
Segundo estudante, o orientador educacional sempre a cumprimentava na escola, mas a jovem nunca fui na sala dele. Ela diz que o homem a via nos corredores e sempre foi educada com ele. Ap�s ouvir sussurros no ouvido, ela come�ou a ser tratada de forma estranha. "No dia 10 de dezembro, eu estava no p�tio da escola sentada com meus amigos em cima da mesa de pingue-pongue, que � de concreto, e ele chegou para falar comigo e disse que gostava de meninas calmas", lembra.
A jovem relata que o orientador perguntou que tipo de atividade ela gostava de fazer. Ele disse que gosta de vaquejadas, ir a fazendas e que gostava de treinar nas pistas com cavalos. Em seguida, Caroline conta que o homem a constrangeu. "Ele disse que gostava muito de cavalos, principalmente de �guas, e me olhou de uma forma que me deixou constrangida, e disse que era porque ele era um cavalo", complementa.
Depois, o comportamento do servidor continuou. Ele chegou perto do ouvido da estudante e a chamou para sair. "Ele perguntou o que eu ia fazer no dia seguinte", recorda. Ela mentiu ao dizer que tinha namorado, quando uma amiga a chamou para ir ao banheiro para o tirar de perto jovem. "Foi ela que me disse que precis�vamos denunciar, que a situa��o tinha chegado ao limite", diz.
As duas foram atr�s do diretor, mas ele n�o estava na escola. A estudante, ent�o, foi na coordena��o, onde a pediram para escrever em um papel como ela se sentia. "Depois, ficou tarde e eu precisei voltar para casa, mas meus amigos ficaram conversando com o diretor", conta Caroline.
Caroline pontua que n�o se sentia segura nem confort�vel no col�gio. Quando chegou em casa, ela resolveu que precisava denunciar a situa��o. "Meus amigos conversaram com o diretor, mas ele disse que precisava que acontecesse de novo para tomar provid�ncia", relembra. Segundo a aluna, a m�e ficou triste com o caso. "N�o fui para a cola��o de formatura, e meus amigos se recusaram a tirar foto com o diretor na formatura, no dia 20", detalha.
A estudante ainda lida com os danos causados pelo epis�dio, que gerou transtornos mentais, como crises de ansiedade. "Quando tenho que voltar para a escola, preciso que algu�m v� comigo, tenho medo de alguma coisa acontecer", reconhece. Ela diz que recebeu muitas mensagens de pessoas tamb�m dizendo que a hist�ria era mentira. Apesar disso, Caroline ressalta que tamb�m recebeu mensagens de apoio nas redes sociais, inclusive de outras v�timas que dizem ter sofrido situa��es de ass�dio no CED 15.
Aux�lio
O caso repercutiu depois da amiga de Caroline, ter comentado sobre o epis�dio durante a formatura dos estudantes do 3ª do ensino m�dio do CED 15. "Resolvi falar, porque cinco minutos antes, uma mulher disse que o diretor era excelente. E aquilo, eu n�o aceitei. Ent�o, pedi o microfone, ma,s quando comecei a falar, eles cortaram o som. Mesmo assim, eu gritei, porque era impens�vel deixar aquilo em sil�ncio", declara.
"O orientador sempre que via as meninas tinha esse h�bito de chegar agarrando e abra�ando. A gente sempre evitava se esbarrar com ele, entrava dentro das salas ou do banheiro para evitar se encontrar com ele", conta.
Delegada-chefe da Delegacia de Atendimento � Mulher 2 (Deam 2), Adriana Romana conta que, na unidade, n�o tem nenhum registro oficial em rela��o ao fato. "A gente vai fazer uma apura��o preliminar para levantar algo de concreto", garante a investigadora.
Em nota oficial, a Secretaria de Educa��o do DF informou que o servidor foi afastado preventivamente das fun��es at� que as devidas investiga��es pela Corregedoria da pasta sejam conclu�das. O Correio tentou contato com o orientador do CED 15 e com o diretor da unidade, mas n�o teve retorno at� a �ltima atualiza��o desta reportagem. O espa�o segue aberto para manifesta��es.
Caroline*, nome fict�cio a pedido da v�tima