Ap�s o presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, afirmar que pediu, extra-oficialmente, "o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crian�as a partir de cinco anos", a Associa��o dos Servidores da Anvisa (Univisa) divulgou, nesta sexta-feira (17/12), uma nota de rep�dio �s tentativas de intimida��o ao corpo t�cnico da ag�ncia reguladora, que aprovou ontem a aplica��o da vacina contra a COVID-19 da Pfizer em crian�as de 5 a 11 anos.
Na vis�o dos servidores do �rg�o, "a inten��o de se divulgar a identidade dos envolvidos na an�lise t�cnica n�o traz consigo qualquer interesse republicano", mas mostra-se como uma amea�a de retalia��o. "A Univisa repudia qualquer amea�a proferida contra o corpo t�cnico da Anvisa, bem como a quaisquer tentativas de interven��o sobre o posicionamento da autoridade sanit�ria que n�o advenham do debate estritamente cient�fico e democr�tico", afirmou a Univisa em nota.
A aprova��o da vacina da Pfizer para crian�as de 5 a 11 anos acontece ap�s os diretores e servidores da ag�ncia terem sofrido amea�as diante da possibilidade da aprova��o do imunizante para o p�blico pedi�trico. Na ocasi�o, ainda em outubro, os cinco diretores da Anvisa receberam e-mails com amea�as de morte em caso de uma eventual aprova��o de vacinas para crian�as entre 5 e 11 anos.
A nota de rep�dio lembrou do epis�dio que classificou como "algo extremamente incompat�vel com o regime democr�tico" que tem como pano de fundo um "discurso negacionista e anticient�fico".
A Univisa ainda destacou o trabalho dos t�cnicos da ag�ncia e ressaltou a celeridade no processo de aprova��o do uso da vacina para crian�as. A avalia��o da Anvisa levou 21 dias, descontados os 14 dias que a Pfizer utilizou para responder exig�ncias t�cnicas. Ao todo, a ag�ncia precisou de 35 dias para deliberar sobre o assunto.
"Ressalte-se a celeridade na tramita��o e o rigor t�cnico da an�lise que, al�m dos especialistas em regula��o e vigil�ncia sanit�ria da Anvisa, contou com a participa��o especialistas da Associa��o Brasileira de Sa�de Coletiva (Abrasco), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)", pontuou a nota.