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Estado de Minas PANDEMIA

COVID-19: boletim da Fiocruz aponta desafios para o pr�ximo ano

Desinforma��o e novas variantes podem dificultar controle da doen�a


23/12/2021 17:23

Coronavírus
A Fiocruz cita o surgimento de novas variantes como um dos desafios para 2022 (foto: NIAID/Ag�ncia Brasil reprodu��o )
O surgimento de novas variantes do v�rus SARS-CoV-2, o apag�o de dados e a politiza��o das medidas de enfrentamento da pandemia ser�o os desafios que o Brasil enfrentar� em 2022 para controlar o avan�o da COVID-19 no pa�s, que � um dos epicentros da doen�a no mundo. A an�lise est� no Boletim do Observat�rio COVID-19 Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (23/12) pela Funda��o Oswaldo Cruz, que traz tamb�m um balan�o da pandemia no ano de 2021. O Brasil termina o ano com mais de 22 milh�es de casos e 616 mil mortos pela doen�a.

 

 


O documento aponta a preocupa��o dos cientistas com o retorno quase completo de atividades laborais, educativas e recreativas de forma presencial, “que exp�e direta ou indiretamente parte da popula��o”.

“Com pequenas e importantes exce��es, n�o est�o sendo feitas campanhas pelo uso de m�scaras e manuten��o do distanciamento f�sico, o que pode levar � falsa ideia de que a pandemia esteja sob controle. Nas pr�ximas semanas, ser�o realizadas festas familiares, comunit�rias e mesmo alguns eventos de massa est�o sendo programados”, diz o boletim.

Variantes

 
Uma das preocupa��es dos cientistas � o surgimento de variantes do novo coronav�rus, como a �micron, identificada inicialmente na �frica do Sul e j� presente no Brasil e em mais 90 pa�ses.

“� uma preocupa��o neste momento, por exemplo, que a propaga��o da variante �micron, combinada com a maior circula��o de pessoas nas f�rias e festas de fim de ano, venha a potencializar o crescimento de casos, interna��es e �bitos, que podem terminar culminando em crises e colapso do sistema de sa�de”, alerta o boletim.

Os cientistas destacam que o surgimento da variante Gama no fim do ano passado foi respons�vel pela segunda onda da COVID-19, pela qual o Brasil passou em mar�o e abril �ltimos, quando o pa�s chegou a registrar mais de 3 mil mortes por dia.

A variante �micron � respons�vel pelo recente aumento de casos de COVID-19 em pa�ses como Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos e R�ssia, que est�o no inverno e j� preveem que a variante ser� a dominante em breve.

Informa��o

 
O boletim da Fiocruz aponta tamb�m a vulnerabilidade dos sistemas de informa��es em sa�de como um desafio a ser superado para enfrentar a pandemia. “As falhas na divulga��o de dados sobre a pandemia n�o s�o s� decorrentes do ataque hacker sofrido pelos portais e sites do Minist�rio da Sa�de, mas combinam vulnerabilidades e fragilidades em todo o processo, que se inicia com preenchimento dos formul�rios nos estabelecimentos de sa�de e munic�pios.”

Segundo o relat�rio, ocorreram atrasos e interrup��es na divulga��o de dados, o que impede “a produ��o de informa��es que s�o vitais para tomadas de decis�o baseadas em evid�ncias, resultando em condi��es semelhantes a situa��es como dirigir no escuro e sem far�is, ou pilotar um avi�o sem instrumentos de navega��o”.

Como exemplo, o documento aponta uma diferen�a incompat�vel com o desenrolar da pandemia registros das primeiras semanas de dezembro. “A queda observada do n�mero de casos registrados (5% ao dia) � incompat�vel com a din�mica de transmiss�o da doen�a. Isso se pode confirmar pelo aumento abrupto da taxa de letalidade, que saltou de 2,5% para 4,2%, o que indica queda no n�mero de casos, n�o acompanhada pelo n�mero de �bitos, o que � resultado da subnotifica��o de grande parte dos casos nas �ltimas semanas”.

Politiza��o

 
Para os cientistas, o terceiro desafio diz respeito � politiza��o das medidas de enfrentamento da pandemia, que s�o vitais para a prote��o da sa�de e da vida da popula��o. “Esse processo tem combinado a desvaloriza��o de medidas preventivas fundamentais de prote��o - como distanciamento f�sico e social, uso de m�scaras e higieniza��o das m�os - com a propaga��o organizada de fake news e a cria��o de um clima de descr�dito e desconfian�a em rela��o �s vacinas.”

O boletim menciona os “inaceit�veis” ataques � Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), seus diretores e funcion�rios, depois da aprova��o do uso da vacina contra a COVID-19 em crian�as.

Outros cuidados

 
O boletim reitera a recomenda��o da Fiocruz para que as crian�as sejam vacinadas com a m�xima urg�ncia, medida que os cientistas consideram fundamental para controlar a doen�a em todas as faixas et�rias. “A vacina��o contra a COVID-19 em crian�as tem papel importante na cadeia de transmiss�o, j� que a amplia��o da cobertura vacinal, al�m de reduzir o n�mero de casos graves, reduz a circula��o do v�rus. Essa circula��o reduzida tamb�m leva a menor chance de surgimento de novas variantes”, diz a publica��o.

O boletim do Observat�rio COVID-19 Fiocruz destaca ainda o padr�o de transmiss�o da doen�a est�vel em patamares altos e que, portanto, � necess�rio manter todos os cuidados sanit�rios recomendados, como respeitar o distanciamento f�sico, higienizar bem as m�os e continuar usando m�scaras de prote��o.

"Neste cen�rio complexo e carregado de incertezas, insistimos na necessidade de  manter cautela frente � pandemia, reafirmando o princ�pio da precau��o”, reitera o boletim da Fiocruz.


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