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Estado de Minas TEMOR

COVID: ap�s apelo por ajuda, prefeitos esperam aceno do Minist�rio da Sa�de

Avan�o da �micron faz crescer a necessidade de testes, insumos e amplia��o da rede assistencial; em Minas, prefeituras recuam para suportar demanda


06/01/2022 19:24 - atualizado 29/03/2022 13:57

O médico Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, de máscara e colete do SUS, durante evento em Brasília
Apelo de prefeitos � pasta de Queiroga (foto) � para se antecipar a impactos da �micron (foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil)
A press�o enfrentada pelo sistema de sa�de no in�cio do ano passado ainda est� na mem�ria. Por isso, em meio ao avan�o da variante �micron, que j� causou uma morte no Brasil, prefeitos tentam se antecipar aos efeitos da COVID-19 e se preparar para dar assist�ncia aos que procuram ajuda m�dica. Nesta quarta-feira (5/1), o Cons�rcio Conectar, formado por 2 mil gestores municipais, enviou of�cio ao Minist�rio da Sa�de pedindo apoio para ampliar a testagem e expandir a capacidade de atendimento aos pacientes.

O grupo busca, tamb�m, ajuda na garantia do estoque de Tamiflu, rem�dio essencial para atravessar o momento de subida no n�mero de quadros gripais. Apesar das reivindica��es, ainda n�o houve resposta do governo federal.


O crescimento das estat�sticas do coronav�rus preocupa as cidades. Al�m do of�cio enviado � Sa�de federal, integrantes do Cons�rcio Conectar, organizado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), se articulam para fazer um apelo p�blico, em v�deo. Um dos vice-presidentes da alian�a � Duarte Nogueira (PSDB), prefeito de Ribeir�o Preto (SP). Ap�s um dia inteiro sem respostas ao of�cio, ele cobra agilidade do governo Jair Bolsonaro (PL).

"� um prazo enorme. Um dia de atraso na chegada do antigripal � um dia a menos que tenho de �xito no tratamento de quem, eventualmente, est� com a s�ndrome gripal. Um dia de atraso nos testes, � mais gente que n�o vou poder separar entre os que est�o – ou n�o – com COVID. Ent�o, o n�vel de contamina��o continua alto", diz Nogueira, ao Estado de Minas.

Em Belo Horizonte, por exemplo, a taxa de transmiss�o da infec��o est� em 1,15, o que significa que 100 pessoas podem contaminar outras 115. O �ndice, que j� ficou abaixo de 100, agora representa estado de aten��o. O n�vel de incid�ncia tamb�m subiu vertiginosamente e, agora, est� em 110,4.

Para dar conta da demanda, a administra��o belo-horizontina retomou o expediente de consultas virtuais e abriu 66 novos leitos de enfermaria. Postos de sa�de t�m funcionado em hor�rio estendido para dar conta da procura.

Entre os prefeitos, por�m, a percep��o � que o Minist�rio da Sa�de precisa agir para assegurar, � rede assistencial, as ferramentas necess�rias. 

"H� uma vari�vel que n�s, prefeitos, n�o controlamos: a disponibilidade de insumos, que � de responsabilidade do Minist�rio da Sa�de. Da� a raz�o do nosso contato, para que nos mandem o Tamiflu, antigripal, e os testes, para a gente poder, na ponta, no mundo real, onde as coisas acontecem, evitar o m�ximo poss�vel de danos maiores � sa�de das pessoas", explica Duarte Nogueira.

Aprendizado na dor


Depois do cen�rio de extrema dificuldade enfrentado no ano passado, a ideia � minimizar os impactos. "A curva de aprendizagem que a gente aprendeu na dor nos d�, agora, uma vis�o de planejamento, prud�ncia e previd�ncia muito maior", afirma o prefeito de Ribeir�o Preto. "Essa curva nos d�, agora, um pouco mais de seguran�a para tomar as decis�es corretas em fun��o de tudo o que a gente passou", emenda.

Das tr�s reivindica��es feitas � pasta chefiada pelo m�dico Marcelo Queiroga, os exames de COVID-19 e o Tamiflu s�o considerados mais urgentes. Por causa da profus�o de sintomas gripais, separar os portadores de s�ndrome respirat�ria dos contaminados pelo coronav�rus � primordial.

A medica��o antigripal tamb�m � vista como essencial. H�, tamb�m, preocupa��o sobre a data de validade das caixas de Tamiflu no estoque federal. "Passadas as 48 horas, n�o adianta mais. O Tamiflu n�o tem efeitos a longo prazo, depois que a doen�a se instalou", pontua Nogueira.

O Estado de Minas perguntou ao Minist�rio da Sa�de se h� prazo para dar resposta ao of�cio do Cons�rcio Conectar, mas n�o obteve retorno at� a publica��o desta reportagem. 

Duarte Nogueira, prefeito de Ribeirão Preto
Prefeito de Ribeir�o Preto (foto) � uma das principais vozes de cons�rcio de cidades (foto: Luis Macedo / C�mara dos Deputados )


Minas: em meio a nova cepa, cidades buscam desafogar sistema 


A Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG) j� registrou 166 casos de COVID-19 provenientes da �micron, que circula em ao menos 22 munic�pios. Belo Horizonte contabiliza a maior propor��o de casos da variante (76), seguida por Extrema (19), no Sul de Minas, e Pouso Alegre (17).

Minas afora, cidades d�o passos atr�s nas flexibiliza��es a fim de conter o v�rus. Para al�m dos cancelamentos do carnaval, medida tomada inclusive na capital, h� medidas como o cancelamento das aulas presenciais na Universidade Federal de Lavras (UFLA), no Sul de Minas. Perto dali, em Alfenas, o hospital de campanha vai ser reaberto. A regi�o tem registrado aumento de 400% na m�dia di�ria de casos.

Em Uberaba, no Tri�ngulo, as visitas a internados nas Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) est�o temporariamente vetadas. Patos de Minas, no Alto Parana�ba, por sua vez, vai aproveitar uma antiga casa de sa�de para concentrar testes e desafogar outras unidades.

A �micron faz ser imposs�vel, neste momento, prever a realiza��o da folia momesca. Segundo o secret�rio de Estado de Sa�de, F�bio Baccheretti, as aglomera��es de Natal e ano-novo fazem com que haja tend�ncia de aumento r�pido de casos da cepa.

"Temos uma tend�ncia de diminui��o de �bitos em rela��o � COVID-19 e continuamos com menos paciente internados. No entanto, h� uma tend�ncia de aumento de casos novos por conta das aglomera��es de final de ano e a expans�o da variante �micron. Al�m disso, houve um relaxamento das medidas de prote��o como distanciamento e uso de m�scara, o que pode provocar um grande aumento no n�mero de casos", afirmou, nesta quinta.

Of�cio a Bras�lia diz que distanciamento geral � 'invi�vel'


O texto com as reivindica��es do Cons�rcio Conectar leva a assinatura de Gean Loureiro (DEM), prefeito de Florian�polis (SC). No documento, endere�ado a Rodrigo Cruz, secret�rio-executivo do Minist�rio da Sa�de, o dirigente lembra que, em virtude do avan�o da vacina��o e do clamor popular por retorno � normalidade, � "invi�vel" adotar medidas como o isolamento horizontal e o distanciamento geral.

"Ainda que as cidades tenham continuado com a vig�ncia de diferentes medidas de conten��o do espalhamento do v�rus, a testagem r�pida da popula��o � o caminho para identificarmos com a velocidade necess�ria os indiv�duos que precisam ser isolados e acompanhados", pede o grupo.

Movimento intenso na UPA Odilon Behrens, em BH, no primeiro dia do ano
Em BH, quadros gripais e COVID-19 t�m aumentado a procura por atendimento m�dico e unidades est�o cheias (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)


Com informa��es de Roger Dias, Portal Gerais, Vin�cius Lemos, Magson Gomes, Luiz Fernando Figliagi e Renato Manfrim


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