanhados dos pais ou respons�veis. Em meio � crise, o local v� ainda a sa�da de novi�os - 8 de 12 jovens religiosos deixaram a institui��o desde 2019.
Os 32 religiosos do Mosteiro foram surpreendidos com a notifica��o judicial h� dois anos. Em seguida, a entidade recebeu uma visita apost�lica - um grupo de monges brasileiros designados pelo Vaticano se instalou no local. Com a pandemia, a interven��o, de fato, come�ou s� em abril deste ano.
"N�o foi um inqu�rito, mas todos foram ouvidos", disse ao Estad�o o monge Hildebrando Brito, membro da dire��o espiritual do Mosteiro. Ele acompanha desde o in�cio a a��o dos interventores chefiados pelo Frei Evaldo Xavier, da Ordem dos Carmelitas. "O mosteiro ficou congelado desde o in�cio da visita. Todas as �reas t�m de passar suas informa��es. Estamos seguindo com fidelidade as orienta��es propostas pelo Vaticano."
Embora n�o sejam t�o frequentes, principalmente na pandemia, as visitas est�o controladas em um protocolo trazido pelo interventor. Al�m de irem acompanhados dos pais, agora os jovens s�o recebidos por um monge espec�fico, designado para receb�-los. Antes, podiam ser recebidos por diferentes religiosos. Houve tamb�m mudan�as na hierarquia e trocas de cargo.
J� a rotina dos monges, segundo Brito, pouco mudou. Ele diz tamb�m que os casos de ass�dio s�o "pontuais" e destaca que as sa�das dos novi�os foi por v�rios motivos. "Alguns pensaram que a investiga��o ia demorar muito, por exemplo. Mas todas aconteceram nesse per�odo de visita apost�lica e interven��o", disse. "As pessoas n�o podem confundir o Mosteiro de S�o Bento, em sua totalidade, com os acusados", defendeu. "Vamos ficar com essa ferida, um corte, que vai cicatrizar, mas o corpo est� saud�vel. N�o existe erro de viv�ncia na casa."
DEMORA
Brito afirma tamb�m que a crise da covid-19 atrasou a investiga��o e eventual puni��o. "As pessoas podem achar que demorou muito, mas n�s n�o est�vamos enrolando, como diz a linguagem popular. A pandemia atrasou o processo." Mesmo assim, ele diz que novos casos, se ocorrerem, ser�o tratados com mais rapidez. "Al�m disso, precisamos olhar sempre para as v�timas", continuou. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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