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Estado de Minas VIOL�NCIA OBST�TRICA

Ap�s repercuss�o do caso Shantal, mulher denuncia m�dico por abuso sexual

O obstetra 'nega veementemente' as acusa��es e diz que considera 'absurdas e fantasiosas as hist�rias'


15/12/2021 19:37 - atualizado 15/12/2021 20:46

Shantal Verdelho
A influenciadora Shantal Verdelho pediu abertura de inqu�rito para apurar o que ocorreu durante o parto de sua filha em setembro (foto: Reprodu��o/Redes sociais)
 

Ap�s ser acusado por viol�ncia obst�trica pela influenciadora Shantal Verdelho, que pediu abertura de inqu�rito para apurar o que ocorreu durante o parto de sua filha em setembro, o m�dico Renato Kalil foi denunciado por abuso sexual, que teria sido cometido em 1991 em mais de uma ocasi�o. A banc�ria Let�cia Domingues, de 48 anos, prestou queixa nesta quarta-feira, 15, no 93° Distrito Policial, em S�o Paulo. Procurado pela reportagem, o obstetra 'nega veementemente' as acusa��es e diz que considera 'absurdas e fantasiosas as hist�rias', em nota.

 

Leia tamb�m: MPSP abre investiga��o contra Renato Kalil por den�ncias de viol�ncia obst�trica 

 


A banc�ria afirma que passou todos esses anos com medo de denunci�-lo, at� ver as acusa��es feitas por Shantal e pela jornalista Samantha Pearson, que contou sua hist�ria ao jornal O Globo, na �ltima semana. Foi o que a encorajou a falar publicamente e prestar queixa do abuso que teria sofrido ao fazer um procedimento ginecol�gico na Santa Casa de Miseric�rdia de S�o Paulo em outubro de 1991.


"Isso � um assunto que ficou querendo gritar na minha garganta por mais de 30 anos. A minha vida nunca mais foi a mesma depois daquilo. O motivo de eu falar agora � para que outras pessoas falem tamb�m", desabafa em entrevista ao Estad�o.

Na �poca em que foi internada, afirma ter sido atendida por uma equipe que n�o inclu�a Kalil. "Nos dias em que fiquei internada, acordei com ele me estuprando v�rias vezes. Todas as vezes ele estava em cima de mim, com uma perna na escadinha, outra em cima de mim, com o p�nis na minha boca. Algumas vezes ele j� tinha ejaculado, outras ele ainda terminava", conta. Relembra que a cama onde estava, numa enfermaria sozinha, ficava atr�s da porta, ent�o quem entrava, n�o conseguia v�-la. Ela acredita que foi sedada, pois estava acordada, mas n�o conseguia reagir.

Trecho do boletim de ocorr�ncia

No boletim de ocorr�ncia, um dos trechos aponta que 'com a m�o esquerda o autor (Renato) segurava o p�nis fazendo movimento de introdu��o parando somente quando ejaculava dentro da boca' de Let�cia. Diz, ainda, que, ap�s o ato, o m�dico 'limpava a boca dela com a pr�pria camisola hospitalar e sa�a sem dizer nada'.

Ela conta que foi Renato o m�dico a lhe dar alta, mas afirmou que ela precisava retornar depois de alguns dias, desta vez em seu consult�rio particular. O pai a acompanhou, mas ficou do lado de fora da sala. "Ele (Renato) mandou eu tirar a roupa, deitei na cama do consult�rio. Ele colocou o p�nis, duro, para fora da cal�a, quis mexer no meu peito, eu n�o deixei. Eu n�o deixei ele fazer nada, ele se masturbou sozinho e eu fui embora", relembra.

Let�cia conta que topou ir ao consult�rio naquela consulta pelos pais, que achavam o m�dico 'muito bonzinho'. Por medo, ela n�o tinha conseguido contar a eles o que tinha ocorrido no hospital. Passaram anos at� conseguir contar � sua fam�lia. Foi somente em 2019, ao ver Renato em uma reportagem na televis�o, que decidiu falar sobre a hist�ria.

"Eu tive um ataque de p�nico, comecei a sentir o cheiro, a vomitar, a gritar de chorar, a� contei tudo para a minha m�e, para a minha irm�", relata. Dez anos depois do ocorrido, chegou a tentar denunci�-lo no Conselho Regional de Medicina de S�o Paulo por uma liga��o feita a partir de um telefone p�blico a fim de n�o ser identificada. Quando soube que precisaria fazer a den�ncia pessoalmente e por escrito, ficou intimidada e n�o seguiu em frente.

Ela conta que foi desincentivada a denunciar o m�dico, tamb�m, por um ginecologista que a atendia quando precisou passar por uma cirurgia. Ao relatar o caso, ele teria dito que ela n�o deveria repetir aquilo para mais ningu�m pois Renato era 'uma pessoa muito importante' e 'muito maldoso', segundo relato de Let�cia. Ela afirma ter desenvolvido transtornos de p�nico, de imagem e de relacionamento. "Por muitos anos, eu recebia cart�o de Natal do consult�rio dele, ent�o aquilo era mais doloroso ainda", conta.

COM A PALAVRA, O M�DICO RENATO KALIL

"O dr. Renato Kalil nega veementemente as acusa��es, considera absurdas e fantasiosas as hist�rias e estranha que sejam veiculadas agora, 30 anos depois."


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