(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas GERAL

PM matou gr�vida no Rio em junho, conclui investiga��o da Pol�cia Civil


14/12/2021 15:38

Uma investiga��o da Pol�cia Civil fluminense concluiu nesta segunda-feira, 13, que o tiro de fuzil que matou a designer de interiores Kathlen Oliveira Romeu, de 24 anos, em 8 de junho �ltimo, partiu da arma de um policial militar, n�o identificado. Nesta tarde, o Minist�rio P�blico pediu a pris�o de cinco PMs por alterarem a cena da morte da jovem para simular um confronto entre policiais e traficantes que n�o ocorreu. O objetivo seria ocultar responsabilidades dos agentes no homic�dio.

A informa��o sobre a conclus�o da investiga��o policial foi divulgada pelo vi�vo de Kathlen, o tatuador Marcelo Ramos, via redes sociais. N�o se sabe ainda quem seria o autor do disparo. Em seus depoimentos, dois PMs admitiram ter disparado tiros no momento do crime.

"Para esse laudo (da Pol�cia Civil) sair foi muita luta", escreveu Ramos. "Mas a luta segue, s� descansaremos at� os respons�veis estarem presos."

Em entrevista � TV Globo, a m�e de Kathlen, Jaqueline Romeu, tamb�m falou sobre a conclus�o da investiga��o policial.

"Estou come�ando a ter um pouco de esperan�a, porque a verdade est� sendo revelada; a verdade da minha m�e, a verdade das testemunhas", declarou. "E a verdade � uma s�: o Estado assassinou a minha filha."

O crime aconteceu no Complexo do Lins, comunidade na zona norte, de onde a jovem havia se mudado pouco tempo antes porque queria se afastar da viol�ncia. Kathlen estava gr�vida de quatro meses. Naquele dia, ela foi � favela visitar a av�, que caminhava a seu lado quando um tiro de fuzil acertou o t�rax da neta. Tanto a av� de Kathlen quanto v�rias outras testemunhas afirmaram, desde o dia do crime, que o tiro partiu da PM.

V�deos mostraram PMs recolhendo c�psulas e 'plantando' provas

O Minist�rio P�blico do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o capit�o da PM Jeanderson Correa Sodr�, o terceiro sargento Rafael Chaves de Oliveira e os cabos Rodrigo Correia de Frias, Claudio da Silva Scanfela e Marcos da Silva Salviano. Segundo a den�ncia, os cinco retiraram cartuchos deflagrados pela pol�cia da cena do crime antes da chegada da per�cia ao local. Ainda segundo o MP, os agentes colocaram no lugar doze cartuchos calibre 9 mil�metros deflagrados e um carregador de fuzil 556 com dez muni��es intactas.

Esse material, que seria "prova" do confronto inexistente com criminosos, foi apresentado posteriormente na 26� Delegacia de Pol�cia, em Todos os Santos, na zona norte, como aut�ntico. Mas um v�deo feito por moradores mostra o momento em que policiais adulteraram a cena do crime, para induzir os investigadores a erro e se eximir de culpa.

Ainda de acordo com o MP, por ser capit�o e superior hier�rquico dos demais, Sodr� omitiu-se "quando tinha por lei o dever de vigil�ncia sobre as a��es de seus comandados" e deveria ter garantido a correta preserva��o da cena do crime.

"Enquanto deveriam preservar o local do homic�dio, aguardando a chegada da equipe de peritos da Pol�cia Civil, os denunciados Frias, Salviano, Scanfela e Chaves o alteraram fraudulentamente, realizando as condutas acima descritas, com a inten��o de criar vest�gios de suposto confronto com criminosos", sustenta um trecho da den�ncia.

Os PMs Scanfela, Salviano, Oliveira e Frias foram denunciados por duas fraudes processuais (por alterarem a cena do crime e apresentarem material falso � pol�cia) e dois crimes de falso testemunho (nos depoimentos � Pol�cia Civil e � Pol�cia Judici�ria Militar). J� Sodr� foi denunciado por omiss�o.

Pol�cia diz que IPM foi enviado a MP da Auditoria Militar

A Pol�cia Militar afirmou, por nota divulgada por sua assessoria de imprensa, que "o Inqu�rito Policial Militar (IPM) relativo ao caso foi remetido para o Minist�rio P�blico de Auditoria Militar". A Pol�cia Civil, por sua vez, n�o respondeu. N�o foi poss�vel localizar os acusados ou seus advogados.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)